Efe

Milhares de trabalhadores saíram às ruas para protestar contra a reforma trabalhista de Macri
Como no Brasil, o presidente da Argentina, Maurício Macri, também propôs uma reforma trabalhista que vai prejudicar os trabalhadores e beneficiar os patrões. Segundo o presidente da Associação de Advogados Trabalhistas do país, Matías Cremonte, nem na ditadura as leis foram modificadas de tal forma.
De acordo com um comunicado da Associação, “nem na ditadura argentina” os trabalhadores foram tão prejudicados. “[A proposta] modifica a lei de contratos de trabalho, inclusive alguns aspectos nem o ministro da Economia da última ditadura civil-militar se animou a fazer”, denunciou Matías Cremonte.
Entre as principais mudanças, está o fato de que os trabalhadores deverão renunciar aos direitos já garantidos no Contrato de Trabalho. “Agora será válido que renunciem às condições que já haviam sido pautadas no contrato e não poderá recorrer à Justiça para restituir os direitos”, explicou Matías.
Além disso, para calcular as indenizações, o décimo terceiro salário será excluído da conta, bem como as horas extras, as comissões e bonificações. “Não tem nenhuma regra que favoreça a criação de emprego, favorece apenas a precarização do trabalho, e sem consequências [para os patrões]. É uma lei feita sob medida para os empresários”, denunciou.
Um dos pontos mais polêmicos da nova lei é relativo às horas extras que, de acordo com as regras apresentadas por Macri, não precisariam ser pagas em dobro e em dinheiro, podem ser apenas compensadas em um banco de horas.
Do Portal Vermelho
Nenhum comentário:
Postar um comentário