Seguidores

sábado, 30 de junho de 2018

Menino belga termina o ensino médio com apenas 8 anos

Laurent Simons completou 6 anos de estudo em apenas 1 ano e meio
Laurent Simons completou 6 anos de estudo em apenas 1 ano e meio Foto: Reprodução

Extra
Tamanho do texto A A A
Laurent Simons, um menino belga de 8 anos, deveria estar terminando o 2º ano do colégio. Porém, o jovem gênio, com QI 145, acabou de se formar no ensino médio após completar seis anos de estudo em apenas um ano e meio. Agora, o garoto curte dois meses de férias para poder entrar na faculdade.
Laurent nasceu na cidade de Ostend, na Bélgica, mas mudou-se para Amsterdã, capital da Holanda, aos quatro anos de idade. Os pais contaram à imprensa local que desde cedo perceberam que o filho era diferente das outras crianças.
— Para ele era difícil brincar com as outras crianças. Ficava observando como as coisas eram feitas. Fazia tudo de forma diferente. Não sabia o que fazer com os brinquedos — contou o pai Alexander. — Estamos muito orgulhosos e felizes por ele. Era divertido na escola, mas agora ele pode finalmente decolar e fazer o que gosta.
Ainda na dúvida de qual profissão seguir, o menino já pensou em ser cirurgião, astronauta e agora pensa em algo relacionado a informática. Com um QI de 145 — o patamar de gênio está em 140 — Laurent pode escolher o que quiser. Na Bélgica, onde o menino nasceu, os números mostram que 2,5% da população tem alto potencial, ou seja um QI acima dos 130.
— Meu assunto favorito é a matemática porque é muito vasto, há estatística, geometria, álgebra... há várias direções — disse Laurent.

Fonte: https://extra.globo.com/noticias/mundo/2018/06/30/56-menino-belga-termina-ensino-medio-com-apenas-8-anos

Lewandowski faz audiência para ouvir especialistas sobre privatizações

As privatizações de empresas estatais de capital aberto serão debatidas em audiência pública convocada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). A data ainda será divulgada, mas as inscrições para participar vão de segunda-feira (2) a 31 de julho.

Ministro Lewandowski concedeu liminar proibindo o governo de privatizar empresas públicas sem autorização do LegislativoMinistro Lewandowski concedeu liminar proibindo o governo de privatizar empresas públicas sem autorização do Legislativo
Na convocação, divulgada ontem (29), o ministro afirma que é preciso “ouvir o depoimento de pessoas com experiência e autoridade em processos de transferência do controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista e de suas subsidiárias ou controladas”.

“Os requerimentos de participação deverão ser encaminhados para o endereço eletrônico audienciapublica.mrl@stf.jus.br entre os dias 2 e 31 de julho de 2018. Para tanto, deverão consignar os pontos que pretendem defender e indicar o nome de seu representante”, afirma.

A audiência faz parte da Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.624, requerida pela Fenae e pela Contraf-CUT. No processo, são intimados o Presidente da República e o Congresso Nacional.

Na quarta-feira (27), o ministro Lewandowski concedeu liminar proibindo o governo de privatizar empresas públicas sem autorização do Legislativo. A decisão também vedou a venda de ações de sociedades de economista mista, subsidiárias e controladas, abrangendo as esferas federal, estadual e municipal. Na ADI, de novembro de 2016, as entidades questionam dispositivos da Lei das Estatais (13.303/2016). 

Fonte: RBA

    Após 22 anos, Fortaleza terá novo Plano de Acessibilidade

    Com a implementação de novos modais, um novo estudo é preciso melhorar o tráfego de diferentes transportes

