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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Flávio Dino: Diálogos da Lava Jato revelam jogo de cartas marcadas

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) comentou as reportagens do site The Intercept Brasil que revelaram a ação coordenada entre o ex-juiz e ministro da Justiça Sérgio Moro e o procurador Daltan Dallagnol para direcionar as investigações da Operação Lava Jato. Para Dino as revelações são de inédita gravidade na história do Judiciário e demonstram um jogo de cartas marcadas entre os dois agentes públicos.

  
Para o governador maranhense, que foi juiz federal por 12 anos, os “fatos revelados pelo The Intercept Brasil são de inédita gravidade na história do Judiciário e do Ministério Público”. Dino afirmou ainda que “todos aguardam as explicações das pessoas mencionadas nas reportagens e a apuração por parte das autoridades competentes”. 

Fazendo uma analogia com a atuação de um juiz de futebol, Flávio Dino explicou didaticamente a ação ilegal de Sergio Moro: “Imaginemos um juiz de futebol que orienta um dos times, combina com um dos times antes de apitar cada lance, enquanto hostiliza o outro time. Isso é um jogo justo ? Ou um jogo de cartas marcadas ? Esse é o debate central que emerge das reportagens do The Intercept Brasil”



Nota contraditória do MPF

Numa tentativa de responder a reportagem, o Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR), onde atua a chamada Força Tarefa da Lava Jato divulgou nota em que afirma que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker. A nota, entretanto, não esclarece a atuação irregular dos procuradores em articulação com o juiz Sergio Moro acusa a reportagem de contrariar as melhores práticas jornalísticas e de ter um viés tendencioso.

Sobre a nota do MPF, Flávio Dino afirma que ela “é contraditória com o que eles sempre disseram e escreveram sobre liberdade de informação e primazia do interesse público sobre a intimidade”. Dino enfatiza que o MPF “fala em defesa da intimidade dos seus membros. Mas foram eles que vazaram áudios até da saudosa Dona Marisa e da então presidente da República”.
  

  Da redação do Vermelho

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