Entre as causas da desistência do negócio de US$ 4,2 bilhões está a crise econômica advinda da pandemia do novo coronavírus.
Publicado 25/04/2020 00:48 | Editado 25/04/2020 10:41
A negociação envolvia a fusão entre as duas empresas, que teria 80% da nova companhia comandada pela Boeing.
A Boeing, que já vinha debilitada pela crise do 737 Max, ainda sem uma data clara para acabar, está enfrentando sérias dificuldades financeiras e houve rumores de que a companhia americana estaria em estágio pré-falimentar. E, caso leve adiante a operação com a Embraer, terá de desembolsar US$ 4,2 bilhões.
Já a companhia brasileira registrou prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão no ano passado, influenciado principalmente pelos gastos com a cisão da área de aviação comercial — somente no quarto trimestre, esses custos chegaram a R$ 223 milhões.
A Embraer também foi afetada pelas medidas de restrição adotadas para conter a covid-19 e, além de paralisar a produção de aviões, informou que estava em negociações com clientes para postergar entregas.
Entre as causas da desistência do negócio de US$ 4,2 bilhões, está a crise econômica advinda da pandemia do novo coronavírus. A negociação envolvia a fusão entre as duas empresas, que teria 80% da nova companhia comandada pela Boeing.
Além disso, a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, em meio ao auxílio destinado pelo governo dos Estados Unidos para manter a empresa viva com as dificuldades amargadas pelo setor aéreo graças à pandemia inviabilizaram o acordo.
A Boeing terá de pagar entre 75 milhões de dólares e 100 milhões de dólares pela quebra do acordo. As negociações também dependiam do aval da União Europeia já que, em setembro, o bloco anunciou que abriria investigação sobre a compra da divisão comercial da Embraer.
Com informações de agências
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