    01:00 · 30.06.2018 por João Lima Neto - Repórter
    Image-0-Artigo-2420759-1
    A Prefeitura vai apresentar um plano para a rede de transportes da cidade, visando o deslocamentos de diversos públicos, como pedestres, ciclistas, motoristas, motociclistas e passageiros do transporte público ( FOTO: REINALDO JORGE )
    Corredores exclusivos de ônibus, ciclovias e carros elétricos. O cenário das ruas de Fortaleza jamais esperaria contar com tantos novos personagens no trânsito na Capital. A mudança foi tão grande que, por uma pressão das universidades e das empresas que gerem o tráfego de Fortaleza, a Prefeitura deu abertura, na tarde de ontem, a um estudo de acessibilidade da cidade. Conforme o prefeito Roberto Cláudio, o último levantamento sobre a mobilidade dos fortalezenses foi realizado há 22 anos.
    Uma empresa contratada por licitação pública, ao custo de R$11,3 milhões, vai realizar a criação do Plano de Acessibilidade Sustentável de Fortaleza (PAS-For). Com entrevistas porta a porta e em pontos de grande fluxo da cidade, como os terminais, os entrevistadores vão ouvir a população sobre os deslocamentos diários.
    "Para onde as pessoas vão?", "De onde as pessoas vêm?" e "Como as pessoas se deslocam?". As perguntas farão fazer parte do questionário a ser utilizado por 80 pesquisadores. As entrevistas serão feitas com 23 mil pessoas que moram na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza. O estudo faz parte do escopo do projeto Transfor. Os recursos para realização do levantamento são do Banco Interamericano (BID). A conclusão do processo licitatório foi em abril deste ano. O valor do plano é orçado em R$ 11,3 milhões. A duração do projeto é de 24 meses.
    De acordo com o prefeito, depois da realização do Plano de Acessibilidade Sustentável, a gestão municipal vai apresentar um plano com diretrizes para um melhor funcionamento da rede de transportes da cidade, visando o deslocamentos de diversos públicos, como pedestres, ciclistas, motoristas, motociclistas e passageiros do transporte público, como ônibus, táxis, vans e trens. "Vamos redesenhar toda a distribuição de linhas e integração dos modais baseados nesses dados. Além de uma pesquisa rica de informações que vai nos ajudar a se organizar melhor. Nós já vamos de imediato fazer esse redesenho do transporte público. O objetivo de tudo isso e nossa ambição é reduzir o tempo de transporte de qualquer ponto da cidade", declarou Roberto Cláudio.
    Adjacências
    Vão participar do estudo os 13 municípios atendidos pelos sistemas de transporte coletivo rodoviário metropolitano e metroferroviário. Ou seja, as cidades de São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Guaiuba, Eusébio, Aquiraz, Itaitinga, Horizonte, Pacajus e Chorozinho, além de Fortaleza. A população de todos eles representa 96% dos moradores da Região Metropolitana de Fortaleza, com cerca de 3,8 milhões de habitantes. Manuela Nogueira, secretária de Infraestrutura do Município, explica que o objetivo é ter todas as pesquisas até o final do ano. "Vamos precisar do apoio na divulgação do Plano. Não adianta a gente só mandar os 80 pesquisadores na rua. Até o fim do ano, deveremos ter realizado 23 mil visitas. Vamos divulgar na mídia etapa por etapa. Precisamos da participação dos usuários de toda a Região Metropolitana que usam os modais de transporte para termos o levantamento em meados de 2020".
    Atraso
    Na avaliação do professor Mário Ângelo Azevedo, do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), em outras cidades, como São Paulo, esse tipo de pesquisa é feita há cada 10 anos. "Não tem uma maneira de fazer isso sem um levantamento pesado. Outros planos você vai fazendo em cima dessa base. Sobre o número de pessoas entrevistadas, isso é uma amostra. É feito com até 1,5% da população. Normalmente, uma cidade não tem como fazer mais do que isso. A pesquisa dá uma ideia bem amarrada sobre regiões".
    O professor explica ainda que um estudo deste porte é caro e demorado. "Ele vai ter resultados para o prefeito já perto do fim no mandato dele. Vão ter bons frutos ao longo do tempo. Esse estudo permite ações mais precisas sobre onde atuar no tráfego da cidade".
    Fonte: diário do  nordeste

    Cordelista cearense envia "Antologia do Golpe" a Lula

    Detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, há mais de 80 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem recebido milhares de cartas de brasileiras e brasileiros que o apoiam. 


    Por Cristiane Brito

    Arquivo pessoal
    Coletânea "Antologia do golpe", enviada a Lula (PT), aborda temas políticos dos últimos anos no paísColetânea "Antologia do golpe", enviada a Lula (PT), aborda temas políticos dos últimos anos no país
     De mensagens de cidadãos comuns a documentos assinados por entidades e figuras de renome, passando por intelectuais, artistas e aliados políticos, o petista tem sido o destinatário mais cativo das correspondências que chegam atualmente à Polícia Federal em terras paranaenses.

    Nos próximos dias, um envelope especial deve se somar às milhares de cartas já enviadas a Lula: ele irá receber uma coletânea de cordéis postada diretamente de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, no Ceará.

    É a “Antologia do Golpe”, de autoria do cordelista Hamurábi Batista, que há 27 anos se dedica à literatura. O material reúne ao todo 19 cordéis, que foram produzidos nos últimos anos, no contexto da crise política que levou ao golpe de 2016 e seus desdobramentos.

    Segundo o autor, a ideia é que a criatividade típica da narrativa de cordel ajude o petista a dar mais leveza ao tema. 

    “É um tema duro, não tem nada pra ficar alegre, mas a energia com que eu estou mandando é com tanto carinho que acho que pode chegar até ele. Minha intenção é dar um pouco de alegria pra ele”, afirma.

    As histórias narradas na coletânea abordam os mais diferentes temas, como os protestos de 2013; a Operação Lava Jato; o golpe que levou à destituição da ex-presidenta Dilma Russeff (PT); a morte do ministro do Supremo Teori Zavaski; a condenação do petista José Dirceu; a reforma da Previdência; o petróleo brasileiro; a dívida pública e o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). 

    Outros livretos trazem Lula como figura central das narrativas, abordando a sentença do caso do triplex e a perseguição política, judicial e midiática ao petista.

    Livro

    O pesquisador Alberto Perdigão, que acompanha o trabalho de Batista e ajudou no processo de envio dos cordéis para Curitiba, destaca que o material tem grande relevância literária especialmente por oferecer um viés que contrasta com o discurso dos jornais tradicionais sobre o golpe.

    “O cordel é um dispositivo midiático informativo que pode servir como mídia alternativa ao jornalismo hegemônico. Fiquei muito impressionado com a fertilidade dessa produção volumosa e de muita qualidade [da coletânea]. Não tenho a menor dúvida de que ele [Lula] vai gostar muito".

    Hamurábi Batista busca atualmente um financiamento para tentar transformar a "Antologia do Golpe" em livro. Segundo ele, a ideia é disseminar ainda mais a narrativa sobre o golpe, para que mais leitores acessem, por meio do cordel, informações não divulgadas pela mídia tradicional. 

