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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

QUEM SOFRER DO CORAÇÃO NÃO ASSISTA ESTE VÍDEO ATÉ O FINAL!

Acidente com VLTs completa 1 mês; colisões com trens se repetem


Nesta segunda-feira (28), completa-se um mês do acidente envolvendo duas composições do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), na Capital, com causas ainda desconhecidas. Chama atenção, no entanto, a frequência com que colisões envolvendo trens na Grande Fortaleza vêm se repetindo. Em menos de um mês, foram quatro casos registrados, um alerta para a necessidade de manutenção dos sistemas operacionais nas passagens de nível e das normas de conduta segura adotadas também pelos condutores.
O motorista de aplicativo Adriano de Freitas mora no entorno do cruzamento da linha férrea do bairro Vila União, rota do VLT Parangaba Mucuripe. Ele afirma que a cancela sofre problemas constantemente, deixando de baixar nos momentos em que a composição passa pelo local ou baixando sem que haja trens em circulação naquele exato instante. "Ela baixa quando o trem não passa. Às vezes, o trem passa e ela não funciona, e fica essa bagunça. Na terça-feira à noite, ela ficou levantada e os carros passando. O trem já estava em cima quando um cara teve que arrancar para não ser levado", conta. Ainda conforme o motorista, os reparos acontecem rápido, mas logo em seguida o problema volta a acontecer. O risco é ainda maior, conforme ressalta o manobrista Josimar de Oliveira, porque o fluxo de veículos no local é grande, gerando picos de congestionamento e, por consequência, veículos parados sobre os trilhos. Outro problema, acrescenta, é o volume do sinal sonoro. "Acho muito baixo, se tiver alguém com vidros fechados é difícil escutar".
Foram exatamente esses os problemas relatados pela técnica de enfermagem Rebeca Santos, que teve o carro atingido pelo VLT na passagem de nível da Rua Capitão Gustavo, no Bairro São João do Tauape, na última quarta-feira (23).
Além de não ter escutado a sinalização sonora e da cancela não ter baixado, segundo relata, ela não conseguiu perceber a presença do trem por causa do muro que separa os trilhos da rua. "Assim que entrei (na passagem de nível), já colidi com o trem. Só não foi mais forte porque eu consegui puxar o carro para o lado", diz. Com a colisão, o carro foi jogado contra a mureta, mas Rebeca não se feriu.
No dia 8 de outubro, o trem que passa pela cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, bateu em um caminhão que trafegava pela passagem de nível da Rua Barão de Ibiapaba, no centro do Município. Ninguém ficou ferido. Um dia antes, uma composição de carga colidiu contra um caminhão, deixando dois feridos em Fortaleza.
O choque entre as duas composições do VLT no dia 28 de setembro, contudo, foi o caso mais grave. Os trens trafegavam em sentidos contrários e bateram de frente no elevado sobre o cruzamento da Rua Bartolomeu Gusmão com Avenida Aguanambi, deixando 37 pessoas feridas.
ColisãoColisão
Na última colisão, o VLT atingiu um carro na passagem de nível
Foto: Leabem Monteiro

ACIDENTE

A perícia que deve apontar as causas do acidente ainda não foi concluída. O secretário de infraestrutura do Estado, Lúcio Gomes, disse que o caso está sendo apurado por uma comissão permanente de sindicância, da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, e por uma comissão especial formada por membros da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), com participação do Metrofor.
"Eles vão falar dados de gravação, fitas de áudio e vídeos de câmeras que temos instaladas em todos os trechos, colher depoimentos, pois a gente precisa dar o direito às pessoas de se defenderem e se explicarem. De fato, aquela ocorrência não é aceitável. Em princípio, podemos ter um retorno em 30 dias. Mas isso é prorrogável", afirma.
Sobre a operação dos trens, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos informou, por nota, que equipes de manutenção do Metrofor trabalham rotineiramente nas áreas de atuação do sistema, garantindo o bom funcionamento dos equipamentos de sinalização. Destaca, ainda, que cerca de dois terços das demandas de manutenção em passagens de nível são gerados pelo desrespeito e desatenção de motoristas que avançam sobre os trilhos sem parar o veículo.
A nota da Companhia afirma também que a passagem de nível da Rua Capitão Gustavo conta com uma sinalização completa e estava funcionando plenamente no dia 23 de outubro, quando ocorreu a última colisão.

