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sábado, 27 de abril de 2019

Flávio Dino prestigia Convenção do DEM no Maranhão

 

  
Flávio Dino foi convidado especial da Convenção Estadual do Democratas (DEM) no Maranhão, na manhã desta sexta-feira (26). Durante o evento, conduzido pelo pelos presidentes dos diretórios nacional, o prefeito de Salvador Antônio Carlos Magalhães Neto, e estadual, o deputado federal maranhense Juscelino Filho, Flávio Dino agradeceu a parceria e aliança do DEM no estado e ressaltou a importante projeção que a legenda teve no Maranhão nos últimos tempos, resultando em inúmeras e importantes filiações. 

O primeiro a dar a largada às convenções partidárias, faltando um pouco mais de um ano até as eleições municipais, o DEM reuniu lideranças políticas e militantes do partido para organização interna de preparação ao pleito. O governador elogiou a iniciativa. 

“Os hospitais só funcionam porque existem médicos, as escolas porque tem professores e a Democracia precisa da política. É um erro os partidos funcionarem só em tempo de eleição. Acho muito positivo que o DEM faça o evento, mostre força, reúna aliados, renove a direção, porque nosso país precisa disso.  Espero que outros partidos sigam o exemplo”, pontuou. 

Presidente Estadual do DEM, Juscelino desempenha na Câmara de Deputados a coordenação da bancada maranhense. Ele agradeceu a presença do governador no evento e reafirmou a aliança com o PCdoB e o apoio ao Governo. “O governador está presente neste dia importante, quando estamos elegendo nosso diretório Estadual. Fizemos parte do projeto do qual elegeu o governador e vamos continuar dando a nossa contribuição ao Governo, estamos prontos para ajudar o estado do Maranhão e os maranhenses. Este é o nosso compromisso”, afirmou o deputado federal. 

ACM Neto reiterou o posicionamento de Juscelino. O prefeito de Salvador elogiou a gestão de Flávio Dino e o trabalho que correligionários do DEM vem desempenhando dentro do Governo do Estado, somando nos bons resultados. “Somos parceiros da gestão Flávio Dino fazendo um trabalho suprapartidário. Eu tenho admiração e respeito pelo governador Flávio Dino que vem fazendo um bom trabalho no Maranhão e eu tenho certeza, que com sua sensibilidade, seguirá trabalhando muito por todo povo daqui”, ressaltou o presidente nacional do DEM.

Apoio 

Questionado por jornalistas sobre antecipação de apoio à cargos eletivos nas municipais, Dino lembrou que o DEM está entre os 15 partidos da base aliada. O governador não mostrou predileções para nomes que irão concorrer nos 217 municípios maranhenses, assegurando a importância de realizar escolhas consensuais entre todas siglas, com debates até que se tenha definições. 

“Nós temos, em todas as cidades do Maranhão, graças a Deus, um conjunto de aliados bastate amplo e isso é altamente positivo porque mostra que há um grande apoio à forma que temos governado o estado. E em São Luís da mesma maneira. Provavelmente teremos vários candidatos, e isso se inclui no âmbito daquels que apoiam o Governo, é normal, é natural e é positivo”, explicou, justificando: “É evidente que minha atitude nesse ponto é de procurar, com diálogo e muita calma, até porque nós temos tempo, unificar o máximo possível, com a mais ampla união, para compormos uma força maior. E se essa união não for possível, vou manter uma atitude de respeito a todos os partidos que nos apoiam e tenho certeza que a populaão vai escolher bem o próximo prefeito na nossa capital e de mais municípios”.

Também estiveram presentes os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama, o deputado estadual Neto Evangelista e o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.
 

Em entrevista à CBN, Flávio Dino comenta "reforma" da Previdência

Proposta da reforma da Previdência erra na dose e se transforma em veneno, diz ele.

  
Em entrevista à rede de rádio CBN, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB)disse que é preciso retirar pontos  graves e antissociais do texto, além de garantir diálogo mais amplo que busque uma reforma possível e que de fato ajude o país. 

Ele avalia que a exclusão dos militares do texto é muito negativa e que há uma ausência de propostas que consigam expandir a fonte de financiamento.

Ouça a entrevista aqui.

    Bolsonaro dá início à privatização dos Correios

    Realização de estudos para a privatização foram autorizados pelo presidente Jair Bolsonaro, informação foi confirmada em publicação no Twitter.