    “O cordel é jornalismo popular. Ele tem uma força e um respaldo grandes. A partir disso, as pessoas que têm dúvidas podem esclarecer suas dúvidas através dessa linguagem”, complementa.

    A obra completa do cordelista pode ser acessada aqui 

    Fonte: Brasil de Fato

      Eleição pode consagrar pacto em defesa do país, diz Manuela a centrais

      A pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a primeira presidenciável a receber de representantes das sete centrais sindicais a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, com 22 pontos definidos de forma unitária como principais questões de interesse dos trabalhadores.


      Por Dayane Santos

      Reprodução Facebook
        
      “As propostas visam uma retomada do crescimento econômico no sentido de produzir desenvolvimento e que tenha um impacto de curto prazo na redução do altíssimo desemprego e da subutilização da força de trabalho em que 28 milhões de brasileiros atualmente somam esse contingente”, disse Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese na abertura do ato na sede da instituição que coordenou a elaboração do documento. 

      Entre as propostas apresentadas na Agenda está a revogação de todos os pontos negativos da reforma trabalhista e a Emenda Constitucional 95, do teto de gastos que congela os investimentos por 20 anos, impondo restrições no orçamento, principalmente nas áreas de programa sociais.

      “Temos um enorme acordo, pois essa agenda já é a nossa”, afirmou Manuela durante o encontro. “O conjunto de temas tem relação com o Brasil, com a defesa dos nossos interesses e o projeto de desenvolvimento nacional que defendemos”, completou a pré-candidata, reafirmando a revogação da reforma trabalhista e da emenda do teto de gastos como parte de sua agenda de propostas.

      Mas ela fez questão de pontuar que o centro do seu projeto, assim como propõem as centrais, é a retomada do crescimento. “É preciso ter um projeto que retome a atividade industrial e que coloque no centro medidas mais estruturantes”, disse. 

      “Para nós, diferentemente dos que deram o golpe, a eleição é o que pode consagrar um pacto nacional em defesa de um projeto de país. Eu tenho esperança, expectativa e trabalho com a ideia de que a gente conquista a nossa quinta eleição consecutiva porque não perdemos eleição desde 2002. E desde 2002, o projeto que o povo aprova é esse [Agenda das centrais]. Se a gente conseguir falar, e eu tenho conseguido um pouco, a gente vence. E vocês são imprescindíveis para isso”, declarou.

      Manuela destacou a importância do movimento sindical e da força que as centrais acumulam quando atuam de forma unitária. 

      “O papel da ação conjunta das centrais sindicais na construção da greve que barrou a reforma da Previdência reforçou o papel que vocês podem ter nos ajudando a barrar o processo do golpe. E a força que vocês têm para apresentar essa agenda e de como a gente pode promover reformas no Brasil mais estruturais vinculada a um projeto de desenvolvimento que valorize o trabalho”, reconheceu a pré-candidata.

      Ela enfatizou que a sua pré-campanha não pensa em outra alternativa que não seja a vitória do campo progressista nas eleições. “Como já disse, para nós a eleição não é um episódio conjuntural. Para nós é urgente interromper esse projeto que, mesmo diante de um governo sem legitimidade e autoridade, que em menos de dois anos materializa um conjunto de desmonte do Estado e dos direitos do nosso povo que nenhum governo antes conseguiu fazer”, advertiu.


      Lideranças

      Adilson Araújo informou durante o evento que estava se licenciando da Presidência da CTB para integrar a equipe de coordenação da pré-campanha de Manuela, que por sua vez, disse que a participação de Adilson era a “maior expressão do engajamento” da sua pré-campanha com a agenda da classe trabalhadora.

      De acordo com ela, Adilson será “uma segunda Manuela”. “Nós seremos dois. Eu e ele viajando o Brasil, mobilizando as trabalhadoras e trabalhadores, as mulheres e a juventude porque acreditamos que é possível disputar esses 40% ou 50% da fatia da população que não acredita mais nas eleições.”

      Ao fazer uma análise da conjuntura política e econômica, Adilson destacou a importância do debate com candidaturas como a de Manuela e outras figuras do campo de esquerda que disputam as eleições, como canais de interlocução com a classe trabalhadora.

      “O movimento sindical vai resistir a todo custo a essa agenda nociva contra os interesses da nação que depõe contra o Estado Democrático de Direito, fere a Constituição, rasga a CLT e impõe dificuldades ao movimento sindical”, argumentou ele, afirmando que o golpe “produziu a maior regressão assistida desde a década de 1940”.

      Para o sindicalista, o grande desafio é a industrialização e a geração de empregos. “Diante da crise que estamos mergulhados, algo precisa ser feito. E a proposta apresentada pelas centrais é uma atitude madura e pode servir de norte para sair da crise”, concluiu.

      O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que a central “não tem a menor dúvida” do compromisso da pré-candidatura de Manuela com a classe trabalhadora e reforçou que o desafio é barrar a agenda do governo de Michel Temer.

      “Com o golpe que a gente sofreu com o afastamento da presidenta Dilma, quem assumiu tinha um projeto muito claro de desmonte da organização sindical que foi feito com a reforma trabalhista. O processo de soberania que o nosso país tinha construído perante o mundo e a ideia de industrializar o Brasil está sendo abandonada. Vivemos um processo de desindustrialização violento, além da ameaça de entrega da Petrobras e do setor elétrico, que são de fundamental importância para qualquer país que queira ser desenvolvido com uma indústria forte”, criticou.

