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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Copa América movimenta turismo nacional

Bolivianos lideram procura por passagens para o Brasil durante a competição (+497%), seguidos dos peruanos (+285%) e chilenos (+141%)

Por Lívia Nascimento

Vista aérea do Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, uma das cidades-sede da Copa América. Crédito: Pedro Vilela (MTur Destinos)
Entre os dias 14 de junho e 07 de julho, o Brasil será sede da principal competição de seleções de futebol das américas. Para além dos gramados, turistas de onze países poderão conhecer e desfrutar dos destinos nacionais. O Ministério do Turismo teve acesso a um levantamento da Amadeus, uma das maiores empresas de tecnologia e viagens do mundo, que apontou que todos os países que participam da competição registraram aumento de reservas para destinos brasileiros neste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os campeões são os bolivianos, que compraram 497% mais passagens. Em seguida vêm os peruanos, com 285%; os chilenos, com 141%; os colombianos, com 126%; uruguaios, com 115%; e equatorianos, com 108%. Na Argentina, principal emissora de turistas internacionais para o Brasil – foram 2,2 milhões em 2017 – o aumento da procura foi de 64%. Confira tabela completa dos crescimentos abaixo.
Os resultados positivos também foram observados entre os dois países convidados para a competição: Catar e Japão. Nestes países, a busca pelo Brasil como destino, nos meses da competição, registrou aumento de 75% e 73%, respectivamente.
“Grandes eventos como a Copa América apenas reforçam a importância de grandes eventos para a atração de turistas. Tenho certeza que eles se surpreenderão com nosso país e ajudarão na nossa divulgação. Estamos promovendo grandes mudanças no turismo nacional, com foco em tornar nosso país mais atrativo e competitivo frente aos nossos concorrentes mundiais. Acredito que teremos excelentes resultados para compartilhar”, afirmou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
CIDADES PREFERIDAS - Os dados também apresentaram as cidades mais beneficiadas por receber partidas: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.  A procura pela capital paulista teve um aumento superior à média nacional entre os peruanos (631%), chilenos (615%) e colombianos (405%).
Cinco países ultrapassaram a média nacional quando o destino procurado foi o Rio de Janeiro. O maior crescimento foi observado entre cidadãos do Catar (1400%), seguido da Bolívia (945%), Uruguai (362%), Peru (351%) e Chile (153%). Já Salvador lidera entre cidadãos da Colômbia, com aumento de 1883%, e Equador, com 300%.
PAÍS              CRESCIMENTO
Bolívia           497%
Peru               285%
Chile              141%
Colômbia       126%
Uruguai          115%
Equador         108%
Catar              75%
Japão             73%


Edição: Vanessa Sampaio

Fonte: MTur

MTur lança novo cadastro online de propostas do Prodetur +Turismo

Sistema, que substitui o atual formulário de cadastramento, começa a ser utilizado nesta segunda-feira (03)

08.11.2018 prodetur
O Ministério do Turismo libera nesta segunda-feira (3) o novo sistema de cadastramento das propostas de financiamento do Prodetur + Turismo: http://sistema.prodetur.turismo.gov.br. A migração substitui o atual formulário de cadastramento, disponível no site do Prodetur + Turismo, e tem como objetivo facilitar a tramitação, análise e acompanhamento dos planos de investimentos encaminhados ao programa.
Os proponentes poderão acompanhar a tramitação de projetos em tempo real. Responsáveis pela análise técnica vão enviar avisos para sinalizar se as ações cadastradas estão alinhadas à Política Nacional de Turismo, ao Plano Nacional de Turismo 2018-2022 e às diretrizes do Prodetur+Turismo, habilitando-as para receber o Selo Oficial +Turismo. O carimbo identifica que o documento passou por análise prévia da Pasta e receberá prioridade de tramitação junto ao banco contratado na operação de crédito.
“São medidas para desburocratizar ainda mais o processo de acesso ao crédito no setor, criando um canal para agilizar a resolução de pendências”, explica o secretário nacional de Estruturação do Turismo do MTur, Robson Napier.
ALERTA – Empresas, municípios e Estados já cadastrados no programa Prodetur+Turismo, mas que ainda não tenham recebido o Selo Oficial +Turismo, deverão se recadastrar no novo sistema.
Até o momento, o Prodetur+Turismo recebeu 180 propostas, totalizando R$ 6,18 bilhões pleiteados. Dessas, 124 já receberam a chancela do MTur. Entre esses projetos aprovados, 30 são de empresas privadas, 89 de municípios e 5 de estados. “As 56 propostas que estão aguardando documentação complementar deverão ser recadastradas no novo sistema. Essa tramitação vai simplificar e dar celeridade à entrada desses projetos no Prodetur+Turismo”, ressalta o coordenador-geral de Planejamento Territorial do Turismo do MTur, Eduardo Madeira.
Edição: Vanessa Sampaio