VANDALISMO

Atos de vandalismo, no entanto, vêm contribuindo para a ocorrência de problemas no sistema, conforme pontua o secretário Lúcio Gomes. "Dois terços dos casos seguramente estão documentados como vandalismo. Tem gente que mora perto e não gosta do barulho, quer passar e quebra a cancela, então há de tudo", ressalta.
O gestor diz que a segurança será reforçada. "Vamos fazer cada vez mais parceria com a Prefeitura para que a gente instale fotossensores, que as câmeras também estejam com mais ângulos para que a gente possa acompanhar e, claro, é preciso campanhas educativas", avalia o titular da Seinfra.

Fonte: diário do nordeste

Após áudio de Queiroz, Bolsonaro diz que tinha liberdade com ex-assessor

Em gravações divulgadas, Queiroz diz que Bolsonaro o comunicou sobre a intenção de demitir uma funcionária do gabinete de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), porque haviam suspeitas de que ela não trabalhava efetivamente no gabinete



Segundo Bolsonaro, Cileide Barbosa Mendes não era uma funcionária fantasma e a sua demissão "não tem nada para espantar"Agência BrasilAo comentar o vazamento de áudios atribuídos à Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 28, que até 2018 "tinha liberdade" para conversar com o ex-assessor de seu filho, o agora senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sobre diferentes assuntos. Segundo ele, tratar da demissão de funcionários dos gabinetes de seus parentes é "normal". Bolsonaro falou sobre o assunto com jornalistas ao deixar os Emirados Árabes rumo ao Catar.Em gravações divulgadas pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, Queiroz diz que Bolsonaro o comunicou sobre a intenção de demitir uma funcionária do gabinete de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), porque haviam suspeitas de que ela não trabalhava efetivamente no gabinete.Segundo Bolsonaro, Cileide Barbosa Mendes não era uma funcionária fantasma e a sua demissão "não tem nada para espantar". "Até estourar o problema eu tinha liberdade com o Queiroz, conversava com ele algumas coisas. No ano passado, se for ver, no meu gabinete eu mandei embora cinco, seis pessoas. Eu passava praticamente de segunda a sábado fora de casa, comecei a não ter o controle de quem estava no Rio. Exatamente para evitar problema essas pessoas foram demitidas", disse Bolsonaro nesta segunda.Sobre a situação de Cileide, o presidente disse que ela sabia que não poderia continuar contratada caso ele fosse eleito presidente da República e Flávio Bolsonaro fosse para Brasília. Em seguida, no entanto, ele lembrou que Cileide era funcionária no gabinete de Carlos Bolsonaro, que continua no Rio. Jair Bolsonaro destacou mais de uma vez que a ex-funcionária mora em uma propriedade registrada em seu nome, embaixo do local onde funcionava o seu escritório de apoio."Essa específica, a Cileide, ela se formou em enfermagem tem dois anos aproximadamente, fez uma especialização, e ela sabia que não ia continuar conosco porque eu não sendo eleito, o Flávio não eleito (no Rio), (ela) não viria para Brasília. Se bem que ela estava no gabinete do Carlos. Mas é uma mudança normal isso aí, não tem nada para espantar", disse."O pessoal quer pegar fantasma e rachadinha. Ela (Cileide) sempre morou ali, a casa é minha, está em meu nome, ela mora ali embaixo", afirmou Bolsonaro.O relatório do Coaf que indicou movimentações bancárias atípicas nas contas de Queiroz no período em que ele trabalhava no gabinete de Flávio foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2018. Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda que não fala com o ex-assessor desde então. "O Queiroz cuida da vida dele e eu da minha", reafirmou.
Fonte: Diário do Nordeste

Agente penitenciário cearense é preso por fraudar concurso público em João Pessoa

O agente fazia a prova da Fundação Desenvolvimento da Criança e Adolescente Alice de Almeida no lugar de outra pessoa



Um agente penitenciário do Ceará foi preso em João Pessoa por fazer concurso público no lugar de outra pessoa
Reprodução / Polícia Militar da Paraíba
Um agente penitenciário do Ceará foi preso por fazer, no lugar de uma outra pessoa, a prova do concurso da Fundação Desenvolvimento da Criança e Adolescente Alice de Almeida (Fundac), em João Pessoa, na Paraíba, na manhã do último domingo (27). O homem por qual o agente se passava também foi preso.
Segundo o portal G1, os agentes da Polícia Militar receberam a denúncia de uma possível fraude no concurso e abordaram uma pessoa que estava inscrita na prova, na frente da faculdade onde estava sendo realizado o exame. Eles constataram então que o agente penitenciário fazia a prova no lugar do primeiro suspeito. O agente portava uma arma e documentos falsos.
O concurso ofertava vagas para agentes socioeducativos e era realizado pela Secretaria de Estado da Administração da Paraíba. 
Os dois suspeitos foram presos e levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil paraibana para prestar depoimentos. 
Eles devem ser indiciados por fraude em concurso público, uso de documento falso e falsidade ideológica. Foram apreendidos os documentos falsos e a arma que estavam com o agente penitenciário

