Determinação do procurador-geral de Justiça Plácido Rios apura ações criminosas praticados por integrantes de supostos grupos skinhead, um deles acusado de agredir um estudante no bairro Benfica
10:35 · 21.01.2018 / atualizado às 11:20
As atividades do grupo identificado como "Carecas do Brasil", acusados de espancar um jovem na noite da última quinta-feira (18), no bairro Benfica, agora estão sob a mira do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Atendendo determinação do procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, o Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) instaurará procedimento de investigação criminal.
Coordenado pelo promotor de Justiça Humberto Ibiapina, o NUINC deve apurar crimes de intolerância que estariam sendo praticados por integrantes de supostos grupos de skinhead em Fortaleza. Além da recente agressão, aparentemente por razões de intolerância, o MPCE também irá investigar publicações em redes sociais que fazem apologia ao antissemitismo, discriminação e preconceito étnico e sexual, crimes previstos na Lei 7.716/89.
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“O MPCE investigará cabalmente todas as condutas que venham a amoldar-se aos conhecidos ‘crimes de ódio’. Lamentável que nossa sociedade ainda tenha que conviver com isso. Repugnante que um ser humano desrespeite ou atente contra a vida ou liberdade de outrem em razão de preconceito ou intolerância sexual, étnico racial ou religiosa. Tais fatos precisam ser investigados com absoluta prioridade e, caso venham a ser confirmados, os responsáveis precisam ser punidos com rigor”, destaca, em nota, Plácido Rios.
O caso aconteceu por volta das 21h da quinta, na Praça da Gentilândia. Um universitário de 23 anos teria sido atacado por um grupo formado por cinco homens. O estudante recebeu socos, pontapés na região da orelha (que foi parcialmente cortada) e da cabeça. Ele também foi aingido com soco inglês, artefato usado como arma por punks e skinheads.
A reação, segundo integrantes do "Carecas do Brasil", aconteceu por que a vitíma arrancou um dos cartazes colados pelo grupo na região. Com os dizeres, “Carecas na ativa - o inferno voltou”, a colagem apresentava mensagens anti semitas, anti maçonaria, contra o comunismo, anarquismo, as drogas e a favor do fascismo.
fonte http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/ministerio-publico-investigara-acao-de-carecas-do-brasil-em-fortaleza-1.1882834
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