Reunidos no último sábado (30), em Fortaleza, os membros do Comitê Estadual do PCdoB-CE atualizaram o cenário político nacional e internacional, debateram o projeto eleitoral para as disputas deste ano e definiram tarefas prioritárias até a realização das sessões municipais e da Convenção Estadual do Partido.
Na reta final da pré-campanha, são inúmeras as tarefas a
serem conduzidas pelos membros da direção estadual do PCdoB no Ceará.
Com convenção marcada para o dia 4 de agosto deste ano, fortalecer as
pré-candidaturas e as ações nos municípios torna-se tarefa primordial.
Internacional
Em sua intervenção, o presidente estadual do PCdoB-CE, Luis Carlos Paes, fez uma atualização dos cenários nacional e internacional. Segundo ele, permanece a crise do capitalismo, o imperialismo continua “mostrando seus dentes” e as contradições se acentuam. Ele cita a Cúpula do G7, realizada no Canadá, com grupo rachado, enquanto na Ásia, com a realização da Cooperação de Xangai, China, Rússia, Índia e Paquistão entre outros, demonstravam muita união.
Na América Latina, Paes destaca mais um desgaste norte-americano com a tolerância zero de Donald Trump, separando filhos de pais imigrantes. “Esta foi uma decisão de grande repercussão mundial, ainda não resolvida. Imaginem se acontecesse em Cuba, por exemplo, o que sofreria o país com tamanha crueldade”, projeta.
O dirigente do PCdoB comentou sobre a recente eleição na Colômbia, com vitória da direita, mas com disputa acirrada no segundo turno com candidato da esquerda; o crescimento da resistência popular na Argentina e a anunciada vitória da esquerda, neste domingo (01/07), no México, o segundo maior país da América Latina. “Estes acontecimentos trazem um novo alento para a retomada do pensamento progressista na Região”, considera.
Brasil em pauta
No Brasil, a proximidade com as eleições reforça a grande dificuldade que o país ainda sofre pós-golpe. “Apesar do que defendiam os golpistas, quando afirmavam que o Brasil voltaria a ter confiança do mercado e retomaria o desenvolvimento, o que vemos é o contrário. Em pouco tempo, os golpistas implementaram uma agenda retrógrada, dentre elas a aprovação da reforma trabalhista; o teto de gastos pelos próximos 20 anos; a mudanças na exploração do pré-sal, beneficiando as petroleiras estrangeiras; o fim da contribuição sindical, dentre tantas outras. Todas estas ações dificultam a resistência dos trabalhadores brasileiros e transformam o país numa nova colônia. Só um setor continua bem , o financeiro, onde bancos alcançam lucros estratosféricos”, critica Paes.
Sob o viés da política, o presidente do PCdoB-CE afirma que os candidatos de partidos que apoiaram o golpe continuam em dificuldade. “Geraldo Alckmin (PSDB) não alcança os dois dígitos e Henrique Meirelles (MDB) não atinge 1% nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República”, observa. Pelo campo da esquerda, Paes considera que só um nome unificaria parcela importante de ideias e eleitores: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Preso, Lula só deverá ser solto depois da eleição. Até agora, o campo democrático ainda não conseguiu formar um bloco unificado em torno de uma candidatura única. O mais provável é que tenhamos confirmadas as candidaturas de Manuela D’Ávila (PCdoB), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSol) e algum nome dentro do PT. Esta situação, de alianças e debates, deverá se prolongar até as convenções dos partidos. O ideal seria as forças de esquerda já partirem unidas desde o primeiro turno”, pondera.
No Ceará, o dirigente comunista reforça o projeto eleitoral estadual do PCdoB: apoiar as pré-candidaturas de Manuela D’Ávila à Presidência da República, a reeleição de Camilo Santana (PT) governador, a recondução de Chico Lopes à Câmara Federal e a eleição de Inácio Arruda deputado federal. “Este talvez seja nosso principal desafio. Ampliar a bancada de deputados federais e superar a cláusula de barreiras”. Além disso, o dirigente ratifica a necessidade de eleger pelo menos três deputados estaduais do PCdoB para a Assembleia Legislativa.
“Pela nossa visão, a preço de hoje, a sucessão se encaminha favorável à permanência de Camilo Santana como governador, já que sua candidatura não tem adversários e praticamente segue sem oposição. É ampla sua frente de apoio e, o que ainda segue pendente, é a disputa ao Senado”, avalia.
Visando orientar, unir e mobilizar o coletivo partidário com o objetivo de alcançar o êxito do projeto eleitoral os dirigentes estaduais aprovaram uma resolução onde o PCdoB-CE ratifica a importância das próximas eleições e convoca todos os que fazem parte da legenda a se dedicar a esta tarefa. “É deste êxito que depende a nossa existência parlamentar”, ratifica.
Mais tarefas
A secretária estadual de Organização, Teresinha Braga Monte reforçou a importância da “Campanha dos 100 Dias”. Lançado em abril, o movimento se dá através de todos os organismos partidários (direções estaduais, comitês municipais e bases) até a data da Convenção Estadual, que acontecerá em Fortaleza no dia 4 de agosto. “Nosso chamamento é geral para que a gente reforce as nossas pré-candidaturas”.
Teresinha também falou sobre a reunião da Comissão Política do Partido, que antecederá a Convenção Estadual. A dirigente apresentou ainda uma proposta de regimento que trata sobre a convenção, apresentando o projeto eleitoral estadual, com uma proposta de ampliar o período de realização das sessões municipais e garantir uma maior participação de delegados. “Para isso precisamos da participação e do envolvimento de todos os membros do Comitê Estadual. Nossa meta é realizar encontros em pelo menos 100 municípios cearenses”, projeta.
