Depois de um domingo (08) agitado, quando um impasse jurídico envolvendo o juiz Sérgio Moro, desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e a Polícia Federal em Curitiba, que não executaram determinação de soltarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a militância progressista, sociedade civil organizada e os defensores da democracia reforçaram as ações contra a prisão arbitrária da maior liderança política do país.
Nas redes sociais e nas ruas de algumas cidades, a mobilização tomou conta. Quer em seus perfis individuais, o cidadão comum ou os protagonistas do país, emitiram opinião sobre o fato, realizaram manifestações, e reacendeu a indignação de uma justiça tendenciosa e paritária.
Opiniões
Uma nota conjunta reunindo governadores de vários estados brasileiros ratificou a defesa da justiça e da democracia. No manifesto, os nove governadores do Nordeste mais os de Minas Gerais e do Acre condenam a postura de Sérgio Moro de impedir o cumprimento da decisão do desembargador Rogério Favrero, superior hierarquicamente a ele, para soltar o ex-presidente Lula.
“Na manhã de hoje, o povo brasileiro recebia a auspiciosa noticia da libertação do Presidente Lula. O Desembargador competente para apreciar liminares durante o plantão reconduzia o Brasil à senda da legalidade democrática e respondia às aspirações nacionais de reconstitucionalização do país. A condenação do Presidente Lula se deu de forma contrária às leis brasileiras e à jurisprudência de nossas cortes superiores. A decisão condenatória foi proferida por magistrado desprovido de competência legal, cujas condutas têm revelado, reiteradamente, total ausência de imparcialidade. Basta lembrar a divulgação ilegal de diálogos telefônicos mantidos pelo Presidente Lula, que foi prontamente rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal. Agora, o mesmo magistrado, atipicamente, se insurgiu contra a decisão do desembargador de plantão, determinando às autoridades policiais que se abstivessem de cumpri-la. Essa atitude revela muito mais que zelo na condução dos processos submetidos à sua jurisdição: revela inaceitável parcialidade, além de desprezo pela organização hierárquica do Judiciário. De modo ainda mais atípico, o Desembargador prevento antecipa o retorno de suas férias e avoca o julgamento do habeas corpus, revogando a liminar concedida. Lula, como todos os brasileiros, não pode ser beneficiado por privilégios ilegais. Mas também não pode ser perseguido, como evidentemente tem sido. Apenas a aplicação imparcial das leis que dispõem sobre a liberdade e as condições de elegibilidade podem dar lugar a eleições legítimas em 2018”, diz a íntegra da nota.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) também de se posicionou contra o imbróglio jurídico que reforça os riscos e ameaça a democracia. “A prisão de Lula foi extremamente injusta, sem provas e motivadas somente pela questão política. Lula liderava e segue liderando todas as pesquisas para a eleição a presidente. Por isso foi vítima de uma clara e implacável perseguição por setores do Judiciário e do Ministério Público, denunciada internacionalmente e marcada por absurdos como pressão por delações e um power point que causou risos e revolta. A notícia de um habeas corpus arquivado que acabaria uma prisão injusta e revoltante foi revertida por interessados em manter Lula longe das eleições”, condena. O parlamentar reforça ainda a necessidade de o povo permanecer atento aos desmandos jurídicos no país. “Nesse momento todo o povo brasileiro, todos os que acreditam na verdade e que querem ver nosso país voltar a um rumo popular e progressista, deve se manter unido”, conclama.
Mais
Além de Curitiba, onde Lula está mantido como preso político, aconteceram atos no Rio de Janeiro, São Paulo e São Bernardo do Campo. No Ceará, uma plenária reuniu na noite do domingo (08), manifestantes progressistas, representantes das diversas frentes dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada. Na pauta do encontro, as arbitrariedades a que está sendo submetido o ex-presidente, a ameaça à democracia e a definição de um calendário de atividades em defesa de #LulaLivre.
A plenária definiu que ao longo desta semana serão realizados Tribunas Livres e panfletagens, culminando com o “Ato Lula Inocente, Lula Livre” na sexta-feira (13), às 16h, na Praça da Bandeira, em Fortaleza.
Agenda Lula Livre
Tribuna Lula Livre
09/07 (segunda-feira) às 16h
Local: Praça do Ferreira
Evento: https://www.facebook.com/events/1443132929166697/
Plenária Popular e Sindical Lula Livre
10/07 (terça-feira), às 16h
Local: Sede da CUT
Evento: https://www.facebook.com/events/849666435225499/
Panfletagem no Restaurante dos Comerciários
10/07 (terça-feira), das 11h às 13h
Boca de Rua Lula Livre
10/07 (terça-feira), das 16h às 18h
Equipe 1: Rua General Sampaio com Guilherme Sampaio
Equipe 2: Rua Pedro I e Rua Assunção (Praça do Judiciário)
Panfletagem na Feira do Canidezinho
11/07 (quarta-feira), às 8h
Panfletagem na Contax
11/07 (quarta-feira), às 12h
Panfletagem na Grendene
11/07 (quarta-feira), às 14h30
Panfletagem no Centro
12/07 (quinta-feira), às 8h
Equipe 1: Rua General Sampaio com Senador Pompeu (Duque de Caxias até Rua São Paulo)
Equipe 2: Rua Barão do Rio Branco com Floriano Peixoto
Ato Lula Inocente, Lula Livre
13/07 (sexta-feira), às 16h na Praça da Bandeira.
De Fortaleza,
Carolina Campos
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