      João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, afirmou que a Agenda Prioritário das centrais “é uma espécie de parâmetro para aquele que for eleito” e disse que a candidatura de Manuela “está no polo daquelas que estão a favor dos trabalhadores”.

      O presidente da UGT, Ricardo Patah, afirmou que o desemprego também tem como causa o que chamou de “quarta revolução industrial”. Ele citou que mais 30% do desemprego no setor do comércio é resultado do e-comerce, ou seja, das compras feitas pela internet, “que não funciona com pessoas, mas com inteligência artificial”.

      “Qual é o emprego que vamos gerar e de que forma vamos gerar inclusão social? Quais as políticas que vamos defender?”, indagou o dirigente da central, que defendeu a realização de uma reforma política que promova mudanças profundas na estrutura do Estado.

      Ribamar Passos, secretário de relações sindicais da Intersindical, disse que depois do golpe de 2016, o trabalhador brasileiro “passou a comer menos e ter menos esperança diante do desemprego e da miséria”. 

      Ele lembrou que além de eleger um presidente comprometido com os interesses nacionais, é preciso mudar o perfil do Congresso Nacional “para que tenhamos parlamentares com um olhar mais humano para os trabalhadores”.

      Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente estadual da Nova Central São Paulo, disse que a expectativa dos trabalhadores é a de que candidatos com o compromisso de Manuela sejam eleitos. 

      “Esperamos que candidatos como você sejam eleitos para que a gente possa voltar a prosperar como foi nos governos do qual o Partido Comunista participou com Lula e efetivamente proporcionou todo o desenvolvimento. Lamentavelmente, com o golpe, estamos no retrocesso”, salientou.

      Juarez Marques, da CSB, também classificou o governo Temer como um retrocesso. “Esperamos que a esquerda se unifique para enfrentar esse governo que está desmontando o país. Esse é a ânsia das centrais e de todo o povo brasileiro”, frisou.



      Do Portal Vermelho

        Redes sociais: riscos e potenciais para a eleição

        Para pesquisadores, o Facebook e o WhatsApp devem ter mais ênfase neste pleito, mas é preciso usá-los bem

