Áreas atingidas ainda sofrem com o corte
de eletricidade e com os estragos provocados na infraestrutura urbana
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12.09.2017
Miami/Havana. Após sua passagem violenta pelo Caribe, o
furacão Irma foi rebaixado ontem para tormenta tropical nos Estados
Unidos, enquanto avança pela Flórida, onde provocou evacuações maciças e
6,2 milhões de pessoas continuavam sem eletricidade.
Em Cuba, a apenas 150 quilômetros da Flórida, o balanço era mais grave:
pelo menos dez pessoas morreram eletrocutadas, afogadas ou vítimas da
queda de prédios, segundo autoridades, que ainda alertaram sobre
estragos "severos" de infraestrutura e inundações.
Com isso, subiu para 40 o número de mortos pelo Irma, somando as 27
mortes relatadas no Caribe em territórios de França, Holanda, Reino
Unido e Estados Unidos, assim como Barbuda. Outros três morreram em
acidentes de trânsito provocados pelo furacão na Flórida.
O Irma avança em direção ao norte-noroeste da Flórida e continua a
registrar chuvas intensas e ventos de 100 km/h. Meteorologistas alertam
para rajadas "com força de furacão".
"Permaneçam dentro de casa, permaneçam seguros", tuitou o governador do
estado, Rick Scott, ao alertar sobre possíveis marés de tempestade e
inundações nas zonas costeiras, especialmente nas áreas do sul e do
centro do estado, inclusive a populosa região de Tampa.
Ontem, o Irma alcançou a Geórgia. Servidores estaduais dizem que pelo
menos uma pessoa foi morta devido à passagem da tempestade tropical Irma
no Estado. A porta-voz da Agência de Gerenciamento de Emergência da
Geórgia Catherine Howden, disse ontem que uma morte relacionada à
tempestade foi confirmada em Worth County, a cerca de 270 quilômetros ao
sul de Atlanta. Detalhes sobre o caso não foram fornecidos.
Com ventos de tempestade tropical que se estendem a mais de 640
quilômetros de seu centro, o Irma causou danos em todo o Estado, com
queda de árvores e inundações em bairros na costa da Geórgia.
Miami
Quase 6,3 milhões de pessoas no sudeste dos Estados Unidos receberam
ordem para abandonar suas casas por causa do Irma, o que provou um dos
maiores êxodos da história do país.
Até a manhã de ontem, cerca de 6,2 milhões de clientes estavam sem
eletricidade na Flórida, segundo as autoridades e a empresa Florida
Power and Light, que anunciou o fechamento de um dos seus reatores
nucleares.
Em Miami, a maior cidade americana na trajetória do Irma, o sol abriu e
as equipes de limpeza começaram a tirar das ruas escombros, árvores,
galhos, postes, cartazes e sinais de trânsito caídos no centro e no
distrito financeiro de Brickell.
Apesar de o Irma ter derrubado duas gruas de construção, não parecia
haver estragos maiores. No domingo, a vizinhança de Brickell ficou
inundada pelas águas do mar que ultrapassaram os diques e deixaram
carros submersos até a metade. Ontem, a maioria das ruas estavam
secando, apesar de ainda cheias de escombros. Enquanto moradores
começavam a ver a extensão dos danos às suas casas, autoridades
advertiram sobre linhas elétricas derrubadas, esgoto a céu aberto e
fauna deslocada, como serpentes e jacaré.
Fonte; Diário do Nordeste
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