Fonte: diário do nordeste

Flávio Dino discute investimentos e ações da gestão no Maranhão

O governador Flávio Dino (PCdoB) e prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Braga Júnior (PDT), estiveram reunidos nesta semana, no Palácio dos Leões para um debate sobre obras, investimentos e ações na área de infraestrutura realizadas tanto pela gestão estadual, quanto pela municipal, e que estão repaginando a capital maranhense.

 O governador Flávio Dino e prefeito de São Luís, Edivaldo, estiveram reunidos na tarda desta segunda-feira (21), no Palácio dos Leões. O governador Flávio Dino e prefeito de São Luís, Edivaldo, estiveram reunidos na tarda desta segunda-feira (21), no Palácio dos Leões.
“Trocamos informações sobre as obras que estão sendo realizadas em São Luís pelo Governo do Estado e pela Prefeitura e que vão dar mais qualidade de vida aos ludovicenses. Há muito o que comemorar e novos passos a serem dados”, destacou Flávio Dino.

Entre os investimento executados pela gestão estadual, a construção do Hospital da Ilha foi apresentado pelo governador como uma solução definitiva para o problema de urgência e emergência da região metropolitana de São Luís. Com as obras em ritmo acelerado, quando finalizado, o novo hospital desafogará os dois hospitais de urgência e emergência que atendem a população ludovincense, os hospitais Socorrões.


Flávio Dino lembrou, também, da obra do Governo do Estado de prolongamento em 1.800 metros da Avenida Litorânea, que deverá melhorar o trânsito, a mobilidade e a circulação entre os municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. Com investimento de mais de R$ 140 milhões, o prolongamento da Avenida Litorânea contempla, ainda, a construção de calçadão, bares, ciclovias, estacionamentos e áreas para caminhada.

O prefeito Edivaldo levou ao governador a boa notícia de que o programa “São Luís em Obras” será ampliado, aumentando o número de vias a receberem nova pavimentação asfáltica. O programa que já está realizando melhorias na área da infraestrutura urbana em bairros da capital, com serviços como macrodrenagem, pavimentação e construção de pontes, reforma e construção de mercados, além de requalificação de espaços públicos, será incrementado.

“Nos encontramos para tratar sobre o que a Prefeitura tem feito através do São Luís em Obras e o que o Governo do Estado tem executado em São Luís. Trabalhando sempre próximo, quem ganha é a população”, pontuou o prefeito, ao destacar a importância de encontros de trabalho para alinhar ações e estipular novas metas.

Fonte: O Imparcial

    Fundada Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia

    Aconteceu na manhã deste sábado (26), em Fortaleza, na  sede da OAB CE, a fundação da Associação Brasileira de Médicos e Médicas Pela Democracia ABMMD. Participaram 101 participantes de dez estados. A Associação terá sede no Ceará. Foi aprovado a Carta de princípios, o Estatuto e a Carta de Fortaleza.

      
    Após criteriosa discussão e subsequente aprovação do Estatuto pré-elaborado, seguida da pronta nomeação da Coordenação Executiva Nacional e do Conselho Fiscal, o relevante acontecimento encerrou-se com a Leitura da Carta de Fortaleza lida pelo  Dr. Manoel Fonseca, registro fotográfico dos sócios-fundadores e programação lúdico-recreativa de qualidade: Maracatu Solar, apresentação do Coral da APÁ (Maestrina- Aparecida Silvino) e show  humorístico com Jader Soares. 
     
    Segue a íntegra da Carta aprovada pela ABMMD

    Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - ABMMD
     
    Carta de Fortaleza
     
    A Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - ABMMD, fundada em 26 de outubro de 2019, em Assembleia realizada na cidade de Fortaleza-CE, se propõe a construir pontes de entendimento, de escuta, de fortalecimento da unidade de princípios de nossa categoria médica em defesa da democracia, da ética, da vida, da condição humana e da proteção do exercício da medicina em condições dignas de trabalho, de remuneração justa e segurança do vínculo empregatício. 
     
    Desenvolverá suas atividades  baseada em quatro pontos de ação: defesa do Estado Democrático de Direito, dos Direitos Humanos, do Sistema Único de Saúde e  defesa do exercício ético do trabalho médico. 
     
