Número de mortes por covid-19 está estabilizado, há sete semanas, mas estacionou num patamar alto de mais de mil óbitos diários, superando os EUA
Publicado 03/07/2020 20:22 | Editado 04/07/2020 01:24
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil tem 1.290 novas mortes contabilizadas em decorrência do coronavírus, elevando o total para 63.174 óbitos desde o início da pandemia — a letalidade é de 4.1%.
O dado atualizado é o maior crescimento de mortes no país desde o dia 23 de junho, quando o governo federal registrou mais 1.374. Hoje cedo, um balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que o Brasil é o país que mais registrou mortes diárias pela doença no mundo.
O Brasil tem 46% mais mortos do que o segundo no ranking: México (679), e 54% mais que o terceiro colocado: EUA (583). Enquanto o México segue em escala ascendente, os EUA mantém semanas de queda consistente nos óbitos, embora os casos começam a crescer novamente.
De ontem para hoje, a pasta também somou 42.223 novos casos da doença — nos últimos três dias, o país teve mais de 137 mil novos pacientes infectados. Com os dados atualizados, o total é de 1.539.081 de diagnósticos.
Mesmo contabilizando testes rápidos, ineficazes para o controle da epidemia de covid-19, o país aplicou menos testes para detectá-la do que países menos afetados pela doença causada pela covid. Até a semana passada, segundo o Ministério da Saúde, o país realizou 13,7 testes para cada mil habitantes. O Chile, que tem dez vezes menos mortes, testou quatro vezes mais. A Eslováquia, que notificou 28 mortes até agora, testou quase três vezes mais que o Brasil.
Os dados globais são da Universidade Oxford, que não atualiza mais informações sobre o Brasil devido à falta de informações informadas pelo governo federal. O país ainda tem ao menos 868.372 casos recuperados e 607 mil em acompanhamento, segundo dados do governo.
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