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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Testemunhas confirmam participação de policial na chacina de Osasco

Reuters
Protesto contra a chacina em Osasco.
Protesto contra a chacina em Osasco.


Durante o depoimento, elas falaram que uma testemunha chave, apelidada de “testemunha Beta”, apontou a participação do policial militar Victor Cristilder Silva dos Santos nas chacinas de Osasco e de Barueri, ocorridas em agosto de 2015.

O policial Cristilder, como é mais conhecido, é acusado de ter trocado mensagens de celular com um guarda municipal para combinar sobre os horários da chacina. Além disso, ele teria dirigido um dos carros utilizados e efetuado disparos contra as vítimas. Ele é acusado por oito mortes e também por tentativa de homicídio.

No primeiro julgamento do caso, os sete jurados decidiram condenar os PMs Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, além do guarda-civil Sérgio Manhanhã. Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão e Thiago Henklain recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. O guarda-civil Sérgio Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 meses.

Os dois policiais foram acusados de terem disparado contra as vítimas e respondiam por todas as mortes e tentativas de assassinato. Já o guarda-civil, segundo a acusação, teria atuado para desviar as viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam e foi denunciado por 11 mortes. Eles responderam pelos crimes de formação de quadrilha e homicídio qualificado por motivo torpe, praticado por grupo de extermínio.

As mortes, segundo a acusação do Ministério Público, teriam ocorrido como forma de vingança pela morte de um PM e de um guarda-civil naquele mesmo mês. Segundo a acusação, os acusados se reuniram e decidiram fazer uma chacina “sem se preocupar com o fato de que as pessoas a serem eventualmente atingidas fossem completamente alheias aos motivos determinantes do crime”.

Depoimentos

O primeiro a falar foi o delegado Andreas Schiffmann, que iniciou as investigações sobre a chacina em Barueri. Em seu depoimento, de quase uma hora e meia, ele falou que a investigação contra Cristilder teve como base o depoimento da “testemunha Beta”, que foi arrolada no júri popular, mas que, assim como outras duas testemunhas, não foi localizada e não será ouvida nesta oportunidade. No total, 20 pessoas serão ouvidas como testemunhas de defesa e de acusação nesta primeira etapa do júri, previsto inicialmente para terminar na próxima sexta-feira (2).

A “testemunha Beta” é um sobrevivente de uma chacina ocorrida dias antes em Carapicuíba, apontada como a “pré-chacina de Osasco”, no dia 8 de agosto. Ela estava com o amigo Michel em uma rua da cidade quando foi abordada por Cristilder, que disparou e matou Michel. Dias depois, essa testemunha reconheceu o carro utilizado por Cristilder na chacina de Carapicuíba como sendo o mesmo que foi utilizado na chacina de Osasco e de Barueri, no dia 13 de agosto de 2015.

Em depoimento durante a investigação, a testemunha apontou Boy, apelido de Cristilder, como um dos participantes dos crimes. A defesa de Cristilder, no entanto, tenta desacreditar o depoimento afirmando que Boy é também o apelido de outro policial, Rodrigo Rodrigues, parecido fisicamente com Cristilder e ressaltando que a “testemunha Beta”mentiu diversas vezes em depoimento, apontando carros e endereços que não seriam de Cristilder.

No depoimento desta terça, o delegado disse que logo suspeitou da participação de policiais na chacina porque, nas imagens de câmeras de segurança que registraram alguns dos flagrantes da chacina [oito locais foram alvo de ataques nas chacinas de Barueri e Osasco], os criminosos apresentavam comportamento típico de policial, aprendido em curso. “Vi que eles usaram técnicas policiais na abordagem”, disse Andreas Schiffmann, citando, entre as técnicas, o fato de que uma pessoa sempre era deixada no volante enquanto as demais saíam do carro para cometer os crimes e o fato de que os criminosos não mantiveram o dedo no gatilho.

“Eles só colocaram o dedo no gatilho na hora de atirar”, ressaltou o delegado, lembrando que isso é aprendido em um curso policial. Além disso, falou, a impressão que teve pelas imagens era que todos usavam coletes a prova de balas e luvas cirúrgicas, para dificultar a investigação. Houve também, destacou, uma denúncia anônima falando que os crimes foram provocados por policiais. As mortes, segundo ele, foram provocadas pelo “sentimento de vingança” pela morte de um policial militar e de um guarda civil na mesma semana.

Schiffmann também disse que acredita na culpa de Cristilder porque, durante a apreensão do celular do réu, a investigação encontrou mensagens trocadas entre ele e Sérgio Manhanhã, que foi condenado no julgamento anterior por participação nas mortes. “Havia sinal de positivo perto do início do horário em que teve início as chacinas e outro sinal de positivo no horário em que as mortes teriam acabado”, falou ele.

Durante o depoimento, o delegado foi acusado pela defesa de Cristilder de ter coagido duas testemunhas, uma delas, a “testemunha Gama”, principal testemunha da acusação contra o policial Thiago Henklain, que foi condenado pela chacina. O advogado apresentou um vídeo em que a essa testemunha disse ter sido coagida pelo delegado e pelo promotor do caso. “Eu inventei a história. Tinha um desentendimento com a minha sobrinha [casada com Henklain], estava desempregado. Por raiva e ganância do dinheiro, acabei inventando essa história”, disse a testemunha, no vídeo, ressaltando estar arrependida por ter mentido durante a investigação e de ter acusado Henklain pelo crime. No vídeo, ela disse ter sido coagida a continuar mentindo. “Quando tentei desmentir, eles não deixaram”, disse.