    Em relação ao Estado Democrático de Direito, que trata das garantias dos direitos individuais e coletivos, dos direitos sociais e dos direitos políticos, defendemos: 
     
    ▪a Constituição Federal como Lei Maior, que estabelece os princípios fundamentais orientadores das decisões nacionais e visa assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o desenvolvimento sustentável com proteção do meio ambiente e de nossos recursos naturais e a igualdade e justiça como valores supremos. 
     
    ▪a Soberania Popular, expressa na escolha livre, universal e democrática dos governantes e no fortalecimento e ampliação dos mecanismos de Consulta Popular e da Democracia Direta e Participativa. 
     
    ▪o Sistema de Justiça que garanta os direitos humanos e seja democrático, célere, imparcial, independente e probo e que acolha a presunção de inocência, o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal. 
     
    Em relação aos Direitos Humanos, que explicitam a dignidade inerente a todos os membros da família humana, os quais têm direitos iguais e inalienáveis como fundamento da liberdade, da justiça e da paz, defendemos: 
     
    ▪a igualdade em direitos e dignidade de todo ser humano, sem qualquer discriminação de raça, cor, sexo, gênero, opinião política, religião, origem nacional ou social e de poder aquisitivo; 
     
    ▪o Direito à vida, à liberdade e segurança pessoal de toda pessoa humana, que não pode ser arbitrariamente presa, detida ou exilada, nem ser submetida à tortura, penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, podendo recorrer a instâncias judiciais efetivas, independentes e imparciais contra atos que violem seus direitos fundamentais; 
     
    ▪o Direito ao trabalho, em condições satisfatórias, com remuneração equitativa e compatível com o viver em dignidade, que assegure bem-estar do indivíduo e de sua família, principalmente quanto à alimentação, vestuário, moradia e assistência à saúde e que haja proteção e segurança quando desempregado; 
     
    ▪a liberdade de opinião, de expressão, de reunião, de associação, de manifestação artística e cultural, de acesso ao conhecimento e informação e a um processo educativo que possibilite a plena expansão da personalidade humana, de suas múltiplas inteligências,  do reforço aos Direitos Humanos, das liberdades fundamentais e da compreensão, acolhimento, tolerância e fraternidade entre as pessoas. 
     
    Em relação ao Sistema Único de Saúde SUS, entendemos que foi uma conquista da sociedade brasileira que inseriu na sua Carta Magna o preceito de que "saúde é um direito de todos e um dever de Estado" e constitui uma forte ferramenta de combate da desigualdade social, defendemos: 
     
    ▪a garantia dos preceitos do SUS de universalidade, integralidade e equidade, assegurados por um financiamento adequado. 
     
    ▪que a sociedade brasileira seja corretamente informada sobre as ações desenvolvidas pelo SUS, tanto na assistência ambulatorial e hospitalar direta, como através de ações de prevenção, proteção, controle e reabilitação, com destaque para algumas ações especiais que protegem todos os brasileiros e brasileiras, como o Programa Nacional de 
    Imunização, os Transplantes, os Hemocentros, as Vigilâncias Sanitária e 
    Epidemiológica, o Controle de Endemias, o SAMU, a Urgência Traumatológica e de Queimados, para que o povo brasileiro se envolva em defendê-lo como patrimônio nacional. 
    ▪ restabelecer o financiamento do SUS, totalmente alterado com a PEC 241/55 do teto de gastos e lutar contra a proposta do governo federal de desvincular o orçamento da saúde e da educação.  
     
    ▪o fortalecimento das Universidades Públicas em autonomia, pesquisa e inovação e o ensino médico voltado para atender às necessidades da população e baseado nas melhores evidências científicas disponíveis. 
     
    ▪toda Unidade de Saúde do SUS deve proporcionar condições dignas de trabalho, conforto essencial, segurança e proteção para usuários e profissionais e suporte que assegure  resolutividade e eficácia do cuidado. 
     
    Em relação ao exercício ético do trabalho médico, defendemos: 
     
    ▪o engrandecimento da Medicina como uma profissão humanitária, abstendo-se de usála como instrumento de coerção, enriquecimento ilícito e dominação de consciência; 
     
    ▪ a criação da Carreira Médica Única Nacional, como função de Estado, de acesso por Concurso Público Unificado, com remuneração justa, agregando valores de acordo com especificidades e condições do exercício profissional da medicina. Substituição progressiva dos postos de Trabalho Temporário, superando a precarização dos vínculos empregatícios. 
     