      
    A media foi anunciada com a tradicional verborragia obtusa, se utilizando de velhos estereótipos da marcha golpista que deu o golpe do impeachment na presidenta Dilma Rousseff, prendeu o ex-presidente Lula e elegeu a extrema direita em 2018. 

    "Demos OK para estudo da privatização dos Correios. Temos que rememorar para a população o seu fundo de pensão. A empresa foi o início do foco de corrupção com o mensalão, deflagrando o governo mais corrupto da história. Com o Foro de SP, destruíram tudo em nome da Pátria Bolivariana", escreveu o presidente.

    Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro já sinalizava que a empresa poderia ser privatizada devido aos prejuízos. Com 356 anos de existência, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é subordinada hoje ao Ministério das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação. Após prejuízos registrados entre 2103 e 2016, a estatal registrou lucro de R$ 161 milhões em 2018 e de R$ 667,3 milhões em 2017.

    As informações são da Agência Brasil

    1° de maio: PCdoB conclama unidade e luta em defesa da aposentadoria

    Para os comunistas, é fundamental, neste ano, no Brasil, que a data simbolize a retomada das jornadas de luta contra os retrocessos, perdas de direitos que já se anunciam nos primeiros meses do governo Bolsonaro. Além, de assegurar a bandeira em defesa da aposentadoria, emprego e democracia.

      
     “Este Primeiro de Maio, além do brado em defesa da aposentadoria, do emprego, da retomada do desenvolvimento, contra a desnacionalização da economia e a desindustrialização do país, terá como marca a defesa da democracia, da restauração do Estado democrático, que seguem sob ataque, sob a mira do governo autoritário de Bolsonaro”, diz a nota da Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil sobre o Dia Internacional do Trabalhador, divulgada nesta sexta-feira (26).

    No documento, o Partido faz um chamado às legendas democráticas e progressistas, para que, junto com as centrais dos trabalhadores e os movimentos sociais, participem dos atos que devem acontecer em todo o país em razão do Dia do Trabalhador.

    Leia a seguir:

    Primeiro de Maio de unidade e luta, em defesa da aposentadoria, do emprego, da democracia

    Num país que sofre as consequências desastrosas do governo Bolsonaro, este Primeiro de Maio se anuncia como um raio de luz, momento de avanço da unidade, da luta e da esperança do povo brasileiro. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras ocuparão praças e ruas em defesa do direito à aposentadoria, do emprego, de salários dignos, da democracia e da soberania do Brasil.

    Na cidade de São Paulo, haverá um ato nacional unitário convocado pelo Fórum das centrais sindicais da classe trabalhadora, pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, outros movimentos e os partidos progressistas. Outros atos unitários como este – simbólicos de uma união ampla das forças populares e progressistas que vai se despontando – também estão programados para acontecer nos estados e no Distrito Federal.

    É emblemático ser nesta data – na qual mundialmente se celebra a luta da classe trabalhadora por um mundo novo, de solidariedade, paz e direitos – que aconteça no Brasil a retomada das jornadas de rua, sob o impulso da unidade e sob a bandeira dos direitos. Há o prenúncio de que as avenidas voltarão a se encher de gente em resposta a um governo incapaz de retirar o país da crise econômica e que condena mais de 13 milhões de pessoas ao desemprego.

    Depois da famigerada reforma trabalhista que impôs a precarização do trabalho, reduziu salários e acabou com leis que asseguravam direitos, o presidente Jair Bolsonaro fechou as portas do Ministério do Trabalho, pôs fim ao reajuste real do salário-mínimo, hostiliza a justiça do trabalho, e empreende uma verdadeira guerra política e de propaganda para, na prática, acabar com o direito à aposentadoria e liquidar com a previdência pública repassando-a aos banqueiros.

    Bolsonaro, quatro meses depois de sua posse, revela sua verdadeira face: é um carrasco da classe trabalhadora, que joga nas costas do povo todo o peso da crise e, ao mesmo tempo, governa para os bancos, para os mais ricos – além de entregar às potências estrangeiras o patrimônio e as riquezas de nosso país, a exemplo do pré-sal e da venda criminosa, por fatias, da Petrobras.

