Manifestações em diversas cidades do Brasil e do mundo deram a largada, nesta sexta-feira (23), para uma expressiva onda internacional de repúdio à política do governo Jair Bolsonaro (PSL) para o meio ambiente. A mobilização para os protestos – já esperada diante dos últimos registros de queimadas e desmatamento na Amazônia brasileira – ganhou mais força com as desastradas e irresponsáveis declarações do presidente após a repercussão do caso.
No Brasil, a maioria dos atos pediu o fim das investidas predatórias contra a região amazônica e a demissão do ministro ultraliberal do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do Partido Novo. “Amazônia, sim. Ele, não” foi um dos gritos de guerra. Gritos e cartazes pedindo o “Fora, Bolsonaro” também proliferaram, num contundente recado ao presidente.
À tarde, nas ruas de Salvador, houve marcha da Praça Municipal, no centro histórico, à Praça do Campo Grande, com destaque para a participação de lideranças ambientalistas. Já no começo da noite, o protesto em São Paulo tomou o trecho da Avenida Paulista em frente ao Masp, reunindo milhares de pessoas. Não houve incidentes, apesar do policiamento ostensivo. A Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro (RJ), foi o ponto de concentração dos mais de 5 mil manifestantes cariocas, que saíram em caminhada pela Avenida 13 de Maio.
Uma passeata da rodoviária do Plano Piloto até a Esplanada dos Ministérios, em direção ao Ministério do Meio Ambiente, marcou a manifestação pacífica em Brasília. Em Goiânia (GO), no entanto, houve repressão. A polícia agrediu estudantes e usou até spray de pimenta no ato em frente à sede do governo estadual.
No Exterior, os alvos preferenciais dos manifestantes foram as embaixadas e os consulados brasileiras. Houve atos em Amsterdã (Holanda), Barcelona e Madri (Espanha), Berlim (Alemanha), Berna e Genebra (Suíça), Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina), Cidade do México (México), Dublin (Irlanda), Lima (Peru), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Mumbai (Índia), Nápoles (Itália), Oslo (Noruega), Quito (Equador), Nova York (EUA) e Paris (França), além de Luxemburgo.
Da Redação, com agências
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