Schiffmann se defendeu da fala da testemunha dizendo que “esse foi o maior absurdo que já ouvi”. Ele também negou que a testemunha tenha acusado Henklain apenas para receber a recompensa que foi oferecida na época pela Secretaria de Segurança Pública por informações sobre a chacina.

Segundo depoimento

O segundo a falar foi o corregedor Rodrigo Elias da Silva, que presidiu o inquérito policial sobre a chacina na Corregedoria. Num depoimento de quase três horas de duração, Silva disse que a “testemunha Beta” reconheceu Cristilder como sendo o verdadeiro Boy, que participou, de fato, das chacinas. “Os dois Boys foram colocados para reconhecimento e a testemunha reconheceu Cristilder como o Boy”, disse. O depoimento de Silva foi bastante tenso: houve discussão entre a defesa e a juíza por causa do horário em que a chacina teria ocorrido e também entre o promotor do caso e um policial responsável pela escolta do réu.

O terceiro a falar foi o delegado José Mario de Lara, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ele, a investigação no DHPP teve início quando o delegado Schiffmann apresentou ao departamento a “testemunha Beta”. Ele disse que houve também uma outra testemunha que teria visto dois carros da tropa de elite da Guarda Civil de Barueri passando pelo local de um dos crimes, momentos antes de passar um Sandero prata de onde teriam partido os tiros que mataram pessoas em frente a um bar. Isso indicaria, segundo a investigação, a parceria entre agentes da Guarda Civil de Barueri e de policiais militares na chacina.

Lara também disse que a “testemunha Beta”, em certa ocasião, quando participou de uma sessão de reconhecimento do criminoso, não confirmou Cristilder como tendo participado da chacina, mas que depois lhe informou que fez isso porque sofreu ameaça no dia anterior e teve medo de reconhecer o policial. Ele também disse que é “muito mais difícil e complexo” investigar crimes praticados por policiais, porque eles conhecem técnicas para dificultar a investigação.

Enquanto os depoimentos eram dados, Cristilder fazia anotações em um caderno. Em alguns momentos, solicitava a ajuda de algum advogado para fazer questionamento às testemunhas. O júri foi acompanhado por muitos familiares das vítimas e também dos policiais que são acusados ou foram condenados pelos crimes.

O julgamento

O júri teve início às 10h, com o sorteio dos sete jurados. Foram escolhidos quatro homens e três mulheres que vão decidir se condenam ou não o policial militar por homicídio. Depois do sorteio, tiveram início os depoimentos das testemunhas.

Antes do início do julgamento, o promotor Marcelo de Oliveira comentou também sobre o aparecimento de uma carta da “testemunha Gama”, que foi importante para a condenação de um dos policiais no julgamento anterior. Na carta, que só apareceu após o primeiro julgamento que condenou o policial, a testemunha volta atrás e diz que foi coagida pelo promotor a dar seu testemunho contra o policial.

“Aquela carta, na minha visão, é um tiro no pé. É a prova cabal de que a testemunha falou a verdade para mim e dois delegados de polícia e que, depois de ver o resultado do julgamento, sendo que essa testemunha é tio do policial condenado, alguma coisa [aconteceu] e a família ou ele próprio julgou ter de fazer algo para tentar reverter a condenação de 200 anos”.

O advogado de defesa, João Carlos Campanini, disse que seu cliente é inocente. Segundo ele, na noite da chacina, seu cliente saiu do quartel por volta das 22h30 e, por isso, não teria como ter participado das mortes. “Ele estava no quartel. Não tinha como ele começar a matar pessoas as 20h, sendo que às 22h ele ainda estava no quartel. Ele não participou desses crimes”, ressaltou.

Tensão

O julgamento de hoje foi acompanhado por membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Walter Camilo de Julio, presidente da comissão de prerrogativa da OAB de Osasco. Segundo ele, no último julgamento, um advogado reclamou que estava tendo problemas, “sem conseguir exercer o amplo direito de defesa de seu cliente”. “Sabendo disto, nós nos antecipamos, oficiamos a juíza pedindo para que ela reservasse vagas para membros da comissão e nossa presença aqui é para garantir que o advogado possa exercer a defesa de seu cliente”.

Zilda Maria de Paula, mãe de Fernando Luiz de Paula, que tinha 34 anos quando foi morto na chacina, disse esperar que, nesse julgamento “seja feita a justiça”. Ela disse que sua vida, após a morte do filho, mudou completamente. “Não ouço mais rádio, vivo com sete cachorros, sozinha. Nunca pensei tanto no meu filho quanto penso agora. Ele tinha tuberculose e estava se curando para acabar morrendo desse jeito? Ele não devia nada a ninguém. Filho único. Tive quatro abortos para ter ele. Fiquei internada no hospital de repouso. Criei ele sozinho, para meu filho morrer assim? Se os caras conhecessem meu filho, isso jamais teria ocorrido”, falou.

Indagada sobre o fato de que os pais dos policiais alegam que seus filhos são inocentes, Zilda responde: “Todos falam. Mas quem matou esses meninos? Eles se deram um tiro na cabeça? Alguém matou. Não estou acusando ninguém porque não vi. Só sei que meu filho saiu de casa e levou um tiro”, disse ela. “Cada um se defende como pode. Nós nos defendemos com os mortos. Eles se defendem com os vivos”, acrescentou.