    Este Primeiro de Maio, além do brado em defesa da aposentadoria, do emprego, da retomada do desenvolvimento, contra a desnacionalização da economia e a desindustrialização do país, terá como marca a defesa da democracia, da restauração do Estado democrático, que seguem sob ataque, sob a mira do governo autoritário de Bolsonaro, que se volta agora contra as próprias instituições da República, pressionando o Poder Legislativo e atacando até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF).

    A classe trabalhadora sabe, mais do que ninguém, da importância das liberdades para que sejam possíveis a resistência e as jornadas por seus direitos. O governo Bolsonaro criminaliza movimentos e lideranças. Persegue, cerca os sindicatos tentando inviabilizá-los, cerceando a liberdade e os meios de sustentação financeira. Por isto, os trabalhadores empreendem uma campanha em defesa da liberdade, da autonomia e fortalecimento dos sindicatos.

    O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o partido do socialismo, legenda quase centenária que brotou das lutas nascentes da classe operária brasileira, faz um vigoroso e fraterno chamado às demais legendas democráticas e progressistas para que, junto com as centrais dos trabalhadores e os movimentos sociais, venhamos unidos a realizar em todo o país – com destaque para o ato nacional de São Paulo – um grande e simbólico Primeiro de Maio. Que diga não à criminosa reforma da previdência de Bolsonaro e sim ao direito à aposentadoria e à previdência pública. Que diga não à recessão e sim ao desenvolvimento soberano, ao emprego e aos direitos. Que diga não ao autoritarismo, ao abuso de autoridade, e sim à democracia e às liberdades!

    De igual modo, as forças progressistas e populares são chamadas a se empenharem na realização das mobilizações que acontecerão na sequência do Primeiro de Maio. Entre elas, a greve da Educação, dos professores e professoras do Brasil, marcada para o dia 15 de maio que será, também, um Dia Nacional de Lutas, e, sobretudo, todo esforço na mobilização para que seja vitoriosa a greve geral da classe trabalhadora contra a reforma, em defesa da aposentadoria, do emprego e da previdência pública. Greve geral cuja data será anunciada no ato nacional do Primeiro de Maio.

    Viva o Primeiro de Maio!
    Todo empenho pelo êxito da greve geral!

    São Paulo, 26 de abril de 2019

    Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB 

     Fonte: Portal do PCdoB

      Assista a íntegra da primeira entrevista de Lula na prisão

       Os jornais Folha de São Paulo e El Pais divulgaram neste sábado (27) a íntegra da entrevista do ex-presidente Lula concedida  ã Mônica Bérgamo e Florestan Fernandes Jr. na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso há mais de um ano. Durante quase duas horas, Lula fala sobre a situação política do Brasil, como é sua rotina, os impactos da morte do irmão Vavá e do neto Arthur e revela o que gostaria de fazer quando sair da prisão. 


      Assista:

       

        Bolsonaro e o ataque ao livre pensar: um projeto de dominação

        O ataque do governo Bolsonaro à cultura, ao conhecimento e às ciências não é algo aleatório, fruto apenas de ignorância ou de um exotismo qualquer. Trata-se de um projeto. Para além do seu desdém pela universidade pública e pelos temas relacionados à subjetividade e à identidade de nosso povo, o presidente quer minar o pensamento crítico e a capacidade de reflexão dos brasileiros. 



        Por Luciana Santos*

        Foto: PCdoB na Câmara
        Luciana Santos critica o retrocesso provocado por BolsonaroLuciana Santos critica o retrocesso provocado por Bolsonaro
        Em pouco menos de cinco meses, as notícias que vêm do Planalto são desalentadoras. O atual governo promove uma verdadeira guerra às universidades. Importantes espaços de construção de saber, elas têm sido desprestigiadas não só com arrocho financeiro, mas com difamações de viés moralista e ideológico. Para Bolsonaro e sua visão privatizante, “parte considerável delas, é dinheiro jogado fora”. Para nós, as instituições de ensino superior são uma forma de mudar a realidade social e projetar um futuro melhor. 

        Apoiador do projeto “Escola Sem Partido”, sob a justificativa de combater dois inimigos inexistentes - a doutrinação marxista e a ideologia de gênero -, o presidente parece ter escolhido os professores como alvo prioritário de seu enfrentamento. Docentes, que historicamente já sofriam com a precarização e a desvalorização de seu trabalho, passaram a vivenciar também um processo de criminalização de sua atividade. 

