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sexta-feira, 17 de abril de 2020

Ceará reduzirá salário dos seus servidores em maio, junho e julho

Todos os segmentos da sociedade perderão um pouco durante esta emergência causada pelo novo coronavírus, disse um dos secretários do governador Camilo Santana, que fixará o percentual da redução


IMAGEM: GOOGLE IMAGEM

Um dos mais importantes secretários do Governo do Ceará disse ontem à coluna que todos os segmentos da sociedade "perderão um pouco durante esta emergência causada pela pandemia do novo coronavírus, cuja duração é estimada em 90 dias".
Ele foi além e acrescentou:
"Não neste mês de abril, mas em maio, junho e julho, os servidores públicos estaduais terão seus vencimentos reduzidos como forma de colaborar para a superação deste momento de gravíssima crise sanitária, social, econômica e financeira".
Em que porcentual? -perguntou a coluna.
"O governador decidirá", respondeu o secretário.
Não está certo se essa redução será estendida aos funcionários aposentados e aos pensionistas. Provavelemnte, sim.
Ele explicou que a receita tributária do Estado foi drasticamente reduzida como efeito da forte queda do consumo, causada pela proibição da atividade econômica que é consequência do isolamento social.
A fonte desta informação recusou-se a revelar o porcentual da redução dos vencimentos dos servidores durante os próximos três meses.
Mas esta coluna lembra que o governo estadual está renegociando os contratos com seus fornecedores de produtos e serviços, com redução de 30%.
Trata-se de uma providência que outros governos estaduais estão adotado.
O do Paraná, por exemplo, já anunciou a redução dos vencimentos dos seus servidores pelos próximos três meses.
Espera-se, agora, que os deputados estaduaisdo Ceará  tomem a mesma iniciativa, estendendo-a aos servidores do Legislativo, assim como os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e os magistrados das comarcas da Capital e do interior cearenses.
Seria muito bem-vinda uma providência semelhante da Prefeitura Municipal de Fortaleza e de sua Câmara de Vereadores.
O momento é de renúnciae sarifício de todos.
CHINÊS
Leitor atento desta coluna, Paulo César Queiroz enviou e-mail a esta coluna, refletindo sobre os interesses econômicos grudados no coronavírus.
Ele expõe:
"Qualquer indústria, em qualquer parte do mundo, só produz aquilo que é demandado pelo mercado. Como o parque industrial da China produziu, antecipadamente, milhões e milhões de equipamentos - do respirador pulmonar a luvas, máscaras e sapatilhas - para hospitais e profissionais da saúde de todo o planeta?"
E prossegue: "
"Ninguém produz para estocar. E como explicar agora o apetite chinês, comprando empresas mundo afora, aproveitando a queda das bolsas de valores?"
Faz sentido.
PÂNICO
Ontem, em "live" entre empresários, um deles perguntou:
"A quem interessa espalhar o pânico na população?"
MERCADO LIVRE
Maior exportadora de pescados do Ceará a Compex - que construirá indústria de beneficiamento no Cais Pesqueiro do Mucuripe - vai aderir ao mercado livre de energia.
Seus sócios fizeram as contas:
Pagarão R$ 166 mil/mês se permanecerem no mercado cativo; mas pagarão R$ 106 mil/mês no mercado livre, que só faz crescer.
DOAÇÕES
Até grandes bancos já fizeram doações para ajudar no combate ao coronavírus.
O ItaúÚnibanco doou R$ 1 bilhão - a maior doação já feita no Brasil.
Ainda não se conhece o sacrifício que farão - e se farão mesmo - os bem remunerados deputados, senadores e servidores do Congresso Nacional.
Nem os ministros e funcionários do Poder Judiciário.

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