        01:00 · 30.06.2018 / atualizado às 09:32 por William Santos - Editor Assistente
        arte
        Embora estudiosos das relações entre comunicação e política sejam cautelosos ao projetar o espaço que redes sociais podem ocupar na campanha deste ano, pesquisa do Ideia Big Data, divulgada em maio, aponta que as redes sociais devem influenciar na definição de voto de 43,4% dos eleitores, contra 56,6% que disseram que mídias digitais não terão influência na tomada de decisão. Dentre tantas plataformas, o Facebook e o WhatsApp são apontados por pesquisadores entrevistados pelo Diário do Nordeste como aquelas que devem ter uso intensificado na campanha de 2018, mas, ao mesmo tempo em que elas podem ser ferramentas úteis para a definição do voto do eleitor, também são terreno fértil para a propagação de fake news e propaganda negativa na eleição.
        O estudo do Ideia Big Data revela que 59,5% dos entrevistados pretendem acompanhar as publicações dos seus candidatos pelas redes sociais. A plataforma preferida para isso, de acordo com o levantamento, é o Facebook (58,5%), seguida do YouTube (13,2%), do Instagram (11,5%), Twitter (8,9%), WhatsApp (4,8%) e LinkedIn (3,2%). A pesquisa, encomendada pela consultoria Bites, entrevistou 1.482 pessoas no País. A margem de erro, segundo o instituto, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 
        Os dados sinalizam que, como estratégias de campanha, plataformas como o Facebook, o Twitter e o Instagram, além de instrumentos de comunicação como o WhatsApp, podem ganhar mais espaços na disputa de postulantes pelos cargos eletivos que estarão em jogo em outubro próximo, mas pesquisadores defendem, também, que é fundamental que o eleitorado aprenda a fazer um bom uso das redes sociais para que elas possam ser relevantes no processo eleitoral.
        Na avaliação de Jamil Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que desenvolve pesquisas na área de comunicação e política, há dois elementos que apontam para que as redes sociais, às quais ele se refere como redes de comunicação digital, passem a ter espaço cada vez mais relevante nas campanhas e também no comportamento do eleitorado para a definição do voto. 
        Onde o eleitor está
        Um deles, segundo Marques, está associado ao fato de que as novas regras de financiamento, juntamente com o receio em relação a doações a partir de recentes investigações que expuseram esquemas ilícitos de irrigação de campanhas, devem tornar a quantidade de recursos mais escassa e, diante disso, postulantes precisam “apelar para outras formas de mobilização, de comunicação ou de difusão das suas mensagens para o eleitorado”. Além disso, diz ele, “os próprios candidatos estão percebendo que precisam ir aonde o eleitorado está, e seu eleitorado está, cada vez mais, nas redes de comunicação digital”.
        Professor titular de Teoria da Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Wilson Gomes, por sua vez, pondera que “é muito complicado dizer que a internet vai influenciar votos”, porque a divisão entre uma noção de mundo real e de mundo virtual, segundo ele, é superada nos dias atuais. “Hoje não tem mais isso, então as pessoas têm várias janelas por meio das quais acessam a realidade. Os aplicativos, a estrutura da web, as chamadas mídias digitais, mídias sociais, são apenas mais um instrumento. Ou seja, uma pessoa que está vivendo em qualquer lugar dificilmente vai se privar de recursos online para formar a sua opinião”, argumenta Gomes, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital.
        No atual cenário, afirma o professor, há grupos mais influenciáveis pelas redes sociais no contexto eleitoral do que outros. Na análise de Wilson Gomes, uma parte dos votos do “lulismo”, por exemplo, corresponde ao voto sindical e, mesmo que esta parcela de eleitores esteja online, não é nas rede sociais que vai formar sua opinião política. A mesma relação ele enxerga nos votos oriundos dos movimentos sociais que se voltam a Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL. Já o “bolsonarismo”, considera ele, é “fundamentalmente um fenômeno de internet”. “Todas as frentes simpáticas ao Bolsonaro são enraizadas em ambientes digitais. Tanto é assim que a campanha do Bolsonaro começou há muito tempo”, afirma.
        Sociabilidade
        Já Jamil Marques acrescenta que considerar a forma de sociabilidade do candidato, assim como o cargo que está sendo pleiteado, é importante para definir a centralidade das redes de comunicação digital para cada candidatura. Segundo ele, uma pesquisa de mestrado feita pelo pesquisador Fellipe Herman na UFPR, por exemplo, investigou a sociabilidade de candidatos a vereador de Curitiba em 2016, e concluiu que os “vereadores de bairro” utilizam menos as redes digitais de comunicação na campanha, já que “o grosso do relacionamento” com os eleitores é mantido pessoalmente.
        “A gente conseguiu reforçar a ideia de que a internet é um elemento fundamental do processo de escolha do voto, mas que essa influência das redes de comunicação digital varia de cargo para cargo que está em questão”, resgata Marques. Para postulantes a presidente da República, governador e prefeito de grandes cidades, por exemplo, ele observa que as redes têm papel de comunicar para massas, já que os candidatos não têm condições, durante a campanha, de chegar à totalidade de eleitores dos seus colégios eleitorais.
        Em um universo de tantas redes sociais, porém, algumas, nas projeções dos pesquisadores, podem ter mais ênfase na campanha de 2018. Jamil Marques acredita que as duas plataformas que mais vão se destacar na disputa eleitoral deste ano são o Facebook, que já teve posição de destaque em pleitos anteriores, e o WhatsApp – embora defina este como um instrumento de comunicação –, que tem, segundo ele, ganhado projeção maior na esfera eleitoral. 
        “Essas ferramentas passam a ocupar uma centralidade nas nossas vidas e os candidatos não podem abrir mão de estar lá. Alguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política: os marqueteiros, o jornalismo, os institutos de opinião pública, o Poder Judiciário. Hoje, a gente tem um outro ‘player’, que é justamente o controle das redes sociais”.
        Wilson Gomes, da UFBA, também considera que o WhatsApp deve estar mais em evidência na campanha, pela característica de que o compartilhamento de mensagens instantâneas na plataforma não é “rastreável” como em outras redes sociais, como o Facebook ou o Twitter, nas quais publicações podem ser salvas e ficam disponíveis por mais tempo. Este elemento, aliás, está na centralidade das discussões sobre a propagação de fake news durante o pleito deste ano. 
        Em debate realizado na Câmara dos Deputados no dia 19 de junho, por exemplo, o promotor e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Digital, Frederico Ceroy, disse que o WhatsApp será um “problema enorme para as eleições 2018”, já que ferramentas de checagem de fatos não estão moldadas para a plataforma. Wilson Gomes, por sua vez, analisa que aspectos positivos e negativos do WhatsApp para a campanha não estão relacionados à ferramenta em si, mas são características das pessoas que a utilizam.
        Alcance
        “O WhatsApp, que é uma rede de publicação de mensagens instantâneas, permite as pessoas utilizarem para tudo, para o bem e para o mal. Estamos reclamando do WhatsApp porque o ambiente político está muito envenenado, polarizado. Se as pessoas estão odiando, elas vão odiar no Twitter, no Facebook, no bar, na reunião...”, opina. Conforme Gomes, as redes sociais, contudo, potencializam a escala do alcance e a velocidade de distribuição de informações. 
        “As pessoas precisam de um conteúdo que apenas confirme aquilo que já acham. Enquanto houver pessoas que consomem fake news, vai ter fake news. Fake news existe porque atende aos desejos de várias pessoas”, aponta. E não só de pessoas, mas também de campanhas. “Não sei se as campanhas querem combater fake news, porque tem campanhas que se beneficiam intensamente de fake news. O ‘bolsonarismo’ é uma fábrica de fake news”, considera o docente. 
        Neste cenário, o professor Jamil Marques afirma que, para o eleitorado, o principal desafio já colocado é aprender a utilizar as redes sociais, de modo que possa se apropriar dos benefícios proporcionados por elas, mas também desviar de problemas que causam ou intensificam. “É muito importante que o eleitor aprenda a característica de uma fake news e, a partir disso, possa começar a distinguir em qual material e em qual tipo de fonte ele pode confiar ou não”, defende.
        Recursos 
        Tais questões se tornam mais evidentes no período pré-eleitoral, que sinaliza a possibilidade maior de utilização de redes sociais para propaganda, a partir da possibilidade de impulsionamento pago de conteúdos na internet por candidatos, mudança incorporada à legislação eleitoral para este pleito. “As campanhas tirarão do seu pouco dinheiro do tempo da televisão para colocar em mídias digitais? Não sei, mas tenho a impressão de que o impulsionamento (de publicações) vai consumir um pouco mais dos recursos”, projeta Wilson Gomes. 
        Ele ressalta, porém, que a campanha digital não está apenas nas ações definidas pelas coordenações, mas o que as pessoas fazem digitalmente a favor ou contra candidaturas, conforme analisa, também compreende uma campanha que já está em curso, abaixo da alçada do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
        Jamil Marques, por sua vez, vê as redes de comunicação digital não como concorrentes de meios tradicionais de propaganda eleitoral, como a televisão e o rádio, mas complementares. Ao considerar características distintas das plataformas – na TV e no rádio, aponta ele, o alcance pode chegar a um público de diferentes faixas etárias e perfis variados, diferente dos usuários que buscam informações políticas online –, o professor da UFPR aponta que as campanhas tendem a investir em “mensagens” de acordo com cada público.