        O desprezo do atual governante do país pela ciência está explícito não só no corte de recursos, mas nas declarações estapafúrdias e no total desconhecimento sobre o saber produzido no país. Agora, ele centra seus canhões no ensino das ciências humanas, em benefício de uma formação que seja voltada para o lucro dos grandes empresários, a manutenção do status quo e a ausência de questionamentos e ideias. 

        Essa é a mesma lógica que o faz querer sufocar a cultura, algo que começou com a extinção da pasta específica para o setor e passa pela tentativa de aniquilação do fomento à produção cultural, pela perseguição a artistas discordantes e até mesmo pela censura. E trata-se também do mesmo germe que levou o governo a decretar o fim da comunicação pública, com a fusão da TV Brasil à NBR. 

        Por trás de tudo isso está o medo do livre pensar, do saber que liberta. Os professores, a universidade, o conhecimento e a cultura são malvistos pelo atual governo justamente porque nos ajudam a compreender o mundo, nossa história e a nós mesmos. Contribuem para desenvolver nosso senso crítico, não aceitarmos a injustiça e a opressão. Nos fornecem oportunidades para progredirmos. A liberdade tem a ver com a capacidade que a gente tem de compreender os fenômenos que nos cercam, sejam eles da natureza ou sociais. 

        Nada disso interessa a quem tem um projeto antidemocrático, antipopular e antinacional, que inclusive ignora o papel de todo esse conhecimento – formal ou não – em aspectos como a construção da identidade brasileira, o desenvolvimento nacional e a atividade econômica do país. Basta lembrar que só a Cultura movimentava 4% do PIB, antes do aprofundamento de seu desmonte. 

        As forças que hoje estão no poder desejam uma sociedade de não pensantes, porque não querem oposição. O obscurantismo que nos assombra é instrumental para a retirada de direitos e o ataque aos trabalhadores. Não vamos permitir que ele se espraie. A cultura, os saberes e fazeres do povo são a alma de uma nação. Seremos resilientes e resistiremos diante desta investida de caráter fascista.




        *Luciana Santos, engenheira eletricista, é presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco.

          Os Filósofos serão banidos da República de Bolsonaro?

          Na “desfilosofia” do presidente Jair Bolsonaro banir os Filósofos e Sociólogos da “República Bolsonarista” pode ser o caminho mais curto para dar cabo ao que ele denomina de “Doutrinação ideológica”.


          Por Luiza Rangel*

           Bolsonaro e o Olavo de Carvalho, seu "filósofo" preferido Bolsonaro e o Olavo de Carvalho, seu "filósofo" preferido
          Ao ler o twitter do presidente Jair Bolsonaro, informando que o Ministro da Educação “estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas)” , lembrei-me do artigo que escrevi em 2007, quando cursei a disciplina Filosofia da Educação no Programa de Mestrado da Universidade Federal de Goiás (UFG). O artigo, Entre Poesia e Filosofia: a Educação na República de Platão, buscou compreender por que Platão, apaixonado pela poesia, propõe expulsar os poetas de sua cidade ideal?

          Um resumo do estudo, realizado à época, apresenta que a ira do filósofo foi dirigida, principalmente, à poesia imitativa. Sendo seu principal questionamento o valor educativo dessa poesia na formação dos futuros guerreiros. Dessa forma, sua crítica não alcançava a poesia enquanto arte, ao contrário, Platão também se declarava um apaixonado pela poesia. Seu embate, portanto, centrava-se na poesia como pedagogia institucionalizada. Na perspectiva de Platão a condenação da poesia era condição necessária para que a filosofia assumisse o protagonismo na formação do povo Grego. 

          Conforme destaca Jaeger (1986, p. 980) este debate ganha centralidade quando “a Filosofia ganha consciência de si própria como Paidéia e por sua vez reivindica para si o primado da educação”. Para tanto, era necessário destituir o poeta do seu posto de educador.

          Na “desfilosofia” do presidente Jair Bolsonaro banir os Filósofos e Sociólogos da “República Bolsonarista” pode ser o caminho mais curto para dar cabo ao que ele denomina de “Doutrinação ideológica” dentro das universidades, escolas e nos demais espaços da terra que na atualidade é plana. Esse movimento representa mais um disparo na cruzada que este governo promove contra o conhecimento, o pensamento crítico e as universidades públicas. 

