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05.09.2017
A possibilidade de aproximação entre o governador Camilo Santana e o
senador da República Eunício Oliveira é vista com cautela por seus
liderados. Enquanto alguns acreditam que tal alinhamento será benéfico
para o Estado do Ceará, outros argumentam que o eleitorado não vai
acatar que antagonistas até pouco tempo estejam lado a lado no pleito do
próximo ano.
Como o Diário do Nordeste abordou no domingo passado, nos bastidores da
política cearense, ainda que com um pouco de descrença por alguns, há
insistentes comentários sobre possível alinhamento entre o governador
Camilo Santana e o grupo liderado por Ciro e Cid Gomes, ambos do PDT, e o
PMDB do presidente do Congresso Nacional, o senador Eunício Oliveira.
Para o deputado Julinho (PDT), que faz parte da base de sustentação do
Governo Camilo, "se realmente estiver havendo essa aproximação, acho que
é natural, porque o governador e o Governo estão bem avaliados pela
população", disse. A petista Rachel Marques, por sua vez, disse que o
foco do partido é criar uma aliança em torno da eleição do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e reeleição de Camilo Santana. "O que vier
nesse sentido pode ser discutido, mas aceitável", afirmou.
Silvana Oliveira (PMDB), que tem sido uma das principais defensoras da
gestão Camilo Santana na Assembleia, disse que, pelo que tem
acompanhado, há uma possibilidade forte de isso acontecer. "No meu
entender, essa aproximação favorece muito o Ceará".
Para o deputado Roberto Mesquita (PSD), confirmando-se tal alinhamento,
visando melhorias para o Estado do Ceará, ele vê com bons olhos. No
entanto, sendo apenas para conveniências de ambos com o objetivo de
salvar seus mandatos, ele se posiciona contrário. "Se cada um, com a
força que tem, lutar para que o Ceará seja menos desigual, com mais
Saúde e Saneamento Básico, estou ao lado dessa parceria. Se for só
casamento de aparência, vejo com tristeza", disse.
Alguns deputados chegaram a dizer que o acordo entre as duas lideranças
já está fechado, faltando apenas um diálogo com suas bases. "Tem que
ser explicado tudo aquilo que foi falado um ao outro ao longo desses
anos. Não se pode de uma hora para a outra dizer que são amigos desde
criancinha, porque se testemunhou agressões de um contra a outro", diz
Roberto Mesquita.
Fonte: Diário do Nordeste
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