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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Interior puxou a greve no RS, diz presidente da CTB


Paralisação foi tensa na capital do estado, Porto Alegre.

  
No estado do Rio Grande do Sul, o interior puxou a adesão à greve geral nesta sexta-feira (14). Em Porto Alegre, houve tensão em frente a empresas de ônibus com a ação do Batalhão de Choque e cavalaria da Brigada Militar. Também teve ação da choque da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-290 em Eldorado do Sul. "Nas demais cidades do Rio Grande do Sul, houve bastante adesão. O resultado foi pacífico", disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Estado, Guiomar Vidor, ao Jornal do Comércio


Segundo o sindicalista, paralisações de transporte e serviços (saúde e educação) e bloqueios em rodovias foram registrados em mais de 100 cidades. Apesar de alguns conflitos, Vidor considerou o saldo da greve como positivo. "Conseguimos levar um alerta para a sociedade que, se a proposta for encaminhada ao Congresso, vai acabar com os diretos dos trabalhadores no momento mais frágil das suas vidas", afirma Vidor. Entre as localidades com maior adesão, estão Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Carazinho, Passo Fundo e Uruguaiana. 



Confronto



O presidente da CTB observou que o fato de a adesão atingir mais o interior "foi curioso". Em Uruguaiana, a paralisação atingiu escolas públicas e até particulares, como o Colégio Marista Santana e o Instituto Laura Vicuña, de linha católica, que estão entre os maiores da cidade. A adesão acabou gerando reação de pais contrários à greve. Em outras cidades, piquetes na frente de empresas ajudaram a elevar as paralisações. Em Santa Maria, teve concentração em frente a garagens como da empresa Planalto. Piquetes foram feitos em frente de empresas como na Planalto, em Santa Maria. 



Pela manhã na capital, comitês formaram-se em frente às companhias de ônibus, como a Carris. O clima, no entanto, foi de tensão, e integrantes do ato e polícia entraram em confronto. Vidor definiu a postura da Brigada Militar como um "comportamento desproporcional contra os trabalhadores". De acordo com Vidor, a atuação teria contrariado o acordo feito em reunião, nessa quinta-feira (13), com a própria Brigada Militar e a Polícia Civil. "O Batalhão de Choque foi para os locais, foram jogadas bombas de efeito moral e a cavalaria partiu sobre os manifestantes. Não foi oportunizado conversar", criticou o sindicalista.

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