          A Paidéia do Bolsonarismo para a formação do homem rbasileiro é ensinar “leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa”. Como podemos observar o projeto educacional do governo cabe em 280 caracteres disponibilizados pelo twitter. E num mundo em que a terra é plana, assim como um disco de vinil, só existe espaço mesmo para um “Filósofo”, com a palavra Olavo de Carvalho. 

           * Luiza Rangel é Formada em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Mestre em educação pela Universidade de Brasília (UnB) e Docente da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

          No Dia Mundial da Educação, é preciso que se lute por ela

          Bolsonaro é um incendiário que queima não apenas livros, mas todo um país.


          Por Táscia Souza*

            
          Poderia ser uma distopia, uma daquelas em que se proíbem e se queimam livros para se suprimir o pensamento crítico. Mas não é. Ao tuitar, nesta sexta-feira (26) — praticamente às vésperas do Dia Mundial da Educação, celebrado no domingo, 28 de abril —, o presidente Jair Bolsonaro, infelizmente, não pareceu estar tentando ser uma espécie de novo Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451. Pelo contrário, para crítica literária, a postagem provavelmente estaria muito aquém, em termos narrativos, do exigida para um microconto, quiçá para um romance de ficção científica:

          “O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina”,

          seguido de:

          “A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta.”

          Tivesse Bolsonaro um desejo secreto de ser ficcionista — o que talvez até tenha, considerando sua afeição pelas fake news —, quem sabe até poderia ser perdoado por alguns. Na Verdade, nem isso, porque o problema é o abuso que faz da origem da palavra ficção, no sentido etimológico de “dar feição a”, de “fabricar”. A feição que dá ao Brasil tem sido mais tenebrosa a cada dia, assim como a fabricação de retrocessos tem sido alarmante.

          As declarações de Bolsonaro não são apenas um ataque às humanidades, mas um atestado de ignorância — para não dizer perversidade — de todo um grupo que insiste que “ciência” se constrói apartada do pensamento. Ou a matemática, a física ou a biologia, por exemplo, não devem à filosofia seu desenvolvimento ao longo da história?

          O dia 28 de abril foi adotado como Dia Mundial da Educação em 2000, quando mais de 160 países, dentre os quais o Brasil, discutiram e aprovaram, no Senegal, um pacto internacional para as políticas educacionais, considerando a “educação enquanto um direito humano fundamental” e “chave para um desenvolvimento sustentável”. Mas essa educação — essa que deveríamos celebrar no domingo — está sob bombardeio desde o primeiro dia do atual governo, e mesmo antes, alvo que foi das ameaças de suas promessas de campanha. Ataques que incluem os corte de recursos, a militarização de escolas, a destruição do Plano Nacional de Educação (PNE), a perseguição ao magistério e sua criminalização, o impedimento à reflexão crítica e ao combate às diversas formas de discriminação (aliás, vale destacar que a censura à promoção do respeito à diversidade que tem sido praticada nas escolas atingiu até peça publicitária), a tentativa de permitir o ensino domiciliar, a entrega da educação nas mãos dos privatistas.

          Bolsonaro é um incendiário que queima não apenas livros, mas todo um país. No Dia Mundial da Educação é preciso que, por aqui, lutemos para salvá-la. Para que os ideais que defendemos, de uma educação pública, gratuita, democrática, crítica, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada, não sejam transformados em cinzas.


           *Táscia Souza é jornalista.

          Fonte: Contee

          Manterei respeito à filosofia e à sociologia, diz Flávio Dino

          Governador do Maranhão demonstrou insatisfação com ideia de Jair Bolsonaro de retirar recursos de faculdades de ciências humanas.


          Thayna Schuquel - Metrópoles

            
          O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), deu a entender que não vai acatar a ideia do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que estuda cortar verbas das faculdades de ciências humanas. “No âmbito estadual, sempre manterei o respeito aos cursos de filosofia e sociologia”, disse.

          O governador maranhense também afirmou que “sem ideias e pensamento crítico nenhuma sociedade se desenvolve de verdade”. Para ele, a exclusão dos cursos de humanas vai influenciar nos direitos da população. “Não haverá o bem-viver que tanto buscamos como direito de todos”, argumentou no Twitter.

          No âmbito estadual, sempre manterei o respeito aos cursos de filosofia e sociologia. Sem ideias e pensamento crítico nenhuma sociedade se desenvolve de verdade. E não haverá o bem viver que tanto buscamos como direito de todos

          Na manhã desta sexta-feira (26/04/2019), Bolsonaro afirmou que o governo estuda tirar recursos dos institutos de ciências humanas. Segundo ele publicou em conta oficial no Twitter, a ideia do ministro da Educação, Abraham Weintraub, é “descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia”.