O pai de Henklain, o sargento reformado Roberto Tavares Henklain, também acompanhou o julgamento de Cristilder. Ele voltou a dizer hoje que seu filho foi condenado injustamente. “Espero justiça. O promotor trouxe aqui [no julgamento anterior] uma testemunha e forçou ela a continuar com a farsa para prender meu filho, porque eles queriam dar uma resposta para a mídia o mais rápido possível. Ele foi condenado inocentemente e os verdadeiros matadores estão aí dando risada”, falou ele, ressaltando que “vai até o inferno para buscar a verdade. Tenho a prova que ele não fez isso. Ele estava em casa. Trabalhei 30 anos na polícia militar e sei o filho que eu tenho”, acrescentou. O filho, segundo ele, está preso no presídio militar Romão Gomes há quase três anos.

O julgamento

Depois do depoimento das testemunhas, segue o interrogatório do réu e as fases de debates da defesa e da acusação. Só então o júri popular se reúne para decidir se condena ou não o policial militar Victor Cristilder por participação nas mortes. O júri será presidido pela juíza Élia Kinosita Bulman. A previsão é que o julgamento se estenda até sexta-feira. 



Por Elaine Patricia Cruz na Agência Brasil

Centrais Sindicais estão otimistas com nova presidência do TST

Felipe Sampaio/ TST
 
 


A Agência Sindical ouviu o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Calixto Ramos. "Foi uma boa surpresa o primeiro ato do presidente ser com as Centrais. Sabemos que o caminho para as ações chegarem ao TST é longo. Mas, com o ministro Brito no comando, há esperança no diálogo mais aberto", ressalta o dirigente.

Calixto lembra que já atuou com o novo presidente, quando este era procurador do Ministério Público e o sindicalista exercia função de ministro classista no TST. "O doutor Brito traz consigo a marca da humildade. Ele também demonstrou que preza pela independência dos Tribunais de 1ª e 2ª instâncias, dos juízes e dos desembargadores. Acho que podemos acreditar numa nova realidade para a classe trabalhadora e o movimento sindical", observa Calixto.

Durante o encontro, os sindicalistas ponderaram junto ao presidente Brito que o debate quanto à adaptação das súmulas do TST em relação à lei trabalhista seja aprofundado.

Para Adilson Araújo, presidente da CTB, "a busca do diálogo é um desafio permanente”. Porém, ele lembra, é preciso levar em conta que várias ações no Supremo Tribunal Federal apontam inconstitucionalidades na nova lei trabalhista. “Vamos resistir a essa falsa modernização das relações de trabalho, onde os padrões defendem uma agenda regressiva para reduzir o custo da mão de obra e rebaixar direitos duramente conquistados", afirma.

Sérgio Luiz Leite (Serginho), 1º secretário da Força Sindical, disse à Agência Sindical que o encontro foi positivo e animador. Segundo o forcista, o novo presidente do TST se mostra acessível. "Nós falamos sobre o ataque aos direitos trabalhistas e ao movimento sindical. O presidente Brito assegurou que a Corte quer ouvir os trabalhadores na questão das jurisprudências e fazer uma discussão mais aprofundada", relata. 

"Sentimos, do ministro Brito, que ele não irá se curvar a imposições da nova lei. A disposição ao debate amplo e ao diálogo com o movimento sindical ficou clara. Tanto que esse foi seu primeiro ato após a posse", diz Serginho.

Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, também avalia positivamente a iniciativa do ministro. “Com tal atitude ele mostra que manterá o gabinete aberto aos trabalhadores e ao sindicalismo. A iniciativa indica que nessa nova gestão teremos um TST equilibrado, de diálogo, diferente da gestão anterior”, aponta.

Posse

Em seu discurso dia 26, o novo presidente do TST fez questão de frisar que os poderes da República são independentes e avisou que, sob seu comando, disposições contrárias à Constituição não serão consideradas. “Se estiver em conflito com a Constituição, prevalece o texto constitucional”, disse.

Brito Pereira assume a presidência do Tribunal no lugar de Ives Gandra Martins Filho, que deixa o cargo com uma marca de alinhamento ao mercado. Com origem no Ministério Público do Trabalho e histórico de advogado trabalhista militante, a escolha do novo presidente foi saudada com otimismo pelas lideranças sindicais. 



Agência Sindical

Manuela participa de debate: saídas para crise, um olhar das mulheres




Crédito da Foto: PCdoB-SP
Em viagem pelo Brasil como pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila desembarca no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (1º/3) e depois cumpre agenda de entrevistas, debates e encontros em São Paulo, na sexta-feira (2).
Com  objetivo de contribuir para formulação de uma plataforma programática de direitos sociais e de gênero, lideranças feministas se reúnem para encontrar saídas para a crise com a participação de Manuela D’Ávila no debate um olhar das mulheres. O evento acontece no Rio, nesta quinta-feira (1º), às 18 horas, no Teatro de Anonimo, no bairro da Lapa. O seminário é promovido pela Fundação Maurício Grabois.  A participação no evento pode ser confirmada através do evento no Facebook: link.
Além da pré-candidata, a atividade contará com a presença de importantes debatedoras como a deputada federal pelo PCdoB, Jandira Feghali (RJ) e a deputada estadual, Enfermeira Rejane, além da escritora, artista plástica e professora, Márcia Tibúri e a arquiteta e urbanista, Tainá de Paula.
Outros nomes importantes também estarão presentes, como Lena Lavinas, que irá abordar a questão da “mulher e trabalho”, Fabiana Severi, que irá discutir o tema das “mulheres e sistema de justiça”,  a doutora em direito Vanessa Berner que fará o debate acerca do “Estado democrático de direito”, a presidente federação municipal das associações de favelas do Rio, Deusimar da Costa que abordará “o cotidiano das comunidades”, a professora de Direitos Humanos da USP, Fabiana Severi, Sônia Correa, que falará sobre “os direitos sexuais e reprodutivos” e Schuma Schumaher, que debaterá a questão da “violência de gênero”.
Para fechar o evento, a escritora Marcia Tibúri lançará seu livro “feminismo em comum”, que aborda “o feminismo além de modismos e discursos prontos” e terá atividades culturais com Roda de Samba Moça Prosa.
Mais cedo, consta na agenda da pré-candidata entrevistas à imprensa e encontro com o pré-candidato do PCdoB ao governo do Rio de Janeiro, Leonardo Giordano.
Agenda em São Paulo
Em São Paulo, na sexta-feira (2), a pré-candidata participa do Debate na Semana Acadêmica do CA de Direito “Rumos para o Brasil”, na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
No dia 5, Manuela estará de volta a São Paulo para participar de eventos e entrevistas. Às 9 horas concede entrevista para a Revista Vip, das 12h às 14 horas, participa do Programa Pânico (TV Band). Às 16h30h, é entrevistada pela Folha da Vila Prudente. Depois participa da reunião com a Frente Favela Brasil (Vila Prudente). À noite, às 19 horas, Manuela participa do coquetel de abertura da exposição Saramago. Os pontos e a vista. No Farol Santander, em São Paulo.