Fonte: MTur

Orlando e Jandira representarão contra ministro Abraham Weintraub

Numa ofensiva contra as manifestações de estudantes e trabalhadores que estão indo à ruas a favor de mais verbas para o ensino, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou nota anunciando que vai proibir professores, servidores, funcionários, alunos e até mesmo pais a divulgar e estimular protestos. Ele chegou a orientar que fossem feitas denúncias sobre o assunto no site da ouvidoria do MEC.

  
A medida provocou reação imediata no Congresso Nacional. Os deputados Orlando Silva (SP) e Jandira Feghali (RJ), ambos do PCdoB, anunciaram que vão representar contra o ministro na Justiça.

“Entraremos com uma representação contra esse senhor que se diz ministro da Educação", reagiu Jandira Feghali, que é líder da Minoria na Câmara dos Deputados.

“O ministro da Educação é autoritário e irresponsável. Ao estimular o denuncismo contra professores e estudantes, quer intimidar o direito de crítica e a liberdade de expressão. Não vamos tolerar”, disse Orlando Silva.

O deputado diz que o ministro será acusado por abuso de poder, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.

Na coluna Painel desta sexta-feira (31), do jornal Folha de S.Paulo, o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz, diz que a medida pode violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e outros dispositivos legais.

Para ele, o texto da nota viola o artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata das garantias inerentes ao direito de liberdade.

Ainda no jornal paulista, o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), membro da Comissão de Educação, diz que vai levar o caso ao colegiado na próxima semana. 

“Abrir canal para aluno denunciar professores significa que ele começou o Escola Sem Partido. Fiquei assustado, não entendi a abordagem e quero saber se é legal”, diz Alencar.


Da redação

    Alice Portugal quer abolir decreto que impõe censura às universidades

    A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) apresentou à Câmara dos Deputados Projeto de Decreto Legislativo que susta e torna sem efeito o decreto nº 9.756, de 11 de abril de 2019, que “institui o portal único ‘gov.br’ e dispõe sobre as regras de unificação dos canais digitais do Governo federal’.

     Alice Portugal diz decreto é censura às universidades Alice Portugal diz decreto é censura às universidades
    O decreto objeto de contestação utiliza o pretexto de unificar os portais na internet e aplicativos móveis que contenham informações institucionais, notícias e prestação de serviços do governo federal para, na verdade, impedir que as universidades públicas tenham sites próprios na internet. “Trata-se de mais um golpe contra a autonomia universitária”, destaca Alice Portugal.

    Para a parlamentar do PCdoB, o governo Bolsonaro segue implementando censura nas instituições federais e, com o decreto 9.756/2019, pretende impor que instituições federais de ensino submetam ao controle da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional todo o conteúdo que quiserem publicar. “O decreto determina que as notícias a serem divulgadas deverão passar por aprovação prévia”, denuncia Alice.

    Na prática, todos os sites e aplicativos da administração federal ligados ao poder executivo serão concentrados sob um único domínio o “gov.br”. Isso significa que todas as secretarias, ministérios, autarquias — como a Anatel — fundações e instituições federais de ensino não poderão mais ter seus próprios apps e sites, sendo obrigadas a prestar seus serviços e divulgar informações por meio do novo portal único, mediante aprovação prévia do conteúdo.

