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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Na Escola Estadual de Ensino Profissional Jaime Alencar de Oliveira , os alunos aprendem uma profissão ao mesmo tempo em que fazem os três últimos anos da educação básica, das 7 às 17 horas, com três refeições garantidas ( Foto: Thiago Gadelha )
01:00 · 06.12.2017 por Patrício Lima - Repórter
A rede pública de ensino em tempo integral de Fortaleza ganhará 15 escolas ainda no primeiro semestre de 2018, um incremento de 12% comparado a atual cobertura. Ao lado das novas escolas em construção no Interior nesse perfil, essa etapa custará cerca de R$ 22 milhões aos cofres do Governo. O anúncio foi feito ontem pelo governador Camilo Santana, durante bate-papo papo ao vivo através de sua página no Facebook. A meta, segundo ele, é chegar a 110 escolas em tempo integral até o fim do seu mandato. Atualmente, a rede estadual conta com 716 escolas e 450 mil alunos.
Do total de escolas, hoje o Estado conta com 71 de Ensino Médio Regular em tempo integral e 118 de Educação Profissional (EEEPs), que atendem 65,5 mil estudantes. No Ceará, uma em cada quatro escolas funciona em tempo integral.
"A ampliação das escolas em tempo integral é uma prioridade da nossa gestão. Em 2015, não tínhamos nenhuma escola nesse perfil e hoje já temos 71. Outro foco também é a ampliação da cobertura das escolas profissionalizantes, que já são 118 no Ceará, que lidera o ranking nacional. Só nesse mês, entregamos mais duas escolas no Interior, nos municípios de Canindé e São Gonçalo do Amarante", lembra Camilo.
"Em breve, será a vez do Município de Ocara. Elas não deixam a desejar a nenhuma escola particular do Brasil", ressalta o chefe do Executivo, que participa de uma série de reuniões em Brasília, entre elas, com representantes do Ministério da Educação, a fim de captar novos investimentos para o Ceará, focando nas escolas em tempo integral.
O governador Camilo Santana destacou também as obras da escola Johnson, no bairro Luciano Cavalcante, que também faz parte do pacote de escolas públicas integrais e profissionalizantes a serem inauguradas no próximo ano. "Estamos acompanhando as obras dessa nova unidade, orçada em R$ 6,5 milhões, que deve se inaugurada no primeiro semestre de 2018. É uma escola vertical, com térreo e mais dois andares, climatizada, com laboratório, quadra poliesportiva, biblioteca, refeitório e capacidade para 540 alunos por turno", aponta.
Carga horária
Segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), a carga horária total trabalhada ao longo dos três anos do Ensino Médio integrado à educação profissional é de 5.400h e cerca de 60% dos alunos que finalizam os estudos nas EEEPs estão inseridos no mercado de trabalho ou em uma universidade.
Para Eneas Arrais Neto, professor da área de Educação do Instituto Federal do Ceará (IFCE), o aumento da rede de escolas em tempo integral no Ceará é um fator positivo para a educação; porém, ele lembra que é necessário um cuidado maior com a grade curricular e com a qualidade dos cursos profissionalizantes ofertados.
"A ideia da ampliação da rede é excelente. Hoje, o ensino integral se torna algo essencial para a formação de estudantes. Além de mais conteúdo, os alunos se afastam dos perigos ofertados na rua e têm acesso a uma série de atividades que podem ajudá-los a conseguir uma melhor colocação no mercado em um futuro próximo", destaca.
Cultura e esporte
O especialista salienta ainda, que, além do foco em cursos profissionalizantes e disciplinas como Matemática e Português, essas escolas também devem ofertar uma grade mais ampla que contemplem a Cultura e o Esporte. "Não podemos formar apenas máquinas para serem aprovadas no Enem. O nome ensino integral deve abranger uma série de conteúdos que dê formação aos alunos, que transcenda o básico, dando bagagem cultural e estimulado a prática esportiva, entre outras atividades, como acontece com os alunos de condição mais abastarda durante os horários de folga da escola.
Saiba mais

Escolas em Tempo Integral

Ofertam disciplinas do currículo comum a todas as escolas e disciplinas eletivas, ou seja, o aluno escolhe a disciplina que irá cursar. Não há separação entre elas em turnos diferentes, visando uma maior integração. Possuem cozinha, refeitório, biblioteca, laboratórios de Informática e de Ciências (Física, Química, Biologia e Matemática) além de quadra poliesportiva.

Escolas profissionalizantes

Nessas escolas, os alunos aprendem uma profissão ao mesmo tempo em que fazem os três últimos anos da educação básica, das 7 às 17 horas, com três refeições garantidas. Durante o terceiro ano, o Governo do Estado propicia o acesso ao estágio curricular obrigatório e remunerado a todos os alunos. Ao todo, 4,5 mil empresas são parceiras nesse programas. Possuem 12 salas de aula, auditório, biblioteca, blocos pedagógico e administrativo, laboratórios específicos para os cursos técnicos oferecidos, além dos de Línguas, Informática, Ciências e Matemática.

Fonte: diário do nordeste

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