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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Brito: Estamos diante de gente governada pelo ódio mais insano

O jornalista Fernando Brito, editor do Blog Tijolaço, afirma que o comportamento do poder judiciário com relação a Lula é apenas o exercício da maldade; ele diz: "a ratificação pela Senhora (não me sinto à vontade em chamá-la de juíza) Carolina Lebbos da perversidade da Polícia Federal de Sérgio Moro e impedir Lula de ir ao enterro do seu irmão mais velho é, até para os cegos por outra razão que não seja o ódio mais estúpido, a confirmação de que estamos diante de gente governada pelo ódio mais insano'

Lula não pode mais existir, pela simples razão que existe.Lula não pode mais existir, pela simples razão que existe.
Confira, abaixo, a íntegra do texto publicado no blog Tijolaço:

Lula não é só preso político, é um homem que não pode ser mais visto

POR FERNANDO BRITO

Escrevi, outro dia, aqui, que o comportamento da dita Justiça em relação a Lula era apenas o exercício da maldade.

A ratificação pela Senhora (não me sinto à vontade em chamá-la de juíza) Carolina Lebbos da perversidade da Polícia Federal de Sérgio Moro e impedir Lula de ir ao enterro do seu irmão mais velho é, até para os cegos por outra razão que não seja o ódio mais estúpido, a confirmação de que estamos diante de gente governada pelo ódio mais insano.

Coisa só comparável a campos da Gestapo.

Mas há, no fundo, um sentimento maior a motivá-los: o medo.

É preciso que Lula, em nenhuma hipótese, seja visto ou ouvido.

É preciso que ele morra em vida, na escuridão do silêncio.

Não pode ser entrevistado porque influenciaria as eleições, mesmo depois de meses que a eleição ocorreu e levou ao poder um amigo da milícia.

Mas, desta vez, os limites de qualquer coisa que não provocasse nojo e vômito foram ultrapassados.

Alegar, como alegou a Senhora Lebbos que a ida de Lula ao cemitério de São Bernardo “poderia prejudicar os trabalhos humanitários realizados na região de Brumadinho” é de uma sordidez que ultrapassa todos as fronteiras do que é vergonha.
Alegar, como alegou a Senhora Lebbos que a ida de Lula ao cemitério de São Bernardo “poderia prejudicar os trabalhos humanitários realizados na região de Brumadinho” é de uma sordidez que ultrapassa todos as fronteiras do que é vergonha.

Lula submeteu-se, inocente, a toda a ferocidade com que o Judiciário o tratou.

Não lhes basta.

Lula está, como as vítimas de Brumadinho, soterrado sob a lama de um Poder Judiciário que acanalhou-se.

A lei, para os que são responsáveis por aplicá-la, é como o laudo que atestou que a barragem, como as instituições, estava funcionando perfeitamente.

O que brota dela, porém, é tão asqueroso quanto o que estamos vendo nas televisões.

Lula é um homem que não pode mais existir e não não pode ser mais visto.

Lula não pode mais existir, pela simples razão que existe.

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