    Alice Portugal afirma que o governo Bolsonaro não consegue conviver com a democracia e com liberdade e faz das universidades públicas um de seus principais alvos.

    Um exemplo desse comportamento antidemocrático pode ser visto na nota divulgada pelo ministro da Educação no dia 30 de maio, véspera das gigantes manifestações dos estudantes de todo o Brasil, na qual o MEC diz textualmente que “professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC”.


    Fonte: Assessoria de comunicação da deputada Alice Portugal

      Camilo não cumpre recomendações do TCE pelo 4° ano consecutivo



      Em pelo menos três áreas levantadas pela reportagem, o governo estadual não executou o mínimo constitucional do orçamento desde 2015. O parecer das contas, mais uma vez, foi aprovado renovando as ressalvas e ocorrências



      Pleno do TCE se reuniu em sessão extraordinária na manhã desta quinta-feira
      Foto: José Leomar
      Pelo quarto ano consecutivo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou a aprovação das contas do governador Camilo Santana (PT) com ressalvas que não são cumpridas. O parecer prévio foi aprovado na manhã de ontem por unanimidade entre os conselheiros presentes.
      O relatório-voto da conselheira Patrícia Saboya aponta o não cumprimento da execução orçamentária em pelo menos três áreas do governo: aplicações de recursos mínimos com fomento das atividades de pesquisas científicas e tecnológica (Funcap), exigência mínima de 20% da arrecadação tributária com investimentos, além da ausência de operacionalização do Fundo de Financiamento às micro, pequenas e médias empresas. Todos os pontos têm exigência mínima de investimento na Constituição estadual.
      Em meio às irregularidades, o Tribunal, órgão auxiliar da Assembleia Legislativa, aprova parecer favorável alertando ao Palácio da Abolição a necessidade de corrigir as deficiências. No ano passado, o relatório do conselheiro Ernesto Saboia havia apontado os mesmos problemas - assim como a própria Patrícia quando relatou as contas de 2016 e o conselheiro Alexandre Figueiredo na de 2015.
      Apesar dos alertas, o governo continua com índice baixo de resolução das recomendações. Das 68 totais do ano passado, apenas 13 foram atendidas, contra 32 não executadas. Outras 21 estão em fase de implementação e duas foram parcialmente atendidas.
      O assunto foi discutido no plenário do Tribunal durante a discussão do parecer. "Quando você se depara a um quadro em que, das 68 recomendações, 13 não são atendidas, deixa todos numa situação bem ruim. Algo está errado", declarou o conselheiro-substituto Itacir Todero.
      Ao Diário do Nordeste, a conselheira Soraia Victor argumentou que "o Tribunal não pode fugir do seu papel" mesmo em meio a uma dificuldade financeira de arrecadação de recursos. "O Tribunal tem que começar efetivamente a passar a exigir um maior cumprimento dessas recomendações. Esses recursos têm regras e regras estabelecidas na Constituição do Estado, e que essas regras nós não podemos fechar os olhos e dizer que elas não existem. É óbvio que entendemos a dificuldade do momento vivido", declarou.
      artearte
      Constituição estadual
      Houve também críticas às exigências constitucionais na execução do orçamento estadual. "Embora tenha uma determinação constitucional, mas é uma determinação constitucional absurda. Nós vemos a dificuldade que vive o déficit orçamentário", disse o conselheiro Ernesto Saboia.
      À reportagem, Saboia disse que as áreas que o Estado não consegue cumprir são frutos de uma "iniciativa interessante na constituinte de 1989 que é uma regra inexequível para um Estado pobre como o Ceará". "Por isso não dou muita importância, como julgador, aos descumprimentos. Agora, é fato que está lá ainda na Constituição uma regra inexequível e que deveria ser tomado alguma atitude para modificar e trazer para um valor exequível", disse.
      O presidente do órgão, conselheiro Edilberto Pontes, chegou a sugerir à Assembleia Legislativa ajustes na Constituição do Estado para aproximar as metas orçamentárias à realidade financeira do Ceará. "Podemos até ter um debate político. Não é muito numa situação financeira dessa? É pouco? Até considero que é muito. O problema é que está lá (na Constituição). Mudem a Constituição, ela pode ser mudada, é uma decisão política da Assembleia Legislativa. Enquanto não for mudada, tem que ser cumprida, ou pelo menos anunciado um cronograma", declarou em meio à discussão dos recursos do Fundo de educação superior.
      A relatora das contas também saiu em defesa de mudança na Constituição em relação aos recursos para a Funcap. "É um recurso muito alto em relação a um Estado tão pobre, e que é preciso fazer um ajuste na Constituição, mas enquanto estiver na lei, é preciso cumprir o que está na lei", afirmou Saboya.
      Governo
      Presente na sessão, o chefe da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), Aloísio Carvalho, afirmou que a CGE "junto com os órgãos que são atinentes às áreas aqui apontadas se reuniram ao longo de 2018 para poder ver aquelas recomendações que tinham a possibilidade de serem imediatamente executadas".
      No entanto, algumas recomendações precisariam de mais tempo para ser trabalhadas. "O Estado do Ceará quer, óbvio, implementar e colocar em prática todas, sem exceção, mas nem sempre conseguimos fazer ao longo de um ano dada a complexidade de cada uma delas", disse.
      Trâmite das contas
      O Tribunal de Contas do Estado tem 60 dias, após a abertura da sessão legislativa, para formular e encaminhar parecer prévio das contas do governador à Assembleia Legislativa do Ceará.
      No Legislativo, o presidente da Casa manda publicar o balanço geral e o parecer do TCE, sendo, em seguida, encaminhado à Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação. A Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação terá o prazo de 90 dias para se pronunciar sobre as contas do governador.
      O Diário do Nordeste procurou o Governo do Estado para comentar sobre as recomendações não atendidas. Houve solicitações de resposta dos três pontos citados na reportagem e que historicamente não são cumpridos pelo governador. Não houve retorno da assessoria de imprensa.

