Além de R$ 42 milhões, foram encontrados outros US$ 2,6 milhões na maior apreensão de dinheiro já realizada no Brasil
Geddel, que já foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, cumpre prisão domiciliar na capital baiana, a pouco mais de 1 km de onde foi encontrado o dinheiro. Ele é também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF), banco no qual o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas fases da Operação Cui Bono, que apura o envolvimento do ex-ministro.
PF apreende dinheiro em imóvel supostamente ligado a Geddel - Divulgação
Outra operação, a Sépsis, também lançou suspeitas sobre Geddel,
relativas ao pagamento de propinas para conseguir créditos no Fundo de
Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS),
administrado pela Caixa.
Operação Lunus
Em abril de 2002, a Polícia Federal deflagrou operação na sede da empresa Lunus Participações, da qual o marido de Roseana Sarney, Jorge Murad, era sócio. No local, foi apreendido mais de R$ 1 milhão não declarado. O escândalo fez Roseana abrir mão da candidatura à presidência daquele ano, e concorrer ao Senado.
Agentes da policia federal entregam ao STJ os documentos apreendidos na
empresa Lunos. 11/03/2002 Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo
Geddel é reú em processo em que é investigado por obstrução de
Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio
Funaro fizesse uma delação premiada. Na denúncia apresentada à Justiça
Federal, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o ex-ministro
teria tentado atrapalhar a Operação Cui Bono. O episódio levou à prisão
preventiva de Geddel em julho deste ano, mas ele foi solto pouco tempo
depois.
Geddel deixou o governo em novembro do ano passado, após o
ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusá-lo de ter pressionado para a
liberação de licença para um empreendimento imobiliário na Bahia. Até o
momento, a defesa de Geddel ainda não se manifestou sobre a operação da
PF.
Preso na Bahia
O ex-ministro foi preso preventivamente no dia 3 de julho de 2017 por tentativa de obstrução à Justiça. Segundo o MPF, Geddel tentava evitar que Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro firmassem acordo de delação premiada. Veja a seguir outros casos.
Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/pf-levou-14-horas-para-contar-os-51-milhoes-achados-em-bunker-que-seria-de-geddel-21791443
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