        Fonte: diário do nordeste

        Museu conta parte da história do nosso litoral

        No Centro Histórico, com 270 imóveis tombados pelo Iphan, o Museu Jaguaribano é um dos atrativos de Aracati, uma das cidades mais antigas do Ceará

        00:00 · 30.06.2018 por Honório Barbosa - Colaborador
        museu tombado
        Image-0-Artigo-2419164-1
        Sobrado do Barão de Aracati
        Tombado pelo Estado, o Sobrado do Barão de Aracati, que abriga o Museu Jaguaribano, conserva as características originais e abriga muitas peças de mobiliário e decorativas que pertenceram a famílias ilustres da Região ( Fotos: Franlima Portela )
        canhão
        Um canhão da primeira fortificação da região, datado do início do século XVII, de fabricação espanhola, compõe o acervo
        Aracati. Quem quer conhecer sobre aspectos da história cearense, fazer uma viagem aos séculos XVIII e XIX, aprender um pouco acerca dos ciclos econômicos do charque e do algodão, observar documentos e fotos que retratam e preservam a memória política, social e cultural da região do Vale do Jaguaribe tem a opção de visitar nesta cidade do Litoral Leste do Ceará, o Museu Jaguaribano, que reúne importante acervo.
        Instalado no Centro Histórico, que dispõe de um casario de cerca de 270 imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2000, o Museu Jaguaribano é um dos atrativos de Aracati, que é uma das cidades mais antigas do Ceará e está distante 150Km da Capital.
        Aracati é conhecida internacionalmente pelas praias, com destaque para a internacional Canoa Quebrada. Porém, o Centro Histórico da cidade abriga um rico patrimônio de ruas e monumentos arquitetônicos com 154 mil metros quadrados de área de tombamento rigoroso, que prevê que as construções devem ser preservadas.
        Entre as edificações mais relevantes está o Sobrado do Barão de Aracati, onde funciona o Museu Jaguaribano. O prédio é uma antiga residência construída em estilo neoclássico. A fachada principal destaca-se pelo revestimento de azulejos portugueses estampilhados e a construção dispõe de três andares e um sótão. O imóvel é considerado uma das principais peças urbanas do patrimônio histórico e cultural da região jaguaribana.
        Há 50 anos, em 1968, foi criado o Instituto do Museu Jaguaribano, uma sociedade civil, reconhecida de utilidade pública municipal e estadual, que mantém o acervo. O Sobrado do Barão de Aracati sempre foi sua sede. Após um período fechado e restaurado pelo Iphan, foi reaberto para visitação pública.
        Atualmente, o acervo de peças expostas varia entre duas mil e três mil. A visitação mensal chega a ser de milhares de pessoas. Quem vai conhecer o Museu Jaguaribano são principalmente estudantes secundaristas e universitários de toda a região, incluindo visitantes do estado do Rio Grande do Norte e Paraíba, além de turistas. Rico em peças históricas, sacras e também com impressionante riqueza arquitetônica, a unidade é objeto de estudo de historiadores, pesquisadores, geógrafos e arquitetos.
        Peças únicas
        O prédio apresenta traços da arquitetura europeia e reúne materiais europeus e cearenses. Um exemplo são as carnaúbas usadas na estrutura. O Museu Jaguaribano dispõe, em cada espaço, de uma variedade de peças e apresenta detalhes que contam curiosas histórias.
        Uma âncora gigante, que pertenceu a um navio a vapor naufragado em Fortim, hoje cidade vizinha de Aracati, bem como um canhão original da primeira fortificação da região, datado do início do século XVII, de fabricação espanhola, compõem o acervo. Os pisos de madeira ainda são originais e as paredes têm afrescos desenhados há três séculos. Durante o processo de restauro, observou-se que algumas paredes tinham recebido até 12 camadas de tinta, que foram removidas para a manutenção das cores originais.
        Peças clássicas nordestinas do ciclo da cana-de-açúcar, da cachaça e algodão, do couro e do charque, que alavancaram a economia de Aracati em outras épocas, também podem ser observadas no Museu.
        A segunda prensa (prelo) de jornais do Ceará também é uma peça de destaque. Fotos e documentos de aracatienses ilustres, como Jacques Klein, músico, pianista de fama internacional; o escritor Adolfo Caminha; e o herói abolicionista Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, estão expostos.
        O setor de obras sacras reserva peças de valores inestimáveis, como um oratório com um Jesus crucificado esculpido em marfim de rinoceronte. Um ostensório em estilo barroco, mas em vez de talhado em ouro ou outros metais, como é padrão, é esculpido em madeira e pintado, exemplar único.
        Uma peça rara, usada na iluminação da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, foi furtada e descoberta quase 40 anos depois, na cidade de Assis, no interior do Estado de São Paulo. O objeto faz parte do acervo do museu. Quem a encontrou era muito ligado à Igreja e, quando menino, tinha inclusive fotos com o objeto, que indicavam marcas únicas e assim o reconheceu. Decidiu ir à casa da pessoa que estava com o objeto e, após comprovar a origem pelas fotografias, houve a devolução da peça para Igreja de Aracati.
        Lenda
        Além de preservar a história de forma acadêmica, o prédio também é local de uma das lendas mais famosas da cidade. A lenda do "Beco do Museu". Segundo contam, o beco do prédio se fecharia nas madrugadas e pegaria pessoas desprevenidas à meia-noite.
        Essa lenda recebeu um reforço devido aos prédios da esquina serem ligados por um trilho de ferrovia, sem que se saiba a sua função certamente. Para os entusiastas da lenda, os vergalhões foram instalados para evitar que os prédios se unissem. Conta-se também que um amante os usava como passagem para encontrar sua amada, que morava no outro imóvel, durante a noite. Muitos alimentam a lenda urbana e histórica.
        O Museu Jaguaribano sempre recebe mostras de fotografias, documentos e peças diversas. Recentemente, houve uma programação de 90 dias sobre a vida do escritor Adolfo Caminha, que reuniu livros, notícias de jornais e outros escritos. A unidade dispõe de uma lojinha com obras de vários autores.
        "Temos a praia de Canoa Quebrada, um atrativo de turismo internacional, mas o nosso esforço é fazer com que o visitante de Canoa Quebrada conheça o sítio histórico de Aracati, tenha interesse em incluí-lo no seu roteiro de viagem", observou a secretária de Cultura do Município, Denise Pontes. "São poucas as cidades que ofertam atrativos com Aracati - praia e sítio histórico", completou.
        Saiba Mais
        O Sobrado do Barão de Aracati foi Construído no século XIX, com quatro pavimentos. Era a residência do Barão de Aracati, José Pereira da Graça. A partir de 1889, após a morte do barão, no sobrado funcionaram colégio, clube e hotel.
        A fachada principal é guarnecida por azulejos portugueses estampilhados e as paredes de seus salões são decoradas por pinturas. Estão preservadas estruturas de madeira e alvenaria, além de peças artesanais como a escada-caracol do primeiro pavimento.
        A edificação é protegida pelo Tombo Estadual segundo a Lei N° 9.109/1968, por meio do Decreto N° 16.237/ 1983.
        Mais informações:
         
