Programa prevê
ações em cinco
eixos para melhorar
o ambiente de
negócios no Ceará
01:00
·
09.12.2017
por Bruno Cabral - Repórter
O governador Camilo Santana apresentou nessa sexta-feira (8) um pacote
de ações voltado para acelerar o crescimento da economia do Estado.
Chamado de "Ceará Veloz", o programa prevê investimentos da ordem de R$
8,7 bilhões no biênio 2017-2018, podendo gerar 524 mil novos empregos
formais e informais. O Governo do Estado estima que as medidas irão
injetar uma massa salarial de R$ 2,6 bilhões na economia cearense e um
adicional de R$ 1,8 bilhão em tributos como Cofins, ICMS e Imposto de
Importação, dentre outros impostos.
O programa prevê ações em cinco eixos voltados para melhoria do
ambiente de negócios: simplificação e desburocratização, com R$ 1,2
bilhão em investimento; infraestrutura econômica (R$ 3,6 bilhões);
infraestrutura social (R$ 2,9 bilhões); economia do conhecimento (R$ 843
milhões); e oportunidade de negócios (R$ 3,2 bilhões). "O Ceará Veloz
foi construído dentro de alguns eixos para criar um ambiente de negócios
favorável para o crescimento econômico do Ceará", disse Camilo. "Vamos
criar um sistema que facilite as ações para os empreendimentos aqui no
Ceará, para que haja uma infraestrutura econômica que favoreça esse
crescimento".
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Durante a apresentação, o governador destacou que as medidas darão
oportunidades não apenas para empreendedores cearenses e brasileiros,
mas para os investidores internacionais. "Estamos investindo em
duplicação de estradas, em energia, em recursos hídricos. Nenhuma
empresa vai se instalar no Ceará se não houver a infraestrutura adequada
e necessária", disse o governador Camilo Santana.
O documento foi assinado pelo governador e pelo presidente da Federação
das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, durante almoço
de confraternização da entidade. A ação conta com parceria com o Sebrae,
Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Fundação
Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap),
Conselho Gestor do Fundo de Inovação Tecnológica (Cogefit), Secretaria
da Fazenda (Sefaz) e Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará
(SDE). O evento contou ainda com as presenças do presidente do Senado,
Eunício Oliveira, e dos ex-governadores cearenses Lúcio Alcântara e
Adauto Bezerra.
Medidas
Entre as medidas assinadas pelo governador durante o evento estão a
regulamentação do Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará (FDI),
atualizando a política de atração de investimentos para a economia do
Estado; a modificação da sistemática de tributação diferenciada relativa
ao ICMS incidente sobre as operações e prestações de serviço
relacionadas com a construção, instalação e funcionamento do centro de
conexões de voos (hub) no Aeroporto Internacional de Fortaleza; e o
calendário de ações de inovação do Inovafit, que prevê o lançamento
anual de editais de inovação nos dias 25 de maio (Dia da Indústria) e 19
de outubro (Dia da Inovação).
Também foi assinado o Convênio de Cooperação Técnica e Financeira para
promover estudos e pesquisas que viabilizem mapeamento das fontes
energéticas, com a consolidação das informações em novo Atlas Eólico e
Solar do Estado do Ceará e Termo de Liberação de Recursos que viabiliza o
contrato entre Adece e Empresa Atlas Eólico Solar para elaboração do
Atlas.
"Algumas ações que desburocratizam a iniciativa privada, nós
reformulamos o FDI facilitando e dando mais incentivos às empresas.
Outro investimento é para a inovação e tecnologia para a área
industrial, Inovafit. Passamos recursos para atualizar o mapa eólico no
Estado. E todas as ações focadas com a Fiec", disse Camilo. Em seu
pronunciamento, o presidente da Fiec, Beto Studart, ressaltou que,
atualmente, o Ceará é um espaço "diferenciado" em comparação com outras
unidades da federação. "O Estado é equilibrado financeiramente e nós
temos trabalhado com visão de longo prazo", disse. "Esse constante
planejamento vai potencializar ainda mais os investimentos estrangeiros
que têm chegado ao Ceará, atraídos por essa ambiência favorável. O fato é
que os investimentos anunciados abrirão ao Ceará uma nova perspectiva
em qualificação, convivência com outras culturas, educação, inovação e
tecnologia". O presidente da Fiec também destacou que a parceria firmada
com o Governo do Estado favorece o desenvolvimento do Ceará. "É essa
abertura para a discussão de soluções em conjunto que anima a sociedade a
tomar para si a tarefa de buscar resultados efetivos para nossos
problemas, dentro da perspectiva de um amplo acordo social", disse Beto
Studart.
PIB do Ceará
No evento, o governador anunciou o resultado do Produto Interno Bruto
(PIB) do Ceará no terceiro trimestre deste ano, que registrou
crescimento de 2,79%, superando o resultado nacional no período (1,4%).
"Isso mostra a velocidade em que nós estamos. Mas ainda existem grandes
desafios", disse. "Nós precisamos construir caminhos para o Ceará, com
parceria, com diálogo, com uma construção coletiva, porque o que está em
jogo não é o governador, não é o presidente da Fiec, não é o presidente
do Senado Federal, o que está jogo são 8,6 milhões de cearenses
precisam de ações e de políticas para melhorar a qualidade de vida".
O que eles pensam
Perspectivas positivas para o próximo ano
"O governo tem uma agenda de boas notícias na economia cearense. Essa
reunião de hoje mostra uma ação que foi estruturada para a recuperação
da nossa economia, e que já vem mostrando resultados. Mesmo com essas
pressões, nós conseguimos terminar o ano investindo fortemente em
educação, tanto a básica como a superior"
Maia Júnior
Secretário de Planejamento do Ceará
Secretário de Planejamento do Ceará
"O ano de 2017 está se mostrando como era esperado. E a partir do
momento em que o governo começou a sinalizar que seriam aprovadas as
reformas necessárias, a economia começou a dar um sinal de melhora.
Infelizmente, ainda não ocorreu a principal reforma que tem que ser
feita que é a da Previdência. E ela saindo vai melhorar para o Brasil"
José do Egito
Pres. Do Conselho Deliberativo da Abad
Pres. Do Conselho Deliberativo da Abad
"Em 2017, nós tivemos que sair do Ceará por falta de água. Mas a
expectativa para 2018 é um pouco mais otimista. A gente acredita que
possa chover bem. E tendo água no Castanhão, para abastecer a
indústrias, o comércio e a população, sobrando água para agropecuária, a
gente tem oportunidade de gerar mais emprego e renda no Ceará"
Tom Prado
Coordenador do Grupo Técnico de Fitossanidade da CNA
Coordenador do Grupo Técnico de Fitossanidade da CNA
Fonte: diário do nordeste
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