          O presidente, no entanto, informou que alunos já matriculados nos cursos de humanas não devem ser afetados, mas o “objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina”.

          PAULO COELHO ENQUADRA BOLSONARO: TURISMO SEXUAL NÃO É MOTIVO PARA VISITAR O BRASIL





          Um dos escritores mais vendidos no mundo, Paulo Coelho enquadrou Jair Bolsonaro que, nesta quinta-feira, fez apologia de um crime: o turismo sexual; "Mulheres brasileiras não são uma commodity. Turismo sexual não é uma razão para visitar o Brasil", disse Paulo Coelho pelo Twitter; durante encontro com jornalistas, Bolsonaro disse que o Brasil "não pode ser o país do turismo gay"; "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro", declarou
          247 - Um dos escritores mais vendidos no mundo, Paulo Coelho enquadrou o presidente Jair Bolsonaro pela declaração homofóbica e que promove o turismo sexual no Brasil.
          "Mulheres brasileiras não são uma commodity. Turismo sexual não é uma razão para visitar o Brasil", disse Paulo Coelho pelo Twitter. 
          Durante um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro disse que o Brasil "não pode ser o país do turismo gay". "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro", declarou.
          O chefe do Planalto afirmou que, em novembro de 2009, começou a "tomar pancada do mundo todo" ao acusar o kit gay. "Eu comecei a assumir essa pauta conservadora. Essa imagem de homofóbico ficou lá fora", disse, afirmando que isso não prejudica investimentos. "O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias", disse.
          Bolsonaro já disse em entrevistas que é "homofóbico, com muito orgulho" e que preferia ter um filho morto a um filho homossexual. Quando era deputado federal pelo PP, por exemplo, ele afirmou que "ter filho gay é falta de porrada" (assista aqui).


          sexta-feira, 26 de abril de 2019

          Região da Ibiapaba registra as maiores chuvas em 24 horas


          A previsão para esta sexta-feira é de eventos com chuva


          Foto registrada em São Benedito na manhã desta sexta-feira (26).
          Foto: Paulo Ricardo
          A região da Ibiapaba registrou as maiores chuvas do Ceará em 24 horas. De acordo com dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), choveu em pelo menos 42 municípios do Estado. 
          Entre as maiores precipitações, destacam-se três municípios da região da Ibiapaba: Viçosa do Ceará (27 mm), Croatá (21 mm) e Frecheirinha (20 mm).
          Previsão
          A previsão da Funceme para esta sexta-feira é de tempo nublado com chuva no centro-norte do estado. Já na região sul, a previsão é de chuvas isoladas. 

          Veja lista com as 10 maiores chuvas por posto no dia: 
          Viçosa Do Ceará (Posto: Viçosa do Ceará) : 27 mm
          Croatá (Posto: Croata) : 21 mm
          Frecheirinha (Posto: Frecheirinha) : 20 mm
          Ipueiras (Posto: America) : 20 mm
          Cariré (Posto: Cariré) : 20 mm
          Pedra Branca (Posto: Mineirolândia) : 17 mm
          Ocara (Posto: Açude Batente) : 16 mm
          Granja (Posto: Pessoa Anta) : 16 mm
          Piquet Carneiro (Posto: Ibicuá) : 16 mm
          Tauá (Posto: Vera Cruz) : 13,2 mm

          Fonte: Diário do Nordeste


          Queda de energia elétrica é a principal reclamação contra a Enel

          Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das 1.008.368 reclamações registradas em 2018 na distribuidora no Ceará, 950.348 foram pela falta de energia elétrica, o equivalente a 94% do total


