Governador do Maranhão enfatizou ainda a necessidade de ações educativas e preventivas para conter o desmatamento e queimadas na região amazônica
Publicado 26/06/2020 12:01 | Editado 26/06/2020 13:53
Em reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, o governador Flávio Dino voltou a defender a retomada do Fundo Amazônia. Na visão do governador, os recursos do fundo podem auxiliar os estados a atravessar a crise econômica e fiscal, ampliada pela pandemia de coronavírus (Covid-19).
“É uma importante ação de alocação de recursos, no momento que se ganha ainda mais primazia, tendo em vista a escassez. Estamos vivendo tempos complexos do ponto de vista fiscal, temos uma inevitável retração da atividade econômica”, pontuou o governador Flávio Dino.
A declaração foi dada durante reunião do Conselho da Amazônia, presidido por Mourão, com o Fórum de Governadores da Amazônia Legal. Participou ainda do encontro virtual o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
De acordo com o vice-presidente Mourão, a Alemanha, que aporta 20% dos recursos do Fundo Amazônia, está disposta a descongelar o subsídio em novembro. Ele pediu que os estados trabalhem desde já em propostas de utilização do Fundo.
“Se temos uma perspectiva positiva quanto a retomada, que nós antecipemos os projetos. Nós já temos alguns em execução, temos projetos já protocolados desde o ano passado no âmbito do BNDES e vamos preparar novos projetos”, sinalizou o governador Flávio Dino.
Campanhas educativas
O governador Flávio Dino também enfatizou a necessidade de ações educativas e preventivas para conter o desmatamento e queimadas na região amazônica, que historicamente acontecem em maior número no segundo semestre, período de estiagem.
“Temos desmatamento e queimadas muito fortes no segundo semestre. Embora tenhamos colhido resultados positivos no ano pretérito, no que se refere a redução desses patamares no Maranhão, creio que pode ser ainda melhor, mediante a criação de ações conjuntas no terreno da educação ambiental”, defendeu o governador.
Para o governador, teria mais efeito se a ação fosse feita conjuntamente pelo Conselho da Amazônia, Ministério do Meio Ambiente, Fórum de Governadores da Amazônia Legal e entidades municipalistas, para evitar visões dissonantes e desinformação.
“Mensagens confusas se prestam a que haja ação de oportunistas. Quando há a dissonância política, quem se aproveita é exatamente o criminoso. Produzir uma convergência estratégica é muito importante, porque isso dá eficiência à mensagem”, assegurou.
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