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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Bolsonaro defendeu armar população contra governadores, diz jornalista

A assunto veio à tona nesta quinta-feira, mesmo dia em que o presidente incitou empresários a jogarem pesado contra os governadores. “É guerra!”, enfatizou

Presidente e Bolsonaro em sintonia belicosa l Foto: Reprodução
Antes mesmo de vir à tona o inteiro teor da reunião do ministério de Bolsonaro em que ele pressionou Sergio Moro a mudar o diretor da Polícia Federal e cuja gravação poderá ser divulgada por decisão do STF,  começam a surgir trechos do que teria sido tratado no encontro e que, segundo pessoas que assistiram a gravação, o vídeo é devastador. Segundo o jornalista Guilherme Amado, da revista Época, Bolsonaro falou sobre armar população contra governadores e presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sobre ‘matar ou morrer’ 2019
Amado afirma que no curso da reunião de 22 de abril, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, comentou o episódio em que a ex-mulher e a filha do deputado federal Luiz Lima foram detidas no Rio de Janeiro por descumprirem as regras de isolamento social.
“Isso é absurdo. Eu tenho uma filha de 14 anos. Vou pegar minhas 15 armas. Se prendessem ela e botassem no camburão, ou eu matava ou eu morria”, disse Guimarães. Nesse contexto Bolsonaro teria afirmado que “é muito fácil uma ditadura no Brasil”, alegando que para evitar o autoritarismo de prefeitos e governadores seria preciso armar a população.
Em seguida, Bolsonaro teria desrespeitado os governadores João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ). “Esse bosta do governador de SP e esse estrume do governador do RJ se aproveitaram do vírus”, teria dito o presidente.
Conduto belicosa
Esta não é a primeira vez que Bolsonaro defende que a população seja armada. Durante a Festa Nacional da Artilharia, ocorrida no dia 15 de junho de 2019, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Bolsonaro defendeu “o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta”. A pretensa condenação de “tentações golpistas” entra em contradição com a atitude do presidente de participar, com frequência, de manifestações que defendem intervenção militar e atacam instituições da República como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
A postura belicosa de Bolsonaro vem desde a campanha eleitoral quando se destacou o seu gesto de apontar as pontas dos dedos como se estivesse armado. Chegou até mesmo a fazer o gesto com uma criança. Ao tomar posse, uma de suas primeiras medidas foi facilitar o uso de armas e flexibilizar a exigência do porte.  
Com informações da Época e de agências
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