PCdoB inaugura canal 0800 para tratar da carteira nacional militante

Os filiados ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), desde o ano passado, têm acesso aos mecanismos partidários com a facilidade que a internet proporciona através do Aplicativo de celular ou acesso no Portal (site) na área do militante virtual. No PCdoB Digital, todos podem desde se filiar como atualizar dados, contribuir, se organizar, acessar informações e documentos partidários e ainda receber notificações e ter acesso às notícias institucionais.
A novidade agora é uma central de atendimento telefônico do militante, exclusivo para tratar de questões relacionadas à Carteira Nacional Militante. Canal onde o militante poderá realizar o desbloqueio da Carteira e ou tirar dúvidas relacionadas a CNM de forma gratuita, através do número 0800-717-7785.
Para contribuir financeiramente com o PCdoB – ação estatutária – é necessário entrar na área militante, pelo portal (www.pcdob.org.br) ou aplicativo de celular (PCdoB Digital) e clicar em Contribuição e depois em Emitir a Carteira Nacional Militante e fazer o pedido. Assim que o cartão chegar ao destino indicado, o militante deve ligar no 0800, seguir as orientações e fazer o desbloqueio. De forma simples e rápida!
Nos próximos dias o desbloqueio também poderá ser realizado apenas com um clique no Portal do PCdoB, acessando área do militante no PCdoB Digital.
 Lembrando que só é possível acessar as opções de contribuição militante regular, programando o desconto do valor mensal, após o desbloqueio da CNM. Além de obrigatória, a contribuição financeira é uma expressão do comprometimento do militante com a luta do PCdoB, para custeio das ações e atividades, na luta pelo socialismo e desenvolvimento do Brasil.
A central de atendimento disponibiliza ainda respostas para perguntas mais frequentes. Caso haja dúvida, leia as informações abaixo:
Como desbloquear a CNM (Carteira Nacional do Militante PCdoB)?
Para desbloquear sua Carteira Nacional de Militante do PCdoB, ligue no telefone: 0800-717-7785 e selecione a opção 1. Confirme os dados solicitados e cadastre uma senha de 4 dígitos. A ativação do cartão ocorrerá no prazo máximo de 24 horas. É importante lembrar que por questões de segurança, o sistema não aceita a mesma senha utilizada para acessar o site da Rede Vermelha.
Como proceder para realizar a contribuição?
Faça login e senha na área do militante e clique no item “Contribuição”. Depois, selecione o valor, clique em “Fechar Pedido” e concorde com o termo de contribuição. Em seguida, selecione a forma de pagamento, sendo: boleto, paypal, e cartão de crédito; e por último, clique no botão “Realizar Pagamento”.
Como solicitar 2ª via da CNM (Carteira Nacional do Militante PCdoB)?
Ligue para o 0800 e após a confirmação de alguns dados e o endereço, será enviado um boleto no valor atual de emissão de 2º via da carteira. Após o pagamento, será realizado o envio através dos correios;
Como redefinir a senha?
A redefinição de senha é realizada pelo 0800-717-7785. Escolha a opção 3 da central de atendimento, depois a opção 2, confirme os dados solicitados por segurança e digite nova senha.
Minha CNM (Carteira Nacional do Militante PCdoB) não chegou, o que eu faço?
O envio é feito através dos correios, então, além do prazo de 5 dias para a emissão, é necessário aguardar um prazo para a entrega dos Correios. Não acusando o recebimento após 15 dias úteis, entre em contato com a central de atendimento para verificar o endereço cadastrado e se necessário, solicitar a segunda via da carteira.
Em casos de perda, ou roubo como devo agir?
Ligue imediatamente para o 0800 e faça o cancelamento da CNM (Carteira Nacional de Militante PCdoB). Após esse procedimento, é necessário confirmar endereço e solicitar a segunda via.
Além de fazer doações para o partido, quais as utilidades da CNM (Carteira Nacional de Militante do PCdoB)?
Atualmente a CNM (Carteira Nacional do Militante PCdoB), é utilizada para a identificação do militante, e para realização das contribuições.

Conheça as 10 praias apontadas como as melhores do mundo


Na premiação Travellers' Choice, do TripAdvisor, a Baía do Sancho, em Fernando de Noronha, perdeu o primeiro lugar neste ano para a caribenha Grace Bay.