      Fonte: Diário do Nordeste

      'Câmera espiã' gera polêmica com racismo na Europa; entenda

      Por Louise Rodrigues, da Redação
       

      A polêmica em torno do reconhecimento facial, usado como ferramenta de segurança pública pela polícia, tem inflamado discussões na Europa. Isso porque um relatório de ética do policiamento de Londres, divulgado nesta quarta-feira (29) pelo The Guardian, demonstrou preocupação que o software reforce ou perpetue racismo e preconceitos de gênero. O texto, feito para a Prefeitura da capital britânica, conclui ainda que existem importantes questões éticas envolvidas na adoção da "câmera espiã" pela polícia.
      Proposta de aliar reconhecimento facial e segurança pública gera polêmicas em Londres — Foto: Reprodução/iStock
      Os debates ganharam força após a audiência do caso Ed Bridges. O ex-conselheiro do Partido Liberal Democrata do Reino Unido alegou que a polícia violou seus direitos de privacidade usando o reconhecimento facial em duas ocasiões cotidianas: quando ele foi comprar um sanduíche e quando participou de uma manifestação pacífica contra armas.
      Ao redor do mundo, o reconhecimento facial é um assunto polêmico. Falhas nos softwares de celulares ficaram conhecidos e ganharam notoriedade na mídia. Em 2017, um menino de dez anos conseguiuburlar o Face ID do iPhone X da mãe e destravou o aparelho sem dificuldades. A semelhança entre os dois enganou a tecnologia e gerou debates sobre possíveis falhas.
      Apple admite que o sistema de reconhecimento facial do iPhone X pode se confundir com familiares — Foto: Reprodução/ YouTube
      Quando se fala de reconhecimento facial aplicado à segurança, o sistema consiste em cruzar o banco de dados da polícia com imagens de pessoas que passam em frente às câmeras de locais públicos. O objetivo é identificar suspeitos de crimes, foragidos, desaparecidos ou pessoas de interesse das forças de segurança. Por isso, a recomendação do relatório é que o reconhecimento facial deve ser usado exclusivamente se a polícia puder provar que não introduzirá preconceito racial ou de gênero nas operações.
      Na outra ponta a polícia defende que foram realizados 10 testes cruzando as imagens das câmeras de reconhecimento facial com uma lista específica de criminosos procurados, gerando várias identificações positivas, que foram convertidas em prisões. A aceitação pública também está favorável. Uma pesquisa, com amostra de 1.092 entrevistados, mostrou que 57% acham aceitável o uso do software pela polícia. O número dispara para 83% quando os londrinos escutados são informados que a tecnologia serviria para localizar infratores perigosos.
      Além disso, 50% dos entrevistados contaram que se sentiriam mais seguros se o reconhecimento facial fosse usado em Londres. Porém um terço dos londrinos escutados revelaram preocupação com os impactos da tecnologia na própria privacidade. Neste sentido, 56% responderam positivamente quando questionados se acreditavam que a polícia usaria seus dados pessoais em conformidade com a lei.
      A questão racial e de gênero também apareceu na entrevista. Quase metade dos londrinos escutados pela pesquisa acreditam que a tecnologia coletaria mais dados sobre alguns grupos e perfis do que de outros. Jovens, negros e asiáticos se mostraram menos favoráveis ao uso do reconhecimento facial do que adultos, idosos e brancos.