    ▪no exercício da medicina nos opomos a qualquer tipo de discriminação por razões econômicas, religiosas, raciais, de opção política e de gênero e jamais tratar as pessoas com arrogância, autoritarismo e violência, prestando o cuidado humano de acordo com os princípios de autonomia, benignidade, não malignidade, confidencialidade e justiça. 
     
     Ao nos comprometermos a praticar o exercício ético da medicina e a prática da cidadania, inspirados nesta plataforma de ação e princípios, esperamos contribuir para a construção de uma sociedade livre, democrática, justa e solidária. 
     
    Fortaleza, 26 de outubro de 2019 
     
    Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - ABMMD 

    As deputadas comunistas que estão definindo os rumos do Chile

    Em um país que há muito tempo se destaca como garoto-propaganda dos princípios do livre mercado na América Latina, duas jovens comunistas recebem enorme atenção no Chile.

    Foto: (Anadolu Agency / Colaborador/Reuters)
    Vallejo e Cariola estão angariando apoio para uma reforma trabalhista que reduzirá a jornada semanal máxima de 45 para 40 horasVallejo e Cariola estão angariando apoio para uma reforma trabalhista que reduzirá a jornada semanal máxima de 45 para 40 horas
    Um projeto de lei de reforma trabalhista apresentado por Camila Vallejo e Karol Cariola — que ficaram famosas como líderes do movimento estudantil há oito anos — está obtendo apoio amplo e coloca as duas parlamentares do Partido Comunista em rota de colisão com o presidente de direita, Sebastián Piñera.

    O plano da dupla é reduzir a jornada semanal máxima de 45 para 40 horas de trabalho. Para Piñera, o projeto é inconstitucional e ele prometeu contestar na Justiça se a proposta for aprovada. O presidente tem uma proposta própria que não avança.

    O bilionário de 69 anos ocupa a presidência pela segunda vez. A disputa em torno da legislação trabalhista e o impasse no Congresso não são o que ele esperava para a metade de seu mandato. Ele foi eleito no final de 2017 prometendo grandes reformas que desencadeariam uma fase de grande expansão econômica.

    Agora, a expectativa é de redução do crescimento e as propostas de reforma tributária e da previdência estão emperradas. Enquanto isso, a guerra comercial entre EUA e China prejudica o preço do cobre, principal produto de exportação do país.

    A economia já mostra sinais de fraqueza. O banco central baixou a estimativa de crescimento em 2019 de 3,6% no início do ano para 2,8%. O principal índice do mercado acionário, o IPSA, acumula queda de 6% neste ano, enquanto o índice MSCI para mercados emergentes da América Latina tem pouca variação.

    Protestos estudantis

    A ascensão das duas comunistas surpreende porque o presidente tem poder para decidir o que o legislativo discute.

    Vallejo, hoje com 31 anos, ganhou fama quando liderou manifestações pela educação durante o primeiro governo de Piñera, que tiveram adesão de centenas de milhares de pessoas, que foram protestar também contra a desigualdade.

    Em resposta à movimentação popular, Piñera trocou gente no alto escalão e iniciou um novo fundo educacional, mas os estudantes não se deram por satisfeitos.

    A taxa de aprovação dele desabou enquanto Vallejo despontava para o estrelato no Partido Comunista e fora dele. Pesquisas realizadas em 2011 mostraram que ela era mais admirada que Bachelet ou que a revolucionária compositora Violeta Parra.

    Cariola, 32 anos, outra jovem ativista do Partido Comunista, viajou pelo mundo com Vallejo também representando o movimento estudantil. Eleitas deputadas em 2014, elas se tornaram importantes figuras políticas de esquerda — e adversárias de Piñera.


    Com informações Exame

    Fernández e Cristina derrotam o candidato do FMI na Argentina

    O candidato da Frente de Todos, Alberto Fernández, foi eleito presidente da Argentina neste domingo (27) derrotando o atual mandatário e candidato do Fundo Monetário Internacional (FMI) à reeleição, Mauricio Macri, por 48,03% a 40,45%.


    Por Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires, para o ComunicaSul

    Foto: Leonardo Wexell Severo /ComunicaSul
     O cartaz sintetiza o espírito da multidão: "Os dias mais felizes sempre foram peronistas".  O cartaz sintetiza o espírito da multidão: "Os dias mais felizes sempre foram peronistas".
    Com 97,58% dos votos apurados, não havia forma de reversão. No país, para vencer a eleição é necessário obter 45% dos votos ou 40%, com pelo menos dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.

    Alberto Fernández tem como companheira de chapa Cristina Kirchner, senadora, ex-presidente (2007-2015) e viúva do também ex-presidente Néstor Kirchner, falecido em 2010 e que é um ícone nacionalista.