          A falta de energia e a oscilação na rede fornecedora têm prejudicado muitos consumidores
          FOTO: THIAGO GADELHA
          Fundamental para a qualidade de vida e dignidade do ser humano, o fornecimento de energia elétrica é um dos serviços considerados essenciais. No Estado, no entanto, a interrupção desse atendimento está entre as causas que levaram a Enel Distribuição Ceará a ocupar o 4º lugar no ranking das empresas mais reclamadas no Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), em 2018.
          O levantamento do órgão leva em conta problemas diversos e não apenas o corte no fornecimento. Porém, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocam este motivo como o mais demandado na própria distribuidora cearense em 2018. Das 1.008.368 reclamações registradas no mesmo ano, 950.348 foram pela falta de energia elétrica, 94% do total.
          Os danos elétricos são a segunda causa mais reclamada pelos usuários na Enel Ceará, com 15.507 registros em 2018, seguido do item "prazos", com 7.931 reclamações em igual período.
          Entre os consumidores, o tempo levado para restabelecer o serviço se mostra uma queixa recorrente. Dono de uma pequena padaria no município de Pacujá, a 309 quilômetros de Fortaleza, o microempreendedor Rafael de Alcântara Jorge, 36, perdeu toda a produção de pães de um dia após a queda de energia elétrica no imóvel, na última sexta-feira (19).
          Conforme diz, o serviço foi interrompido às 18h e religado somente às 16h30 do dia seguinte, após visita dos técnicos da distribuidora. "Eu liguei várias vezes e disse que precisava assar os pães às 3h da manhã para vender quando amanhecesse. Falaram que viriam por volta de 22h do mesmo dia; depois, meia-noite e não vieram. Perdi mil pães e nem abri a padaria no sábado. Eles têm um tempo de fermentação e para assar depois não daria mais".
          Segundo ele, é a terceira vez que perde a produção por idêntico motivo. Mesmo tendo entrado em contato com a central da empresa e registrado reclamação, não conseguiu ser ressarcido. "A atendente mandou eu procurar o jornal para ter meu direito atendido", afirma.
          Na Capital, quem passa por problema são alguns moradores do Conjunto Vila Velha III. O garçom Adailson Martins, 39, afirma que um poste com estrutura comprometida na Rua Jota vem causando oscilação e queda de energia repetidas vezes em alguns domicílios. Apesar do local já ter recebido técnicos da Enel, diz ele, o problema continua. "A gente liga várias vezes. Eles vêm até aqui, mas continua do mesmo jeito. O poste está torto, soltando faísca e tem muitas casas sem luz. O comércio que fica mais perto dele ficou sem o aparelho micro-ondas na primeira vez que o serviço caiu".
          Com base no Código de Defesa do Consumidor, o fornecimento de energia elétrica deve ser prestado de forma contínua e ininterrupta por se tratar de serviço essencial, segundo explica o assessor jurídico do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), Ismael Braz. Apesar disso, afirma que são muitas as denúncias em relação à interrupção do serviço e à demora nesse restabelecimento.
          "O usuário não pode ser prejudicado em hipótese alguma e se isso ocorrer ele deve se resguardar com o maior número de provas possíveis. A orientação que damos é que eles procurem a empresa para resolver o problema, tendo um prazo de 90 dias para ressarcir o cliente, caso seja comprovado o dano pela interrupção do serviço", destaca.
          Penalidade
          Se isso não acontecer, acrescenta, um procedimento administrativo pode ser instaurado via Decon para que a empresa responda por aquela reclamação, caso o consumidor busque assistência do órgão. "Se ela não solucionar o problema pode vir a sofrer penalidades administrativas estabelecidas no artigo 18 do decreto 2181/97, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor", esclarece Braz.
          Por nota, a Enel informou que o dado de 950.348 registros refere-se ao número de contatos sobre continuidade no fornecimento de energia, diferindo do número real de ocorrências. Aponta causas externas como descargas atmosféricas, chuvas, salinidade, postes danificados e furto de cabos entre os fatores que provocam interrupções na rede de distribuição, afirmando, ainda, que a média de atendimentos diários varia conforme o volume de solicitações recebidas.
          A empresa informa, no entanto, está abaixo dos limites estabelecidos pela Aneel quanto aos seus indicadores de qualidade, mantendo o fornecimento de energia e o atendimento aos seus clientes como prioridade. Ainda segundo a Enel, seus investimentos cresceram 27,3% no ano passado, se comparado a 2017, com recursos destinados também à conexão de novos clientes e à modernização e digitalização da rede no Estado.
          Sobre a queixa dos moradores no Vila Velha III, a Enel informa não haver registro de falta de energia elétrica, mas enviará equipe para verificar a situação do poste. Sobre a reclamação do cliente de Pacujá, informa ter entrado em contato com ele para orientá-lo sobre o procedimento de ressarcimento de danos.
          DeconDecon
          Fonte: diário do nordeste