O grupo seria o Primeiro Comando da Capital (PCC) e, entre os policiais civis, estaria um delegado
09:01
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14.12.2017
/ atualizado às 14:04
Policiais civis e militares, uma advogada e traficantes são alvos da
Operação Saratoga, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS),
em combate a "uma das maiores facções criminosas do Brasil, de origem
paulista e em atuação no Ceará há alguns anos". O grupo seria o Primeiro
Comando da Capital (PCC) e a reportagem apurou que, entre os policiais civis, estaria um delegado.
Segundo a assessoria de comunicação do MPCE, os investigadores estão
cumprindo medidas judiciais na manhã desta quinta-feira (14). Juízes de
Fortaleza, Caucaia e Maracanaú decretaram ao todo a prisão preventiva de
mais 46 integrantes da facção, além de busca e apreensão nas
residências. Os resultados ainda não foram divulgados.
53 suspeitos já foram presos em flagrante
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (GAECO), do MPCE, e da Coordenadoria de Inteligência (Coin),
da SSPDS teve início em maio de 2015, através do monitoramento e
acompanhamento de várias lideranças da facção, tanto dentro quanto fora
do sistema prisional. Do início da apuração até agora, 53 suspeitos já foram detidos em flagrante
e 19 armas de fogo de diversos calibres e 268kg de drogas (sendo
aproximadamente 60 kg de cocaína, 200 kg de maconha e 8 kg de crack)
apreendidos.
Para além da lavratura das prisões em flagrante ao longo da
investigação, os promotores do GAECO compilaram o material colhido e
apresentaram denúncias criminais contra todos os integrantes da facção
investigados, pelos crimes de integrar organização criminosa armada,
tráfico de drogas, associação para o tráfico, dentre outros. A previsão
do MPCE é que as penas dos principais líderes da organização criminosa
possa variar, em caso de condenação, de 45 até 503 anos de prisão.
Investigação evitou rebeliões no sistema prisional
Ainda de acordo com o MPCE, a Operação Saratoga foi responsável por
impedir grandes motins no sistema penitenciário, uma vez que a
Inteligência da SSPDS procurou sempre se antecipar aos fatos junto à
Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), a fim de manter o controle e evitar crimes e mortes dentro dos presídios cearenses.
O nome Saratoga é uma alusão a conhecido porta-aviões norte-americanos
que, em filme ficcional, serviu de base para o combate a criaturas
subterrâneas, que na vida real se assemelham a indivíduos que atuam na
clandestinidade, praticando crimes à margem da lei e da ordem.
Fonte: diário do nordeste
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