        Museu Jaguaribano
        Rua Coronel Alexanzito, 743
        Telefone: (88) 3421-3396
        Funcionamento: De terça a sábado, das 8h às 11h30 / Entrada: R$ 5,00

        Fonte: diário do nordeste

        Os limites de gastos na campanha do Ceará, segundo o TSE

          17:07 · 29.06.2018 / atualizado às 17:07 · 29.06.2018 por 

        Após oficializado o número de eleitores por Estado nacional, o Tribunal Superior Eleitoral definiu o teto de gastos para as diversas campanhas no Estado. Pela nova legislação, os valores variam de acordo com o número de eleitores aptos a votar em 7 de outubro deste ano. O Ceará tem um total de 6.342.684 eleitores.
        Segundo as definições do TSE, cada  candidato a governador do Estado do Ceará poderá gastar até R$ 9.100.000,00 no primeiro turno da disputa que fica encerrado no dia 7 de outubro. No segundo turno, cada um dos dois que ficarem para a nova eleição poderão gastar, individualmente, até R$ 4.550.000,00.
        Para senador o teto de gastos será de R$ 3.500.000,00.
        Para deputado federal o teto será de R$ 2.500.000,00
        Para deputado estadual o teto é de 1.000.000,00.
        Na disputa para os cargos de senador e deputados não há segundo turno.
        Leia a informação que está no site do TSE:

        Eleições 2018: TSE divulga limites de gastos de campanha e de contratação de pessoal

        Informações podem ser consultadas no Portal do Tribunal na internet
        TSE divulga limites de gastos de campanha nas Eleições 2016
        O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou nesta quinta-feira (28), em seu Portal na internet, os tetos de gastos de campanha eleitoral por cargo eletivo e os limites quantitativos para contratação de pessoal a serviço das campanhas nas Eleições 2018.
        Os tetos de gastos de campanha para os cargos de presidente da República, deputado federal e deputado estadual/distrital foram fixados em valores absolutos pela última reforma eleitoral promovida pela Lei nº 13.488, de 6 de outubro de 2017.
        Os maiores limites estão previstos para o cargo de presidente da República, sendo de R$ 70 milhões para o primeiro turno das eleições, com acréscimo de R$ 35 milhões na hipótese de realização de segundo turno.
        Nas campanhas para o cargo de deputado federal, foi fixado o teto de gastos de R$ 2,5 milhões. E, no caso dos candidatos a deputado estadual ou distrital, o valor máximo a ser gasto é de R$ 1 milhão.
        Já para os cargos de governador de Estado e do Distrito Federal e de senador da República, os limites de gastos vão variar de acordo com o eleitorado da respectiva unidade da Federação. Por exemplo, nos estados com até um milhão de eleitores, as campanhas para o governo estadual devem respeitar o teto de R$ 2,8 milhões.
        Contratação de pessoal
        A campanha eleitoral de cada candidato deverá seguir legislação específica acerca dos limites quantitativos para a contratação direta ou terceirizada de pessoal para a prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua.
        Os quantitativos para as Eleições Gerais de 2018 foram calculados por unidade da Federação, em conformidade com a regra fixada pelo art. 100-A da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).
        Os limites de gastos de campanha eleitoral e de contratação de pessoal para o pleito deste ano podem ser consultados no Portal do TSE.

