Os direitos dos bancários estão em risco. Por isso, na próxima quarta-feira (11), os bancários promoverão atos, em todo o país, cobrando dos bancos que assinem o pré-acordo. Estamos dispostos a negociar e esperamos o mesmo dos bancos: que demonstrem disposição para debater com seriedade a pauta dos bancários na rodada agendada para 12 de julho.
Além do ato no dia 11, os bancários podem participar utilizando #TodosPelosDireitos e #AssinaFenaban para ajudar a pressionar os bancos também pelas redes sociais.
Na primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018, realizada em 28 de junho, os representantes da Fenaban não assinaram o pré-acordo de ultratividade que garantiria tudo que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até a assinatura de um novo acordo. Em anos anteriores, esse pré-acordo, uma formalidade, vinha sendo assinado no início da negociação sem qualquer problema.
Mas, em 2018, há um agravante: a lei trabalhista pós-golpe extinguiu a ultratividade prevista em lei. Assim, sem esse pré-acordo, a partir de 31 de agosto os bancos poderão deixar de pagar vales refeição e alimentação, auxílio-creche, plano de saúde ou contratar com salários abaixo do piso. A data base da categoria é 1º de setembro.
Não assinar o acordo antes do vencimento da data base já trouxe problema para outras categorias, como os vigilantes do Rio de Janeiro. Em algumas empresas, quando os trabalhadores foram usar seus vales-refeição, constataram que não tinham recebido nenhum valor.
“Queremos sair da mesa do dia 12 com um calendário de negociações, a exemplo do que sempre fizemos em anos anteriores. Nossa CCT que completa 26 anos em 2018, foi construída na luta e também num processo democrático com respeito à representação dos trabalhadores e dos bancos. E assim queremos que continue sendo', disse Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando.
Bancos em franco crescimento
Os cinco maiores bancos lucraram R$ 77,4 bilhões em 2017, alta de 33,5% num dos piores anos da economia nacional. E 2018 já repete essa trajetória de décadas de crescimento: foram R$ 20,6 bi no primeiro trimestre ou 20,4% mais que o mesmo período do ano anterior. Ainda assim, os bancos promovem cortes no seu quadro de funcionários: foram extintos 17.905 postos de trabalho em 2017. De janeiro a maio deste ano 2.675 bancários já ficaram sem seus empregos.
“Por tudo isso, bancários e bancárias de todo o Brasil definiram como prioridade para a Campanha Nacional Unificada 2018, o respeito a todos os direitos previstos na CCT, garantia dos empregos, a defesa dos bancos e das empresas públicas, além de aumento real e PLR maior. Os bancos podem e devem isso aos bancários e à sociedade brasileira", reiterou a presidenta da Contraf-CUT.
Fonte: SEEB/CE
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