      Fonte: Portal G1

      Diante de lotação em centros, crimes terão pontuação e jovens infratores só serão internados se estiverem no topo do ranking

      Acusados de crimes contra a vida, como homicídios dolosos e latrocínios, receberão 50 pontos. A casos de estupro serão atribuídos 30
      RIO — Enquanto a Vara de Execução de MedidasSocioeducativas da Justiça daInfância e da Juventude estuda como cumprir a ordem do ministro Edson Fachin, do SupremoTribunal Federal, de libertar 646 jovens infratores que estão em abrigos com mais de 120% de lotação, uma outra decisão judicial poderá restringir a internação de adolescentes acusados de roubo , tráfico e abuso sexual , entre outros delitos. Diante da superlotação das unidades do estado, a medida cria um sistema de pontuação , com peso maior para crimes mais graves e menor para os mais leves, que vai definir quem ingressará nas poucas vagas disponíveis nas unidades de privação de liberdade do Rio
      Isso será possível graças a um acordo formalizado, no último dia 22, na 14ª Câmara Cível do Rio. Ministério Público , Defensoria Pública e representantes do estado se uniram para instituir a Central de Regulação de Vagas do Departamento Geral de Ações Socioeducativas ( Degase ). A partir dela, a entrada no sistema para o cumprimento de medidas de internação ficará sujeita a uma espécie de “milhagem”. Pela regra, o infrator que acumular mais pontos terá prioridade para ser internado.


      Acusados de crimes contra a vida, como homicídios dolosos e latrocínios, receberão 50 pontos. A casos de estupro serão atribuídos 30. O menor detido por tráfico, flagrado com um fuzil ou uma granada, acumulará apenas 10. O mesmo acontecerá com os que forem apreendidos por crime análogo a roubo com arma. Na tabela, há delitos que vão merecer apenas um ponto. Jovens reincidentes, apreendidos duas ou mais vezes, terão um acréscimo de cinco pontos por cada ação criminosa.

      Manifestações 30M abrem caminho para greve geral histórica

      Em todo o país, verdadeiras multidões saíram às ruas nesta quinta-feira (30) para manifestar a posição de que na Educação de um povo não se mexe. O colorido dos cartazes, roupas e bandeiras deu o tom de uma enérgica jornada que entra para a história como mais uma página de abnegação do povo brasileiro, nesse caso com destaque para a juventude. A firme ação da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) como as principais entidades que lideram essas manifestações é um ponto a ser registrado com ênfase.