A praia de Grace Bay, na ilha de Providenciales de Turcas e Caicos, um arquipélago britânico ao norte do Caribe, foi coroada como a melhor praia do mundo nos prêmios Travellers' Choice de TripAdvisor, baseado na avaliação feita pelos usuários da plataforma de reservas de viagens nos últimos 12 meses. 
A Baía do Sancho que tinha ficado em primeiro lugar no passado, caiu para segunda posição. Ainda assim, a praia que fica no arquipélago de Fernando de Noronha (PE) aparece pelo quarto ano seguido na lista das 10 mais bem cotadas. Confira o ranking completo.

1 - Grace Bay - Ilhas Turcas e Caicos

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Fica na ilha de Providenciales, de Turcas e Caicos, um arquipélago ao norte do Caribe e o termo que melhor a define é imensidão azul. A cor, além dos tons surpreendentes, domina a paisagem por todos os lados: céu e mar. O território inteiro é protegido por corais que fazem com que não haja uma praia sequer sem água cristalina.

2 - Baía do Sancho - Brasil

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Listada pela quarta vez no Top 10 do TripAdvisor, a Baía do Sancho é formada por águas claras e uma beleza ímpar. Está localizada a oeste do Morro Dois Irmãos e a leste da Baía dos Golfinhos, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. É muito procurada para a prática do mergulho por abrigar uma diversificada fauna e flora marinha.

3 - Praia de Varadero - Cuba

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É uma das mais populares e conhecidas de Cuba, principalmente por causa dos hotéis e 'resorts'. Varadero tem atrações naturais como grutas, lagoas, enseadas e recifes para nadar, mergulhar ou praticar snorkel. Toda a região possui as condições ideais para praticar pesca ou navegação à vela.

4 - Eagle Beach - Aruba

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O Caribe se destaca na lista com a praia de Eagle Beach. É uma das maiores, melhores e mais bonitas de Aruba. Está localizada ao lado de Palm Beach, mas não dá para ir andando de uma para outra. O local é muito tranquilo e ideal para a prática de Jet-Ski.

5 - Seven Mile - Ilha Grand Cayman

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É a praia principal e mais procurada da ilha e, apesar do nome, tem uma extensão de 5.5 milhas. A areia rosada e a água transparente e turquesa, típicas do Caribe, parecem irreais de tão belas. O local concentra vários hotéis de grandes porte e recebe o maior número de turistas em todo arquipélago.

6 - A Concha - Espanha

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La Concha, de San Sebastián, não só foi escolhida pelo segundo ano consecutivo a sexta praia mais bonita do mundo, como também volta a repetir posição como o melhor praia da Europa.

7 - Clearwater Beach - EUA

Clearwater, Flórida
É considerada a praia mais bonita da Flórida. Possui uma extensa orla de areia branca e fina, com o mar em tom alaranjado por causa do pôr do sol. No calçadão, pode-se ver um vaivém constante de pessoas bronzeadas, passeando de bike, patins, skate ou a pé.

8 - Seven Mile Beach - Jamaica

negril
Situada na cidade turística de Negril, no extremo oeste da ilha, tem como atração as suas águas mornas, claras, além de uma boa infraestrutura. Bares e hoteis seguem o estilo "pé na areia".

9 - Praia Bávaro - República Dominicana

Bavaro Beach
A praia caribenha é digna dos filmes: mar transparente de águas mornas e calmas, areia branca e macia à sombra de belos coqueiros. Não por acaso, é a praia mais bem cotada e onde fica a maior parte dos hotéis. Algumas opções de hotéis são: Barceló Bávaro, Paradisus Palma Real, Meliá, entre outros.

10 - Praia Norte - México 

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Localizada no extremo norte de Isla Mujeres, em frente à costa de Yucatán, a praia mexicana fecha o top 10 do Travellers' Choice. De tão tranquila, parece mais um lago já que o mar é raso e há uma grande faixa de areia.

Fonte: diário do nordeste

Em apoio à UNB, universidades públicas oferecem cursos sobre o golpe

Latuff/Sul21
Fragilidade da democracia brasileira e o golpe de 2016 serão tema de diferentes disciplinas nas universidades públicas (Latuff/Sul21)
Fragilidade da democracia brasileira e o golpe de 2016 serão tema de diferentes disciplinas nas universidades públicas (Latuff/Sul21)


A pioneira foi a Universidade de Brasília (UnB). A tentativa de censura por parte do ministro da Educação, Mendonça Filho, fez a comunidade acadêmica se mobilizar em apoio à instituição da capital federal.

O Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi o primeiro que saiu em defesa da UnB. A instituição, em nota, afirmou “irrestrita solidariedade ao professor e pesquisador Luís Felipe Miguel, da UnB, que ministrará neste semestre a disciplina ‘O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil’”. A universidade no interior de São Paulo oferecerá a mesma matéria para os alunos interessados.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ministrará uma disciplina similar, com outro nome "Golpes de Estado, autoritarismo e repressão no Brasil republicano”. “Vivemos sob tempos sombrios. O avanço das forças conservadoras sobre o conjunto de direitos que haviam sido conquistados pelos trabalhadores se faz constante”, afirmou, ao portal Manaus de Fato, o professor do Departamento de História da Ufam César Augusto Bulbolz.

“Tentativas de cerceamento das atividades artísticas e acadêmicas estão virando rotina. A exposição cancelada no Santander, a performance no MAM, os protestos contra a visita de Judith Butler e, agora, a ameaça do Ministério da Educação (MEC) de proibição da disciplina ofertada demonstram que a democracia está em risco e que devemos reagir de forma enérgica contra essas constantes tentativas de censura e aos ataques à autonomia intelectual e às artes”, completou.

Já a Universidade Federal da Bahia (UFBA) oferecerá a disciplina “Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. A iniciativa partiu de mais de 20 professores de diferentes disciplinas das áreas de humanidades. A responsabilidade por ministrar a matéria será do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH). Além dos alunos, a disciplina estará aberta para o público geral cursá-la como ouvinte.