    Bastante emocionado, Fernández, que foi chefe de governo de Néstor (2003-2007), agradeceu: “Obrigado, Néstor, onde você estiver, você semeou o que estamos vivendo”. A homenagem não pairava solta no ar, se fazia presente em camisetas com a sua imagem de braços abertos, “Insuportavelmente vivo”, em banners, fotografias e botons.

    Saudando a multidão que tomou o bunker da Frente de Todos e lotava as ruas ao seu redor, o presidente eleito frisou que “hoje marcamos o fim de um ciclo que só fez enriquecer uns poucos e machucar o nosso povo”. Mas no dia 10 de dezembro, assinalou, quando tomarmos posse, “começaremos a reconstruir o país porque não somos a Frente de nós mesmos, mas a Frente de Todos”, “Devemos convocar todos que querem construir os mesmos horizontes que queremos alcançar. Não vai ser fácil a tarefa. Mas faremos juntos, todos e todas”, enfatizou.

    Agravamento da miséria

    A crise econômica se agrava a olhos vistos, vitaminada com um pacotaço de US$ 57 bilhões assinado no ano passado com o FMI, que já impôs uma série de medidas que aumentaram em mais de 1.000% (mil por cento!) as tarifas de água e energia. É visível pelas ruas da capital, Buenos Aires, a multiplicação da pobreza, o agravamento da miserabilidade e da delinquência.

    Um ponto chave do futuro governo, adiantou Alberto Fernández, diante do sequestro da democracia pelas oligarquias financeiras, será a defesa do interesse nacional e produtivo, demarcando campo com os especuladores, como fez Néstor Kirchner. “Quando Néstor pagou o Fundo Monetário Internacional e nos liberou da política do FMI, não foi Néstor que pagou. Foi o povo argentino. Estou convencido que, comigo e Cristina, construiremos a Argentina que merecemos”, frisou, sob aplausos.

    Para Cristina Kirchner, “o que está passando no Chile e o que passou recentemente no Equador tem de abrir nossa cabeça. Não só a nós, políticos, mas dirigentes sociais, dirigentes empresariais, sobre o modelo que queremos para as nossas sociedades”. O que acontece hoje na Argentina e em toda a região, alertou a vice-presidenta eleita, “é a demonstração clara que precisamos de mais democracia e que a economia também seja democratizada”.

    Resultado do agravamento da crise, responsável pelo fechamento de 45 empresas diariamente, pelo crescimento da inflação, do arrocho salarial e do desemprego, o macrismo também foi derrotado na província de Buenos Aires, onde o novo governador será Axel Kicillof. Ex-ministro de Economia do segundo governo de Cristina, Axel conquistou mais de 50% do eleitorado com sua trajetória e compromisso desenvolvimentista.

    “A Argentina deixada por Macri é de terra arrasada”, assinalou Axel, frisando que “qualquer leitura dos números mostra que, após quatro anos, houve uma queda brutal no Produto Interno Bruto (PIB)”. “É um retrocesso de quase 10% em apenas quatro anos. A taxa de desemprego foi duplicada. Não é um número vazio”, condenou.

    Atuando abertamente pela sabotagem do futuro governo, os grandes conglomerados privados de mídia passaram a alertar Fernández e Cristina para que não mexam nos “acordos com o FMI”, uma vez que “mudanças na política econômica” - como uma renegociação soberana da dívida – poderia vir a abalar os “mercados”, “trazer problemas” e “incertezas” para a Casa Rosada.

    Pátria ou dólar

    No seu livro “Pátria ou dólar – Banco Central, corporações e especulação financeira”, o economista argentino Alejandro Vanoli avalia os governos peronistas de Néstor e de Cristina, dando inúmeros exemplos de recuperação da soberania e da dignidade a partir do “enfrentamento ao poder corporativo nacional e multinacional”.

    Ex-presidente dos dois principais organismos para a regulação monetária e financeira da Argentina, o Banco Central e a Comissão Nacional de Valores (CNV), Vanoli aborda casos emblemáticos. Entre outras medidas, durante sua gestão na CNV, ocorreu a reestatização/nacionalização das Jazidas Petrolíferas Fiscais (YPF) – a Petrobrás do país vizinho – que havia sido “vendida” por Carlos Menem à espanhola Repsol, caso que abordaremos nesta página.

    Já há dois anos, o patriota argentino defendia que diante do “aprofundamento neoliberal” feito pelo governo Macri, era “preciso ajudar a pensar, debater e atuar, para clarear a máquina de mentiras, desinformação, ocultamento e confusão de tantos cidadãos, e assim podermos reverter o mais rápido que se possa o retrocesso sofrido desde o final de 2015”.