      Em situações assim, quando o futuro do país está seriamente ameaçado por um governo sem nenhuma responsabilidade patriótica, democrática e social, a resposta política é o elemento mais importante. Afinal, está se falando de um elo essencial para um projeto de nação digno dessa denominação. Sem uma base estrutural para dar formação educacional às gerações emergentes não se pode falar em um país com esperança de erigir uma sociedade desenvolvida, com espírito patriótico e consciência democrática. 

      As gerações do presente e do futuro desfilaram suas esperanças em todo o país, protestando e ao mesmo tempo acumulando forças para sustentar outras jornadas pela frente. Como comentou a presidenta da UNE, Marianna Dias, o governo manteve os cortes e o ministro da Educação Abraham Weintraub segue sem querer ouvir os estudantes. Não há dúvida de que essa postura truculenta do governo Bolsonaro, bem demonstrada com a atitude desvairada de Weintraub dia 22 na Câmara dos Deputados, encoraja os manifestantes. 

      Se não bastasse isso, há ainda a ideia de mordaça ideológica — chamada de “escola sem partido” —, a solicitação do governo ao Supremo Tribunal Federal (STF) de autorização para que sejam realizadas operações policiais dentro de universidades e a nota do Ministério da Educação afirmando que professores, servidores, funcionários, alunos e até mesmo pais e responsáveis “não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar”. São evidentes hostilidades ao ambiente de liberdade que deve ser intrínseco a essas instituições. Nessas atitudes do governo está contida a ideologia do obscurantismo, promotora da castração cultural e afeita a autoritarismos típicos de governos opressores.

      Nesse ambiente de alta combustão social, as manifestações em defesa da Educação deram enorme contribuição para a preparação da greve geral marcada para o dia 14 de junho. Como no caso dos estudantes, a unidade das centrais sindicais em torno de uma pauta oposta à agenda do governo — como a defesa da aposentadoria, da retomada do crescimento econômico, do emprego e da democracia — deve ser ressaltada como ponto essencial dessa próxima jornada que, a rigor, se iniciou com a vigorosa manifestação dos trabalhadores em defesa da Previdência Social no dia 22 de março. 

      Nesses dois segmentos sociais — os trabalhadores e os estudantes —, está a base estrutural da sociedade. A nação pulsa por suas atividades. Quando eles se manifestam, fica demonstrado que o país pode ter outro destino. O que se viu nas manifestações dos dias 15 e 30 de maio foi o entrelaçamento dessas agendas, o que permite um prognóstico de que a greve geral será o pico dessa primeira manifestação popular — que emerge da alma da nação — contra mais um governo antidemocrático, antinacional e, por isso, antipovo.

      Estudantes realizam protestos vitoriosos no 30m em defesa da Educação

      Após 15 dias da primeira manifestação, milhares de estudantes voltam às ruas em todo o país em segundo ato em defesa da educação. Salvador e Distrito Federal foram as capitais que abriram as manifestações desta quinta-feira (30). No fim da tarde, milhares de manifestantes fecharam o 30m de protestos nas capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

      Em São Paulo, no Largo da Batata uma multidão se fez presente em protesto contra os cortes na Educação.Em São Paulo, no Largo da Batata uma multidão se fez presente em protesto contra os cortes na Educação.
      Esse foi o segundo ato em defesa da Educação neste mês, o primeiro foi há 15 dias, 15 de maio e levou milhões às ruas em todo o Brasil em defesa da Educação contra o corte de verbas de R$ 7 bilhões na Educação promovidos pelo governo Bolsonaro.

      "Nossa mobilização segue contra os cortes no orçamento da educação e os ataques à autonomia das universidades. A resposta dos estudantes à falta do diálogo do governo e a forma como trata a educação e a pesquisa está nesse grande movimento nas ruas”, avalia Marianna Dias, presidenta da UNE.

      Em Salvador, na Bahia, cerca de 70 mil estudantes ocuparam a Praça do Campo Grande desde às 10h. Ilhéus e Juazeiro, também na  Bahia, levaram 4 mil e 2 mil pessoas às ruas, respectivamente. Só no estado, 18 cidades tem atos marcados até o período da tarde. 