Durante a reunião também foi debatida e aprovada uma proposta de Regimento Interno da Convenção Eleitoral Estadual e foram eleitos os quatro delegados do Ceará à Convenção Eleitoral Nacional que ocorrerá em Brasília no dia primeiro de agosto.
De Fortaleza,
Carolina Campo
Internacional
Em sua intervenção, o presidente estadual do PCdoB-CE, Luis Carlos Paes, fez uma atualização dos cenários nacional e internacional. Segundo ele, permanece a crise do capitalismo, o imperialismo continua “mostrando seus dentes” e as contradições se acentuam. Ele cita a Cúpula do G7, realizada no Canadá, com grupo rachado, enquanto na Ásia, com a realização da Cooperação de Xangai, China, Rússia, Índia e Paquistão entre outros, demonstravam muita união.
Na América Latina, Paes destaca mais um desgaste norte-americano com a tolerância zero de Donald Trump, separando filhos de pais imigrantes. “Esta foi uma decisão de grande repercussão mundial, ainda não resolvida. Imaginem se acontecesse em Cuba, por exemplo, o que sofreria o país com tamanha crueldade”, projeta.
O dirigente do PCdoB comentou sobre a recente eleição na Colômbia, com vitória da direita, mas com disputa acirrada no segundo turno com candidato da esquerda; o crescimento da resistência popular na Argentina e a anunciada vitória da esquerda, neste domingo (01/07), no México, o segundo maior país da América Latina. “Estes acontecimentos trazem um novo alento para a retomada do pensamento progressista na Região”, considera.
Brasil em pauta
No Brasil, a proximidade com as eleições reforça a grande dificuldade que o país ainda sofre pós-golpe. “Apesar do que defendiam os golpistas, quando afirmavam que o Brasil voltaria a ter confiança do mercado e retomaria o desenvolvimento, o que vemos é o contrário. Em pouco tempo, os golpistas implementaram uma agenda retrógrada, dentre elas a aprovação da reforma trabalhista; o teto de gastos pelos próximos 20 anos; a mudanças na exploração do pré-sal, beneficiando as petroleiras estrangeiras; o fim da contribuição sindical, dentre tantas outras. Todas estas ações dificultam a resistência dos trabalhadores brasileiros e transformam o país numa nova colônia. Só um setor continua bem , o financeiro, onde bancos alcançam lucros estratosféricos”, critica Paes.
Sob o viés da política, o presidente do PCdoB-CE afirma que os candidatos de partidos que apoiaram o golpe continuam em dificuldade. “Geraldo Alckmin (PSDB) não alcança os dois dígitos e Henrique Meirelles (MDB) não atinge 1% nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República”, observa. Pelo campo da esquerda, Paes considera que só um nome unificaria parcela importante de ideias e eleitores: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Preso, Lula só deverá ser solto depois da eleição. Até agora, o campo democrático ainda não conseguiu formar um bloco unificado em torno de uma candidatura única. O mais provável é que tenhamos confirmadas as candidaturas de Manuela D’Ávila (PCdoB), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSol) e algum nome dentro do PT. Esta situação, de alianças e debates, deverá se prolongar até as convenções dos partidos. O ideal seria as forças de esquerda já partirem unidas desde o primeiro turno”, pondera.
No Ceará, o dirigente comunista reforça o projeto eleitoral estadual do PCdoB: apoiar as pré-candidaturas de Manuela D’Ávila à Presidência da República, a reeleição de Camilo Santana (PT) governador, a recondução de Chico Lopes à Câmara Federal e a eleição de Inácio Arruda deputado federal. “Este talvez seja nosso principal desafio. Ampliar a bancada de deputados federais e superar a cláusula de barreiras”. Além disso, o dirigente ratifica a necessidade de eleger pelo menos três deputados estaduais do PCdoB para a Assembleia Legislativa.
“Pela nossa visão, a preço de hoje, a sucessão se encaminha favorável à permanência de Camilo Santana como governador, já que sua candidatura não tem adversários e praticamente segue sem oposição. É ampla sua frente de apoio e, o que ainda segue pendente, é a disputa ao Senado”, avalia.
Visando orientar, unir e mobilizar o coletivo partidário com o objetivo de alcançar o êxito do projeto eleitoral os dirigentes estaduais aprovaram uma resolução onde o PCdoB-CE ratifica a importância das próximas eleições e convoca todos os que fazem parte da legenda a se dedicar a esta tarefa. “É deste êxito que depende a nossa existência parlamentar”, ratifica.
Mais tarefas
A secretária estadual de Organização, Teresinha Braga Monte reforçou a importância da “Campanha dos 100 Dias”. Lançado em abril, o movimento se dá através de todos os organismos partidários (direções estaduais, comitês municipais e bases) até a data da Convenção Estadual, que acontecerá em Fortaleza no dia 4 de agosto. “Nosso chamamento é geral para que a gente reforce as nossas pré-candidaturas”.
Teresinha também falou sobre a reunião da Comissão Política do Partido, que antecederá a Convenção Estadual. A dirigente apresentou ainda uma proposta de regimento que trata sobre a convenção, apresentando o projeto eleitoral estadual, com uma proposta de ampliar o período de realização das sessões municipais e garantir uma maior participação de delegados. “Para isso precisamos da participação e do envolvimento de todos os membros do Comitê Estadual. Nossa meta é realizar encontros em pelo menos 100 municípios cearenses”, projeta.
Durante a reunião também foi debatida e aprovada uma proposta de Regimento Interno da Convenção Eleitoral Estadual e foram eleitos os quatro delegados do Ceará à Convenção Eleitoral Nacional que ocorrerá em Brasília no dia primeiro de agosto.
De Fortaleza,
Carolina Campo
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