Outra universidade que saiu em defesa da UnB e deve ministrar uma disciplina similar foi a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). “Ministro de Estado não deve ocupar o cargo para derrubar a autonomia universitária”, criticou o professor Agassiz Almeida, da UEPB, em entrevista ao portal ParlamentoPB.

Enquanto mais universidades saem em defesa da liberdade de cátedra e da autonomia universitária, os estudantes aguardam para cursar as disciplinas sobre o golpe de 2016. Na UnB, já existe lista de espera para a matéria.

Também demonstraram interesse em ministrar matéria similar, até o momento, as seguintes instituições: Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 



Fonte: Rede Brasil Atual

Desemprego no Brasil sobe a 12,2% no trimestre até janeiro

Apesar de se manter estável em relação ao trimestre anterior, a taxa veio acima do previsto pelos analistas.

09:36 · 28.02.2018 por Folhapress
Taxa de ocupação
Apesar da queda da taxa de desocupação na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o número de empregados com carteira assinada continua em baixa, recuando 1,7%. ( Cid Barbosa )
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,2% no trimestre encerrado em janeiro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (28).
Apesar de se manter estável em relação ao trimestre anterior (agosto a outubro), a taxa veio acima do previsto pelos analistas. A mediana das previsões em pesquisa da agência Reuters era de que ficaria em 12% no período.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando registrou 12,6%, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal mostra que a taxa de desocupação ficou 0,4 ponto percentual menor.
Após alcançar 13,6% no trimestre de fevereiro a abril, o desemprego vinha acumulando quedasnos índices de maio a julho (12,8%) e de agosto a outubro (12,2%).
"O índice vinha caindo, mas agora houve essa estabilidade, interrompendo as duas baixas. É um movimento característico de janeiro, quando esse indicador tende a estabilizar ou até a subir", explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Informalidade Alta
Apesar da queda da taxa de desocupação na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o número de empregados com carteira assinada continua em baixa, recuando 1,7%. O grupo foi o único a cair nesse período.
O número de empregados sem carteira subiu 5,6%, e o de trabalhadores por conta própria, 4,4%. Essas categorias sustentaram o crescimento da população ocupada, que aumentou em 1,8 milhão de pessoas (2,1%).
"Por causa da crise econômica, o mercado não consegue impulsionar a criação de postos de trabalho de qualidade. Todo esse crescimento de 1,8 milhão de pessoas está apoiado em uma plataforma informal de trabalho", disse Cimar.
Fonte: diário do nordeste

Walter Sorrentino: Convergência e concertação da esquerda

O Brasil segue na marcha da insensatez. A obra está à vista de todos, abandonando o passado de conquistas e alienando o futuro, em nome de um presente torpe e sem perspectiva para o país e os trabalhadores.


Foto: Reprodução
Walter Sorrentino
Walter Sorrentino

As forças governistas, estando relativamente seguras de que Lula não seguirá até o fim da disputa eleitoral, e face à paralisia da reação popular, se dão a dois luxos: mancomunar-se com a Lava Jato e, como forças mercenárias nas guerras modernas, “matar um-a-um” os contendores da esquerda; e de se “dividir” temporariamente para a disputa eleitoral entre vários nomes. Afinal bastaria barrar Bolsonaro - cuja bandeira principal está sob assédio na intervenção no Rio - para o segundo turno ser barbada para um deles. 

Daí as pretensões de Temer-Meirelles, Maia e Alckmin disputarem o mesmo lugar de pretenso “reformismo liberal”, o engana-trouxa de pretenso “centro-político”. Com um olho no apoio do mercado, outro no do eleitorado, fazem uma dança de sobrevivência do mais apto sobre quem é mais liberal e mais “reformista”. FHC, sabido, faz malandragem, depois de ter dado com os burros n´água com Huck (que, na verdade, era o mais apto para esse transformismo). Essa é a demonstração mais cabal de que sabem que a agenda em curso no país não ganha eleições livres. 

Mas e a esquerda e as forças progressistas? A insensatez não pode alcançá-las e esta é uma questão posta sobre a mesa nesta hora. As derrotas sofridas são terríveis, mesmo tendo reunido forças significativas na resistência. Será preciso agora reformular bandeiras de luta e formas de mobilização que alcancem a maioria social: certamente a luta eleitoral é uma delas, mas não pode ser a única.

As contrarreformas não podem ser levadas a voto enquanto perdure a intervenção federal no Rio, prevista até dezembro deste ano. A depender das condições, as próprias eleições poderão não significar a recomposição do pacto democrático onde as urnas dão reconhecimento aos governantes. Portanto, assegurar eleições livres e Frente Ampla democrática, inclusive com a defesa dos direitos de Lula e de sua candidatura, segue fundamental. Assim como retomar a capacidade para falar a todos os trabalhadores, não apenas aos setores organizados. 

Eleições são certamente momento culminante para disputar outra agenda para o país, apresentar ao povo saídas para a crise, retomar o crescimento econômico e emprego, sanear a grave situação social nas áreas da segurança pública, saúde e educação, salvaguardar os interesses do país e do povo para sanear a crise fiscal possibilitando investimentos e, fundamentalmente, salvaguarda da democracia e do Estado democrático de direito.

Entretanto, a disputa eleitoral não dá conta de ocupar todo o espaço de ação dessa ampla frente. Fazem outros movimentos para enfrentar a conjuntura. Primeiro, estabelecer convergências programáticas para os partidos desse campo político, base para a resistência e a crescente retomada da confiança da maioria do povo. Essa convergência já está em curso com a iniciativa das cinco fundações partidárias – PCdoB, PT, PDT, PSB e PSOL - e é uma coisa inédita na esquerda brasileira, por incrível que pareça.