      Foto: Fernando Udo 

      O presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Natan Ferreira, pediu respeito aos estudantes e avaliou que a adesão do povo a esse segundo ato revela a insatisfação crescente com a condução de Bolsonaro no governo. “Estamos mostrando para o Brasil o grande tsunami da educação baiana. Bolsonaro, respeite a educação brasileira”, disse.

      Muitos municípios com menor número de habitantes também organizaram manifestações, como foi em Araraquara e Tupã (SP), Luziânia (GO), Iguatu e Barbalha (CE), entre outras.

      No Distrito Federal, a multidão de 30 mil pessoas se reuniu em frente ao Museu Nacional, entoando cantos como “Quero estudar, ser inteligente, de burro já basta o presidente”. 

      O movimento teve início pouco depois das 10h30 e reuniu estudantes, professores, técnicos-administrativos e representantes políticos. Debaixo de um sol quente, por volta das 12 horas, os manifestantes seguiram, com cartazes, faixas e gritos, rumo à Praça das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, e deram a volta na Esplanada. 


      Fotos: Fred Vazquez/Ag. Contee

      Em Goiânia-GO cerca de 10 mil foram as ruas em protestos, a maioria universitários e professores. A cidade deve receber nesta sexta-feira (31) pela manhã, a presença do presidente Jair Bolsonaro. Ele deve participar da 46ª Assembleia-Geral Extraordinária da Convenção das Assembleias de Deus, Ministério Madureira, no bairro de Campinas. 



      Em Rio Branco, no Acre também teve protesto contra os cortes na Educação.

       

      Em Cuibá (MT), cerca de 20 mil participaram da manifestação, a maioria estudantes secundaristas, que entoaram "Das ruas, das praças, o povo não fugiu, aqui está presente o movimento estudantil". Imagem abaixo:
       





      No Piauí, mais de cinco mil estiveram na Praça da Liberdade, em Teresina, além da capital, Picos e Parnaíba, Campo Maior, São João do Piauí realizaram atos em defesa da educação e contra Bolsonaro. Outros municípios também programaram atos para hoje.




      Rio de Janeiro e São Paulo

      Os maiores atos ocorreram no período da tarde, nas capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, dentre outras. 

      No Rio de Janeiro, a passeata com mais de 100 mil pessoas saiu da Candelária e seguiu até a Cinelândia, ocupando praticamente toda a Rio Branco. Além das lideranças estudantis da UNE, Ubes e ANPG, participaram também parlamentares e dirigentes do PCdoB, PT e PSOL, lideres de sindicatos e do movimento LGBT, indígenas, mulheres e outros muitos segmentos sociais.




      Abaixo um vídeo da manifestação em São Paulo, que reuniu cerca de 300 mil pessoas que se concentraram no Largo da Batata, Zona Oeste da cidade e depois sairam em caminhada até a Avenida Paulista.




      Em Pernambuco, mais de 60 mil estudantes, professores e indignados foram as ruas de Recife nesta tarde, mas ainda pela manhã, cerca de cinco mil pessoas participaram dos protestos registrados em Caruaru. 

      Confira:

       
      Em Curitiba, no Paraná foi colocada na UFPR uma faixa ainda maior que a retirada no ato dos bolsonaristas no último dia 26. Até o momento os números de manifestantes não haviam sido divulgados. 

      Apesar da chuva, os manifestantes usaram guarda-chuvas, propiciando uma imagem (acima) ainda mais bonita. Foto: Franklin de Freitas.

       
      Em Santa Maria (RS), a chuva e o frio não deram treguá aos manifestantes, mesmo assim, os manifestantes gritavam palavras de ordem e barraram as ruas da cidade. Fotos (acima): Renato Reis.

      Porto Alegre



      Pelo mundo

      A defesa da educação de qualidade extrapolou as fronteiras. Ocorreram atos na Espanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Suíça, Irlanda e Estados Unidos.


      Do Portal Vermelho, com informações da UNE e da ANPG

      Matéria atualizada às 19h para acréscimo de informações