    Pelo que pudemos assistir na noite de hoje, diante do rufar dos tambores da militância peronista e dos olhares e aplausos esperançosos das famílias que se somaram à festa da vitória, Alberto e Cristina chegam com o compromisso de virar a página de traição e submissão.



    * Leonardo Wexell Severo integra o Coletivo de Comunicação Colaborativa ComunicaSul, que está cobrindo as eleições na Bolívia, Argentina e Uruguai com o apoio das seguintes entidades: Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Hora do Povo, Diálogos do Sul, SaibaMais, Fundação Perseu Abramo, Fundação Mauricio Grabois, CTB, CUT, Adurn-Sindicato, Contee, CNTE, Sinasefe-Natal, Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Sindsep, Sinpro-MG e Apeoesp.

    Sinais de mudanças na "Latino América", por Haroldo Lima

    Novos horizontes vão aparecendo na América Latina, ou Latino América, como dizem nossos vizinhos que falam castelhano.

     Multidões ocuparam as ruas do Chile  Multidões ocuparam as ruas do Chile
    No início desse semestre, o presidente mexicano Manuel Obrador, interpelado em entrevista sobre prognósticos do FMI, disse ver com desconfiança esse organismo, pois que ele “causou muitos danos ao México”. E acrescentou: “o FMI não mais imporá sua agenda de desgraças ao México”. “Agenda de desgraças”!!! Assim falou o presidente mexicano. Só que essa agenda, o FMI já impôs a toda a América Latina, tendo enorme responsabilidade nos problemas por que passa nosso subcontinente.

    Agora, nesse final de outubro, novas notícias positivas sucederam.

    No Chile, o povo se levantou, fez passeatas memoráveis, barrou investidas antipopulares do governo, pôs abaixo a falsidade de que o neoliberalismo fora bom para o país e sinalizou que não mais aceitará esse caminho, que terá que ser mudado. A repressão baixou forte, matou 19 pessoas. Mas o povo não se dobrou.

    No Equador, também a mobilização popular mostrou ser o caminho do despertar da esperança e protestos levaram o presidente-traidor a abandonar a capital e refugiar-se no interior.

    Na Bolívia, Evo Morales, primeiro índio eleito presidente da República, retorna à presidência, para mais uma etapa progressista de governo.

    E no dia 27, na Argentina, Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, numa composição de centro-esquerda, ganharam a eleição em primeiro turno. Foi uma enorme vitória para a América Latina e uma vitória ilustrativa do caminho seguido por eles, a unidade apesar das diferenças.

    Nesse mesmo dia 27, no Uruguai, também as forças democráticas tiveram expressiva vitória. O candidato Daniel Martinez, da Frente Ampla, de esquerda, ficou em primeiro lugar com 41% dos votos. O candidato Luis Lacalle Pou, de centro-direita, recebeu 30% dos votos. Portanto, pela legislação local, haverá um segundo turno. Mas nesse segundo turno, o candidato da extrema-direita Guido Ríos, chamado de "o Bolsonaro uruguaio", não participará, porque só conseguiu 9,6% dos votos e ficou em quarto lugar. Está fora do processo.

    No Brasil, o dia 27 teve uma peculiaridade. Encontrou um ilustre aniversariante preso por razões políticas, mas presenciou também aglomerações em inúmeras cidades do país cantando-lhe o “parabéns para você”, e exigindo a libertação do preso querido Luis Inácio Lula da Silva.

    O povo brasileiro escutou o recém-eleito presidente da Argentina, na hora de sua eleição, dizer do aniversariante Lula: “É um homem extraordinário, injustamente preso há um ano e meio”, e acrescentar: “Feliz aniversário, querido Lula. Espero te ver em breve”. É o que esperamos também.

    Nesse quadro, recolhemos do Chile a lição estupenda de que, o que a direita considerava um reduto onde o neoliberalismo deu certo, revelou-se um desastre de onde o neoliberalismo tem de ser extirpado.

    Ficou claro também que o modelo neoliberal aplicado desastrosamente no Chile, particularmente com a chamada “capitalização da previdência”, era o que o Ministro Paulo Guedes queria impor no Brasil, com o apoio do Bolsonaro, para arrebentar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, mormente dos mais pobres.

    Nesse final de outubro, apareceu ainda uma gravação do fatídico Fabrício Queiroz, na qual ele mostra que ainda está fazendo nomeações políticas, pedindo dinheiro para isso, dizendo que “há mais de 500 cargos” e que está por dentro do funcionamento do gabinete do senador Flavio Bolsonaro.

