A prisão preventiva foi feita pela Polícia
Federal, pouco antes das 7h, no condomínio residencial onde Geddel
cumpria prisão domiciliar sem tornozeleira
16:49
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08.09.2017
/ atualizado às 17:00
por Agência Brasil
O ex-ministro Geddel Vieira Lima chegou, na tarde
desta sexta-feira (8), a Brasília, foi levado à Superintendência da
Polícia Federal (PF) e, após conversar com advogado, prestará depoimento
ao delegado da PF. Ele foi detido nesta manhã em Salvador, três dias
após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 51 milhões, atribuídos a ele, em um apartamento na capital baiana. O ex-ministro deve ficar preso em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda.
A prisão preventiva foi feita pela Polícia Federal, pouco antes das 7h, no condomínio residencial onde Geddel cumpria prisão domiciliar sem tornozeleira, no Bairro da Barra, região nobre da capital baiana.
Foram cumpridos nesta sexta dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em
Salvador, como parte da Operação Cui Bono, que investiga desvios de
recursos em vice-presidências na Caixa Econômica Federal. O segundo
mandado de prisão foi emitido contra o superintendente da Defesa Civil
de Salvador, Gustavo Ferraz.
O pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para
evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação
dos fatos”. Após a solicitação, o juiz federal Wallisney Oliveira, da
10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o cumprimento dos mandados, para
recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na última terça-feira (5), a Polícia Federal apreendeu malas e caixas de dinheiro,
em um apartamento na Graça, em Salvador. O proprietário, Sílvio
Silveira, confirmou em depoimento, que emprestou o imóvel a Geddel, que
teria pedido para guardar pertences do pai, que morreu no ano passado.
A primeira fase da Operação Cui Bono foi deflagrada
pela PF em 13 de janeiro deste ano e investigou esquema de fraude na
liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e
2013. De acordo com a investigação, entre março de 2011 e dezembro de
2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada
por Geddel Vieira Lima.
Defesa
Após o cumprimento de prisão preventiva, a defesa do ex-ministro
informou, em nota, que se manifestará “somente quando tiver acesso aos
autos”. Segundo informou o advogado de Geddel, Gamil Föppel, ele ainda
não teve acesso aos documentos que são mencionados no decreto de prisão.
Na mesma nota, o advogado lamenta que o direito de defesa “seja tão
reiteradamente desrespeitado”. Ele alega que o acesso “a elementos de
prova, já documentado nos autos” não pode ser impedido.
Fonte: Diário do Nordeste
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