Encerrados os XVIII Jogos pan-americanos, sediados na hospitaleira cidade de Lima, Peru, podemos e devemos comemorar o excelente desempenho da equipe brasileira. Foram 171 medalhas conquistadas pelos brasileiros e brasileiras que compunham a delegação nacional.
Por Orlando Silva* e Ricardo Layser**
Das 171 medalhas, 55 foram de ouro, 37 de prata e 71 de bronze, um recorde no número total de medalhas e também na quantidade de medalhas de ouro.
Melhor resultado da história, garantindo um segundo lugar na classificação geral que não conquistávamos desde os Jogos de São Paulo, no distante ano de 1963.
Das 171 medalhas, 55 foram de ouro, 37 de prata e 71 de bronze, um recorde no número total de medalhas e também na quantidade de medalhas de ouro.
Esse resultado prova o acerto da gestão comunista no Ministério do Esporte nos governos Lula e Dilma. Seria impossível atingir esse resultado histórico sem programas que carregam a marca da gestão dos comunistas no esporte: Bolsa-atleta, Plano Brasil Medalhas, Bolsa-Pódio, Lei de Incentivo ao Esporte, Nova Lei Pelé entre outros.
Fruto de um trabalho de longo prazo, o investimento realizado garantiu aos atletas brasileiros a infraestrutura necessária para o seu treinamento, o pagamento de equipes profissionais multidisciplinares, a realização de períodos de treinamento no exterior, a participação em competições do calendário internacional, a contratação de técnicos de nível internacional, além do apoio financeiro aos próprios atletas.
Mais de 80% dos atletas contaram com o apoio do Bolsa-atleta, programa criado por projeto de lei de autoria da bancada comunista no Congresso. Resultado que comprova cientificamente a importância do programa.
Mas esse resultado esteve ameaçado. O Governo ilegítimo de Michel Temer criou um verdadeiro caos no financiamento do esporte em 2018. Recursos do esporte foram retirados, deixando o sistema esportivo paralisado por meses, mais de 2.700 atletas tiveram suas bolsas cortadas, um verdadeiro ataque terrorista ao esporte nacional.
Graças à mobilização de toda a comunidade esportiva o financiamento foi retomado e as bolsas foram recompostas, não sem antes jogar fora uma parte da preparação dos nossos atletas.
Todos sabem que não se transforma uma menina ou um menino em atleta da noite para o dia. São necessários anos de treinamento e trabalho para que se atinja a excelência esportiva. Isso significa que o financiamento precisa ser suficiente e constante ao longo de pelo menos uma década. Colhemos hoje os frutos de investimentos dos 2 últimos ciclos olímpicos.
Infelizmente estamos vendo essa trajetória ameaçada. O Ministério do Esporte foi extinto. O orçamento dedicado ao esporte vem sendo reduzido desde o golpe de 2016. Essas medidas terríveis afetam o futuro do nosso esporte e devem ser enfrentadas por todos aqueles que militam no esporte.
Não podemos retroceder aos níveis de amadorismo na gestão esportiva que tínhamos no período anterior a 2002. Lutar pela manutenção das políticas públicas de esporte e pelo seu adequado financiamento é tarefa de todos nós que militamos pelo esporte e pelo desenvolvimento do Brasil.
Viva o esporte brasileiro!
* Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB-SP e ex-ministro do Esporte
** Ricardo Layser, ex-ministro do Esporte.
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