    A deputada Joice Hasselmann, ex-pessoa da maior confiança do governo, ex-líder de Bolsonaro no Congresso, depois que foi às turras com o governo, revelou que funciona no Palácio do Planalto uma “sala da maldade”, ou “gabinete do ódio”, que faz o trabalho sujo, pratica crimes, assassina reputações e pode até demitir ministros, como fez com o general Santos Cruz!

    O famoso político e tribuno da antiga Roma, Marcos Túlio Cícero, denunciando abusos do senador Catilina, ainda antes de Cristo, clamou com vigor: "Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?"  que quer dizer, "Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?" E continuou: "Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?"

    Até quando?


     Haroldo Lima, engenheiro, membro da Comissão Política Nacional do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil - PCdoB

      O "paraíso" pode virar inferno

      "Enquanto o país permanece estagnado e o povo brasileiro empobrece e amarga o desemprego, os bancos e os rentistas faturam bilhões. Insaciáveis elogiam e querem mais reformas, evidente que não aquelas que iriam beneficiar o povo, mas propiciar ainda maior saque de nossas riquezas".


      Por Aluísio Arruda*

        
      Os defensores do estado mínimo, do liberalismo, das privatizações, sempre apontavam o Chile como o modelo perfeito a ser seguido na América Latina.

      A ditadura Pinochet que assassinou Salvador Allende, tomou o poder, prendeu, torturou e matou milhares de opositores, a ferro e fogo seguiu à risca o receituário neoliberal dos Chicago Boys, sob o comando dos norte-americanos. Praticamente todas as empresas públicas, universidades, a previdência social, o sistema de saúde, e outros, foram privatizados.

      Prometeram o paraíso, menos de 40 anos depois os chilenos vivem o inferno. A maioria dos aposentados recebe metade de um salário mínimo, por isso o Chile tem hoje uma das maiores taxas de suicídio de idosos no mundo. O poder de compra dos trabalhadores desabou, o índice de desemprego é enorme, os jovens que entram para uma universidade não conseguem pagar as mensalidades e se revoltam diante da pobreza dos pais e avós.

      Há 15 dias, quando o atual presidente Sebastian Piñera aumentou os preços das passagens do metrô e de outros serviços públicos a revolta explodiu. Já são 19 mortos, milhares de feridos e presos pelo exército, que usa a mesma violência da época Pinochet, agora tentando salvar Piñera que, desesperado, pede desculpas ao povo pela miséria provocada por ele e seus antecessores, além de prometer revogar os aumentos.

      Mas os protestos continuam ainda mais fortes. Um comitê dos partidos de esquerda e de movimentos sociais responde que quer mudanças gerais agora.

      Mas não é só no Chile que a política neoliberal levou o povo á miséria. Aqui na América Latina, assistimos as mesmas revoltas no Equador, na Argentina, na Colômbia e em outros continentes, na Grécia, na Espanha, no México. Todos foram parar no FMI, só escaparam os que conseguiram se livrar dos partidos de direita e ultra-direita que rezam pela cartilha neoliberal.

      No Brasil, o governo Temer e agora Bolsonaro,com muito mais intensidade, aplica a mesma cartilha neoliberal, com cortes de gastos nas áreas sociais por 20 anos, detona os direitos dos trabalhadores com as reformas trabalhista e previdenciária. Cegos aos desastres que ocorrem nos países vizinhos, continuam as privatizações em massa, permitem a quebradeira de grandes empresas nacionais, vendem a preços de bananas os principais poços petrolíferos do pré-sal e nossas empresas estratégicas das áreas petrolíferas, da eletricidade, da aviação, etc.

      Enquanto o país permanece estagnado e o povo brasileiro empobrece e amarga o desemprego, os bancos e os rentistas faturam bilhões. Insaciáveis elogiam e querem mais reformas, evidente que não aquelas que iriam beneficiar o povo, mas propiciar ainda maior saque de nossas riquezas.

      Insensível como o governo golpista de Temer, o atual, que venceu enganando os eleitores através das fake news, de caixa 2 e candidaturas laranjas, finge não perceber qual será o resultado da sua política neoliberal sob a batuta de Paulo Guedes. Porém, assim como chegou a conta no Equador, na Argentina e no Chile, para citar apenas países da América Latina, com certeza no Brasil está muito próximo de uma gota d´agua provocar um incontrolável furacão.


       *Aluisio Arruda é jornalista, arquiteto e urbanista.