Em segundo lugar, e urgente, é estabelecer um pacto político entre essas forças partidárias e vastos setores progressistas, patrióticos e democráticos, no sentido de consultas permanentes e orgânicas entre elas. Isso solicita o debate franco entre parceiros, onde todos conversam o tempo todo entre si e em conjunto, independentemente de pré-candidaturas próprias de cada força, sem desconsiderá-las.

Malgrado as exigências de cada uma das forças e pré-candidaturas definirem seu lugar político autônomo, é preciso saber trabalhar com a unidade e não amplificar a demarcação política. Lula tem grande papel para isso, ao lado de manter erguida a bandeira e força do PT, indispensável ao país. É o grande intérprete da alma e anseios do povo brasileiro e merece toda a solidariedade humana face às agressões imensas que vem sofrendo no plano pessoal.

Mas a responsabilidade é de todos nós, não pode ser apenas de Lula - seja para definir sozinho o jogo eleitoral, seja para proclamar a necessidade desse pacto político. É nessas horas que a esquerda precisa mostrar unidade e inventividade política. 

Convergências programáticas em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento e uma concertação de nossas forças, é o que levará água ao moinho eleitoral para nossas forças. Possibilitam uma relação de emulação entre as pré-candidaturas postas e dão esperanças de fazê-las presentes no segundo turno. O trabalho de Manuela D´Ávila pré-candidata aponta para essa possibilidade. 

O Brasil está em situação absolutamente excepcional. O povo está cansado de muitas coisas, entre elas da confusão política reinante no país. O quadro está em agravamento, assim como os dilemas de nossas forças. As respostas precisam, pois, ser excepcionais, de confiança entre parceiros da esquerda, e de generosidade com a nação e o povo brasileiros. 




*É médico, vice-presidente nacional do PCdoB. Da coordenação nacional da Frente Brasil Popular. Diretor da União Brasileira de Escritores e preside o Conselho Curador da Fundação Maurício Grabois.

Julgamento de habeas corpus de Lula será amanhã

Turma da Corte decidirá sobre pedido feito pela defesa do presidenciável para impedir eventual prisão.

00:00 · 28.02.2018
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Ex-presidente aguarda ainda julgamento de recurso no TRF-4, que pode encerrar o processo na 2ª instância que o condenou a 12 anos e 1 mês de prisão ( FOTO: AFP )
Brasília/Porto Alegre. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para amanhã o julgamento do habeas corpus apresentado pelo ex-presidente Lula. O processo será analisado pela Quinta Turma, na sessão marcada para 13h.
A defesa do petista entrou com o pedido no final de janeiro, para evitar que ele seja preso depois que se esgotarem os recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) contra sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O vice-presidente do STJ, Humberto Martins, negou o habeas corpus no mesmo dia, em decisão provisória, afirmando que não há possibilidade imediata de prisão no caso. Agora, o colegiado irá analisar o mérito do pedido.
Após a rejeição do pedido, os advogados de Lula recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF). O habeas corpus voltou a ser negado, dessa vez pelo ministro Edson Fachin. O motivo foi técnico: o ministro alegou que o STF não poderia examinar o caso justamente porque o STJ ainda não havia julgado o mérito.
Fachin, no entanto, enviou o caso para o plenário do julgar. Caberá a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, marcar a data desse julgamento, mas isso ainda não foi feito.
Em janeiro, Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo TRF-4. Na semana passada, a defesa do petista entrou com recurso contra a decisão. Esse recurso, no entanto, serve só para esclarecer pontos da sentença. Segundo os desembargadores, ele pode ser preso logo após a análise desse instrumento.
A defesa de Lula entregou uma carta escrita pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região na noite de segunda. Os advogados do ex-presidente alegam que Lula foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, em julho de 2017 a 9 anos e seis meses de prisão, e pelo Tribunal, "fundamentalmente nas declarações de Léo Pinheiro, trazidas no âmbito de seu interrogatório".
Depoimento
Em depoimento, em abril do ano passado, o ex-presidente da OAS, preso na Lava-Jato, declarou que o tríplex era de Lula e teria sido orientado por Vaccari Neto, preso desde abril de 2015 pela Lava- Jato, a reservar o apartamento para o ex-presidente.
Vaccari afirma na carta que "não é verdade o que declarou o Léo Pinheiro em seu depoimento e delação premiada, que as doações feitas pela empresa OAS ao PT estariam ligadas a supostos pagamentos de propinas relacionadas a contratos desta empresa com a Petrobras".
Na segunda, Lula prestou depoimento de mais de duas horas à Polícia Federal, em São Paulo, sobre suposta mesada da empreiteira Odebrecht a Frei Chico, seu irmão. O petista negou envolvimento em irregularidade.
Frei Chico
Em delação, os executivos Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, que chefiou o Setor de Operações Estruturadas, conhecido com departamento de propinas da empresa, disseram que Frei Chico recebia uma espécie de mesada.
Irmão mais velho de Lula e ex-militante do Partido Comunista, Frei Chico foi o responsável por despertar o interesse do ex-presidente pela política e iniciar o petista no mundo sindical.
Em junho do ano passado, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou a investigação à Justiça Federal de São Paulo.
Fonte: diário do nordeste

Tiago Leifert quer abafar protestos de atletas e jogadores

DEMOCRACIA EM PRETO E BRANCO (2014) /REPRODUÇÃO
Em 1982, Corinthians estampou no uniforme a chamada para eleições diretas para a escolha do Governador do Estado
Em 1982, Corinthians estampou no uniforme a chamada para eleições diretas para a escolha do Governador do Estado


Na opinião do jornalista, “quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo. O que me leva à minha primeira grande preocupação de 2018: é ano eleitoral. (…) Tem muita coisa contaminada por aí. Precisamos imunizar o pouco espaço que ainda temos de diversão. Textão é no Facebook. Deixem o esporte em paz.”