        Fonte: diário do nordeste

        Manuela d'Ávila: "Não temos o direito de não vencer as eleições"

        Em um grande ato na Unicamp, nesta quinta-feira (28), que reuniu mais de mil pessoas, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, reafirmou a importância de ganhar as eleições para barrar o projeto neoliberal que destrói o Estado brasileiro. Manuela frisou que a velocidade da destruição do Brasil e dos direitos dos trabalhadores é avassaladora.

        Foto: Karla Boughoff
          
        “Acabaram com a CLT, sem legitimidade e autoridade política. Estão entregando o pré-sal, uma das perspectivas do desenvolvimento de médio e longo prazo altamente vinculada a produção científica nacional (…) A gente não tem o direito de não lutar obsessivamente por ganhar as eleições. Por que? O presidente nesse país não é um rosto, é um projeto. E o projeto neoliberal do governo Temer está rondando um monte de candidaturas”, explicou.

        Questionada sobre o ex-presidente Lula, a pré-candidata do PCdoB afirmou que o pré-candidato do PT está preso porque está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. “Lula é submetido a um processo que não consta nenhuma prova”. Manuela ressaltou que sua candidatura é legítima, e acredita, que se a justiça fosse feita e Lula estivesse em liberdade, ele seria o candidato que unisse a esquerda.

        Na visão da pré-candidata do PCdoB, a esquerda já conseguiu um avanço construindo o programa “Unidade para Reconstruir o Brasil”, que gira em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento com diretrizes que apontam condições do Brasil superar a crise. O programa é assinado pelas fundações Maurício Grabois (PCdoB), Perseu Abramo (PT), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT) e Lauro Campos (Psol).

        “Esse programa é inédito, e nós do PCdoB, fizemos um esforço além, que foi dizer: Se o problema das 4 pré-candidaturas somos nós, então não existe problema. Mesmo eu sabendo a exata importância e significado de ser a única pré-candidata de esquerda e feminista depois de um golpe misógino. Mas, não é sobre contar a minha história, é sobre contar a história do nosso povo e das nossas mulheres, que precisam que nós vencemos as eleições”.

        Manuela explicou que o gesto do PCdoB não resultou em uma saída conjunta. “Saída conjunta não é um retirar para apoiar o outro. Saída conjunta é nós nos unirmos para vencer as eleições. Meu partido e a minha pré-candidatura trabalha para isso, pela exata razão de precisar vencer as eleições. Nós precisamos tirar o Brasil das mãos dessa gente que quer destruir o Estado e os direitos do povo”.

        Na opinião da pré-candidata do PCdoB, o campo da esquerda estará no segundo turno. “O nosso povo não colocou essa turma lá nas últimas quatro eleições”. Manuela disse que se a esquerda não construir uma saída conjunta, ela tem esperança em ser a pessoa que conseguirá, de forma mais dinâmica, ter relação com os milhares de brasileiros que querem votar branco e nulo. “Não admito que a gente perca as esperanças”.

        De acordo com a pesquisa Ibope/CNI, divulgada nesta quinta-feira (28), junto os brancos e nulos somam 33% das intenções de voto. Manuela defendeu a necessidade de conversas com essas pessoas.

        A pré-candidata do PCdoB ressaltou que tem visto muitos discursos que pregam conversar só com pessoas que sabiam que era um golpe. “Eu não vou falar só quem sabia que era golpe. É muito importante falar que foi golpe, mas a gente também tem que falar com as pessoas que acreditaram que não era golpe, mas acredita que o Brasil é dos brasileiros. Porque eu não quero entregar o povo do nosso país para essa elite financeira, que não nos representa”.

        Segurança

        Manuela também defendeu a necessidade de a esquerda falar sobre segurança. “Por que? Porque senão eles falam com as ideias deles, que na verdade, são ideias que já estão em prática”.

        “Na vida real, ou a gente se apropria desse tema ou vamos ficar em um lugar de fala, que ‘os presídios são horrorosos e a polícia mata todo mundo”.

        “Quem quer ser candidato como eu precisa de um projeto de reforma de segurança pública progressista. Eu sou a única pré-candidata que tem um projeto inteiro de segurança pública, que se baseia em algumas coisas”. Para saber mais sobre as propostas de Manuela d’Ávila na área da segurança pública, clique aqui.

        Durante o encontro, houve um ato de desagravo de mulheres feministas contra o programa Roda Viva, da TV Cultura, que contou com a participação da pré-candidata do PCdoB, Manuela d’Ávila, onde foi alvo de ataques machistas e misóginos.

        Manuela também falou sobre temas como economia, meio ambiente, educação e questão indígenas. 


        Assista o evento na íntegra:



        Fonte: Portal PCdoB