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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Venezuela frustra golpe dos EUA para assassinar Maduro

O governo venezuelano assegurou nesta quarta-feira (26) ter desbaratado um plano de golpe de Estado, que incluía o assassinato do presidente Nicolás Maduro e a proclamação de um general da reserva como chefe de Estado. “Estivemos em todas as reuniões para planejar o golpe de Estado, estivemos em todas as conferências”, disse o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez.

Maduro foi alvo de uma tentatova malsucedida de atentadoMaduro foi alvo de uma tentatova malsucedida de atentado
Segundo ele, houve infiltrados no complô, que envolvia oficiais da ativa e da reserva e devia ter sido executado entre o domingo e a segunda-feira passadas. Ao menos seis dos envolvidos estão detidos, acrescentou Rodríguez em discurso na TV, apresentando o depoimento de um deles – o tenente Carlos Saavedra – e gravações de videoconferência em que a tentativa foi feita.

Quatro dos soldados foram presos na sexta-feira passada, de acordo com o que o líder da oposição golpista, Juan Guaidó, declarou na terça-feira, sem detalhar as razões. Além deles, Guaidó mencionou outro militar e dois comissários da polícia científica. Conforme Saavedra, ele era sobrinho do general da reserva Ramón Antonio Lozada Saavedra, que foi preso na quarta-feira no estado de Barinas por agentes da inteligência.

De acordo com o ministro, com o depoimento de Saavedra e com as conferências, o plano incluiu a tomada de três destacamentos – como a base aérea La Carlota em Caracas – e a fuga do ex-general Raul Baduel para proclamá-lo presidente do país. “É um golpe de estado militar contra Guaidó ou contra o presidente Nicolás Maduro?" ironizou Rodriguez, criticando o líder da oposição, que se proclamou presidente em 23 de janeiro e é reconhecido por 50 países.

Baduel foi ministro da Defesa do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) e foi rebaixado por Maduro em 2018 junto com o general Antonio Rivero, que teria liderado a conspiração. Rodríguez disse, ainda, que Estados Unidos, Colômbia e Chile se uniram para executar o suposto plano, que previa levar Baduel de helicóptero para território colombiano caso a estratégia fracassasse.

"Até quando, Iván Duque?!”, disse o ministro, mencionando também o presidente chileno, Sebastián Piñera, e o conselheiro de Segurança Nacional americano, John Bolton. “Já chega de planejar golpes militares, assassinatos do presidente.”

Rodríguez também acusou o ex-chefe de Inteligência venezuelano Cristopher Figuera, que se encontra nos Estados Unidos, de receber "centenas de milhões de dólares" para apoiar a tentativa de golpe militar contra Maduro. Figuera "se revelou um mercenário (...) e cobrou centenas de milhões de dólares" para libertar o líder opositor Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar, afirmou o ministro da Comunicação.

Segundo Rodríguez, Figuera também cobrou para libertar o ex-chefe policial Iván Simonovis, que cumpria em casa uma pena de 30 anos por dois assassinatos ocorridos durante a tentativa de golpe de Estado contra o finado presidente Hugo Chávez, em 2002.

Da Redação, com informações da AFP

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