Antes de mais nada, é preciso dizer que Tiago Leifert apenas mostra o desagrado com manifestações políticas em eventos esportivos. Opinião que respeito, mas discordo totalmente. Por essa lógica, Sócrates, Casagrande, Biro-Biro e todos os membros da histórica Democracia Corintiana jamais teriam usado os gramados para pedir a volta das eleições diretas no início dos anos 1980.

Seguindo esse pensamento, nunca teríamos visto Tommie Smith e John Carlos erguerem os punhos na saudação típica dos Panteras Negras na cerimônia de premiação dos 200 metros rasos nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México, para denunciar o racismo nos Estados Unidos.

E por falar em racismo, eu e você jamais teríamos visto Daniel Alves pegar uma banana atirada por um torcedor e comer ao vivo para todo o mundo. E isso sem falar nos heróis desconhecidos, que usam o esporte para protestar contra a injustiça e a desigualdade em todo o mundo. Todos sem fazer textão, mas com atitudes que renderiam livros sensacionais com a história de cada um deles.

As palavras de Tiago Leifert estão perfeitamente alinhadas com quem comanda o esporte hoje em dia: a televisão. Para ela (e também para a FIFA e o Comitê Olímpico Internacional), o esporte deve ser um palco apenas de diversão, apenas para espairecer depois de um dia duro de trabalho. Essa lógica transforma todo e qualquer evento esportivo em linha de show e reduz os atletas a meros animadores prontos para alegrar o dia de quem pagou (caro) pelo ingresso.

O esporte sempre fez pensar e sempre rompeu barreiras. A presença de Formiga em seis edições dos Jogos Olímpicos e lutando para que o futebol feminino conquiste espaço não é um ato político? E a campanha contra o assédio sexual também não é? Os protestos contra a corrupção, racismo, machismo, homofobia e por melhores condições para se praticar esporte não se encaixam nessa linha?

Quem defende a lógica da FIFA, do COI e do próprio Tiago Leifert defende que nossos atletas se transformem em simples fantoches sem personalidade, proibidos de pensar e de emitir opiniões. Se levarmos o papo para a música popular brasileira, seria o mesmo que um Tim Maia se transformasse num Roberto Carlos. Não falo de qualidade musical, mas da postura de cada um diante dos problemas da sociedade. 

E o esporte sempre refletiu isso ao longo das últimas décadas. Como esquecer dos heróis do Vasco da Gama que peitaram o racismo institucional no início da década de 1920 e deixaram a já extinta Associação Metropolitana de Esportes Athleticos? Isso não vem de hoje. E também não é hoje que ela vai acabar. Não enquanto tivermos atletas preocupados com os problemas sociais.

O esporte sempre foi palco de manifestações políticas. E sempre foram bem-vindas. Mas a lógica da “linha de show” está tentando acabar com isso para agradar a quem sempre ganhou rios de dinheiro com a exploração alheia.

Mais manifestações que tá pouco, pessoal. Muito pouco. 



Por Luiz Ferreira, do Brasil de Fato

Tribunal de Justiça do Ceará autoriza juízes a receber TCO realizado pela PM e PRF

Policiais militares e rodoviários federais de todo o Estado poderão lavrar Termos Circunstanciados de Ocorrência

Em sua decisão, o desembargador Francisco Darival Beserra Primo destaca que "a participação dos policiais militares e rodoviários federais, além de desburocratizar o procedimento, proporcionará maior celeridade à formalização dos TCOs enviados ao Poder Judiciário” ( Foto: Divulgação TJCE )
13:36 · 28.02.2018 / atualizado às 13:38
Em uma decisão inédita no Estado, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) autorizou, na última segunda-feira (26), que juízes criminais de todo o território cearense mandem distribuir e processar os Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) realizados por agentes da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). A autorização foi dada pelo corregedor-geral da Justiça do Ceará, desembargador Francisco Darival Beserra Primo.
Conforme o desembargador, o TCO - documento responsável pelo registro de crimes de pequena relevância - poderá ser lavrado por policiais militares e rodoviários federais por meio físico ou eletrônico, desde que homologados por autoridade a quem se conferem, de forma expressa e inequívoca, "às atribuições de Polícia Judiciária".
Em sua decisão, Francisco Darival destaca que a medida ajudará a dar mais agilidade aos procedimentos, uma vez que barrará a burocracia existente atualmente. “A participação dos policiais militares e rodoviários federais, além de desburocratizar o procedimento, proporcionará maior celeridade à formalização dos Termos Circunstanciados de Ocorrência enviados ao Poder Judiciário”, disse o desembargador.
O corregedor-geral mecionou, ainda, a viabilidade da adoção de procedimento que permita, respeitados os ditames do artigo 144, inciso 4º, da Constituição Federal, a participação cooperativa da PM e PRF na coleta sumária de dados, versões e depoimentos necessários à formalização dos termos circunstanciados que serão enviados ao Poder Judiciário. O desembargador também levou em consideração a iniciativa de alguns juízes criminais do Estado, como Antônio Washington Frota, da 2ª Vara de Camociam, de editar portarias disciplinando o recebimento do TCO lavrado por policiais militares.
Fonte: Diário do Nordeste