A cada encontro realizado entre o governador do Estado, Camilo Santana,
e o senador da República, Eunício Oliveira, aumentam as expectativas
sobre uma possível aliança entre as duas lideranças com vistas ao pleito
de2018. Petistas e peemedebistas do Estado já se dizem favoráveis à tal
proximidade, desde que ela seja benéfica para a população.
Nas últimas semanas, na presença do prefeito de Fortaleza, Roberto
Cláudio, com lideranças de ambos os lados ou apenas entre os dois,
Camilo e Eunício têm conversado, principalmente, sobre a destinação de
recursos para melhorias de algumas áreas do Ceará, como Saúde, Educação,
Segurança Pública ou Recursos Hídricos. No entanto, de acordo com
alguns interlocutores, a discussão política também tem sido tratada.
O senador despachou, por exemplo, para a Comissão Econômica (CAE) R$
220 milhões destinados à Prefeitura de Fortaleza, com objetivo de dar
continuidade a obras como construção de policlínicas, Cucas e
investimentos nas áreas sociais. A liberação pode ser feita até a
próxima semana. A aproximação entre PMDB e PT não ocorre apenas no
Ceará, é um fenômeno nacional, principalmente, entre peemedebistas mais
próximos do ex-presidente Lula e que não acompanham a gestão Temer.
De acordo com Manoel Santana o PT tem posições diversas sobre o tema,
onde alguns setores da legenda até apoiaram a eleição de Eunício
Oliveira, em 2014. Outros criticam a postura do senador quando da
votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Do lado
peemedebista, nomes atestam que nada tinham contra a figura do
ex-presidente Lula, mas contra os empecilhos causados pela gestão Dilma
Rousseff. "Camilo e Eunício foram aliados no passado, e o que desgastou
essa aliança não tem nada a ver com os dois. Essa aproximação de agora
demonstra interesse ao Estado do Ceará e pode ter, sim, um desdobramento
em aliança política, o que seria um caminho natural", disse o
parlamentar.
Danniel Oliveira (PMDB) afirmou que "o cardápio" principal das
conversas tem sido a busca por recursos que beneficiem o Ceará. No
entanto, ele destacou que a discussão sobre aproximação política não
deixa de ser parte importante desse "cardápio". "As conversas acontecem
pregando essa união porque sabe o beneficio que traz ao Ceará. Como
temos que colocar o Estado em primeiro lugar, aliado ou não, o senador
tem que continuar fazendo isso".
O peemedebista disse ainda que, num contexto geral, os dois estando
lado a lado é algo que traz benefício para o Ceará. "Ninguém pode achar
que a união de forças para ajudar o Estado não seja algo bom. Mas
existem muitas contradições políticas do atual Governo que nós não
abraçamos", disse. Audic Mota (PMDB) reafirmou que a aproximação é algo
que é visto como positivo para o Ceará, desde que traga resultados para a
população. "Ela deve ser clara, transparente, com pauta. Qualquer
aproximação eleitoral deve ser consequência de uma conversa política
entre as duas maiores autoridades do Estado".
Nada contra
Rachel Marques (PT) também salientou não encontrar qualquer restrição
para essa aproximação, ressaltando ainda que é um momento de unir
esforços em prol do Ceará. Segundo ela, isso terá maior relevância
quando se apoiar o projeto de reeleição do governador Camilo Santana bem
como com eventual candidatura do ex-presidente Lula a presidente da
República. "Por enquanto, o PT não discutiu nada oficialmente. Só temos
opiniões e não tenho nada contra essa aproximação, uma vez que o foco é
esse". Já Elmano de Freitas ressaltou que o PT só realizou discussões
quanto à campanha de Lula e de Camilo Santana. No entanto, ele destacou
que o partido, atualmente, tem uma vaga no Senado Federal, assento de
José Pimentel, sendo de interesse da agremiação se manter com esta vaga.
"Minha posição pessoal é que o PT não deve abrir mão da vaga para o
Senado".
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/politica/pt-e-pmdb-na-al-apoiam-alianca-1.1827762
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