Na manhã desta quinta-feira (29), amigos próximos do presidente foram alvos de prisão por causa de investigação sobre o Decreto dos Portos
11:23
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29.03.2018
/ atualizado às 11:57
por Estadão Conteúdo
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) elogiou, nesta quinta-feira (29), a decisão do Supremo Tribunal Federal de determinar a prisão do ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, e disse que agora "falta só Temer", a quem classificou como "chefe de organização criminosa".
Além de Yunes, outros amigos próximos do presidente foram alvos de prisão temporária, por causa de investigação sobre a edição do Decreto dos Portos.
Os mandados de prisão são do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, mas
foram pedidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Parabéns ao Ministro Barroso, que não cedeu às ameaças de impeachment
do pitbull de Temer, Carlos Marun, e mandou boa parte dos comparsas do
presidente ao xilindró, na investigação dos Portos. Falta só Temer, o
chefe da organização criminosa, que, por hora, prefere delirar com a
fantasia da reeleição e com o conforto da impunidade presidencial",
disse por meio de nota.
"Barroso só dá bons exemplos do STF que a cidadania brasileira deseja:
rigoroso e célere, mas sempre justo, sem fazer distinções quanto ao
poder econômico e envergadura política do réu. Barroso acaba com o mito
de um STF lento e ineficiente: mostra que o que falta a facções do
Tribunal é a boa vontade em fazer seu papel e cumprir a Lei e a
Constituição que deveriam proteger", complementou.
Além de Yunes, foram presos o presidente da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, o ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi e o coronel da reserva da PM João Batista de Lima Filho,
o coronel Lima. Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi, também foi
preso. As ordens de prisão são temporárias - por cinco dias.
O presidente Michel Temer é um dos alvos da investigação e está sob
suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado
ao setor portuário. Em fevereiro, Barroso esticou o inquérito por 60
dias. O Decreto dos Portos foi pivô de um diálogo no dia 4 de maio entre
Temer e seu então assessor Rodrigo Rocha Loures, alvo do grampo da
Polícia Federal e que ficou conhecimento como "homem da mala".
A interceptação ocorreu em meio ao processo de delação premiada
de executivos do Grupo JBS, entre eles Joesley Batista. José Yunes é
amigo de Temer há mais de 50 anos. O empresário foi assessor do
emedebista na Presidência.
Fonte: diário do nordeste
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