Bolsonaro segue colecionando mortes e idiotices sobre a Covid-19.
Entre outras sandices, o vira-lata sarnento de Donald Trump virou
garoto propaganda de um remédio. Agora, a FDA – equivalente à brasileira
Anvisa – revogou a autorização para uso de cloroquina e
hidroxicloroquina em caráter emergencial nos EUA.
Por Altamiro Borges*
Segundo reportagem da BBC News Brasil, “a decisão da agência
técnica governamental – que tem independência para seu funcionamento –
vem apesar do presidente Donald Trump ter promovido o uso do remédio
contra o coronavírus”. A politização de medicamento agora foi
desautorizada!
Trump e Bolsonaro politizaram um remédio
A agência de vigilância sanitária dos EUA, a FDA, constatou que
“desde a aprovação emergencial do uso da cloroquina e derivados até
hoje, o avanço das pesquisas trouxe evidências mais sólidas de que o
remédio não gera melhora nos quadros de pessoas contaminadas pela
doença”. Pior ainda: ela causa problemas cardíacos!
“A FDA diz que, com base nas evidências científicas, não é razoável
acreditar que o produto possa ser efetivo em tratar ou prevenir
Covid-19. Diz também que não é mais possível considerar que os
potenciais benefícios do remédio superam os riscos conhecidos e
potenciais do seu uso”.
A BBC lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não
reconhece nenhum medicamento ou vacina para a Covid-19. Mesmo assim,
Eduardo Pazuello, o general que ocupa o Ministério da Saúde, “mudou o
protocolo para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em 20 de maio”
por pressão do capitão Bolsonaro.
Doação para o vira-lata sarnento
Antes da ocupação fardada, o Ministério da Saúde recomendava esses
remédios apenas para os casos graves, quando médico e paciente
concordavam com o tratamento. As novas regras ampliaram o seu uso para
casos leves no SUS. Agora que os EUA desautorizaram o uso, talvez o
general servil e colonizado também recue.
A idiotice do capitão e do seu subserviente general fica ainda mais
visível com a recente decisão do lobista Donald Trump de enviar milhões
de doses do remédio agora desautorizado para o Brasil. Como ironizou
Jamil Chade, no UOL, “depois de doar 2 milhões de doses ao Brasil, EUA suspendem a cloroquina”.
O jornalista lembra que o governo brasileiro festejou a remessa
ianque do lote do medicamento. “O assessor de Bolsonaro, Arthur
Weintraub, sugeriu que um tribunal de Nuremberg fosse estabelecido
contra as pessoas que se recusaram a receitar o remédio”. E agora, como
ficam os panacas, civis e militares, do laranjal?
Itaituba e o piriri verborrágico do capetão
Ainda sobre o piriri verborrágico do “capetão” genocida, o jornalista
Rubens Valente cavou mais uma de suas sandices. “Há quase um mês, em 14
de maio, o presidente Bolsonaro aproveitou uma de suas lives em redes
sociais para exaltar o desempenho da cidade de Itaituba, interior do
Pará, no combate ao novo coronavírus”.
“Segundo ele, não havia nenhum caso de Covid-19 no município e o
prefeito permitira o funcionamento de ‘95%’ do comércio. Esse verdadeiro
milagre era tudo o que Bolsonaro mais espalhou ao longo da crise do
coronavírus: enfrentar a doença sem distanciamento social”.
Poucos dias depois da live presidencial, porém, Itaituba passou a
viver uma explosão de casos de Covid-19. A cidade tem 100 mil habitantes
e forte presença garimpeira. Até quinta-feira passada (11), segundo o
prefeito Valmir Climaco (MDB), já haviam sido confirmados 1.295 casos de
infecção e 35 mortes pela Covid-19.
“Há menos de um mês eram apenas 25 casos e um óbito. A doença agora
se espalhou pelos garimpos da região, onde trabalham cerca de 60 mil
pessoas, segundo o prefeito”, informa o jornalista. Bolsonaro, garoto
propaganda da cloroquina e do exemplo interplanetário de Itaituba, só
fala besteiras e espalha fake news.
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As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal PCdoB
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