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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Comunistas se solidarizam com sem-teto em São Paulo

O desabamento de um prédio no Centro de São Paulo, na madrugada do dia 1° de maio, deixou 149 famílias desabrigadas. Descaso dos governos federal e da capital paulista com déficit habitacional é denunciado por parlamentares do PCdoB na Câmara.


Por Iberê Lopes*

Rovena Rosa/Agência Brasil
Prédio de 26 andares em chamas desaba no centro de São Paulo no Dia do TrabalhadorPrédio de 26 andares em chamas desaba no centro de São Paulo no Dia do Trabalhador
Uma mulher e os filhos gêmeos dela são procurados, além do morador que caiu quando era resgatado do edifício Wilton Paes de Almeida, que pegou fogo e desabou no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Cadastrados pela prefeitura, 49 moradores do edifício ainda não foram localizados.

Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), a tragédia escancara a defasagem de políticas públicas, por isso que exclui cada vez mais famílias e gera o drama de moradias e ocupações precárias na capital paulista. “Quem ocupa um prédio, o faz pelo sonho de ter um lugar digno para morar. Ocupa porque o poder público não garante o direito constitucional da moradia”, afirmou.

O candidato ao governo de São Paulo, ex-prefeito João Dória (PSDB-SP), afirmou nas redes sociais que o prédio, de propriedade da União, foi invadido “por uma facção criminosa”. A fala se somou aos discursos em plenário, na noite desta quarta-feira (2), quando parlamentares governistas acusaram os ocupantes pelo incêndio.

Orlando Silva respondeu de forma enérgica, que a Bancada Comunista não aceitará provocações “que tentam criminalizar os movimentos que lutam por moradia”. “Seremos ainda mais solidários, estimulando mais ações, mais ocupação e mais luta para garantir o sagrado direito à moradia”, disse o deputado. 

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) também se solidarizou com as famílias atingidas pelo incêndio. Para a parlamentar, há um déficit habitacional crescente que se agrava com a grave crise econômica no país. “Agora se acumula com o aumento do desemprego, com a carestia, com o Brasil voltando para o mapa da fome, também a moradia volta a ser um problema grave”, denunciou.

Até o momento não foi oferecida uma opção de moradia para as pessoas que ficaram sem teto. São 372 sem-teto atingidos pelo desabamento do prédio, segundo o serviço de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo. Os bombeiros ainda buscam quatro pessoas que estão desaparecidas.

As autoridades acenaram apenas com a possibilidade de recebimento do auxílio aluguel e inserção das pessoas na fila de programas habitacionais.


Fonte: PCdoB na Câmara, com agências

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