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sábado, 30 de setembro de 2017

Jurista aponta violação do ECA em ensino confessional nas escolas

Foto: Divulgação
 Hédio Silva Júnior é considerado o principal especialista sobre liberdade religiosa  Hédio Silva Júnior é considerado o principal especialista sobre liberdade religiosa

Apesar do ensino religioso ter sido declarado opcional, o advogado acredita que “na prática o aluno fica constrangido em sair da sala após o início da aula”. Por isso, ele acredita que a Justiça será procurada por quem desaprova a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Considerado o maior especialista do país na área, o jurista defende que a decisão tomada pela corte máxima da Justiça brasileira “confundiu duas coisas distintas”. Ele refere-se às normas que diferenciam escola pública de escola confessional e ao princípio de impessoalidade, que cabe aos funcionários públicos.

“Imagine se juízes passam a decidir conforme suas convicções pessoais”, elucubra. “A mesma coisa vale para os professores, que estão veiculados ao princípio da impessoalidade e devem respeitar a diversidade”, analisa Silva Júnior, que atua no Supremo em causas ligadas à religiões de matriz africana, como no julgamento sobre abate de animais para finalidade ritual.

Para o constitucionalista, que enxerga na decisão da Suprema Corte um desrespeito a tratados internacionais e ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), “as religiões minoritárias ou o segmento laico e agnóstico serão inevitalmente prejudicados” com a nova regra, que prioriza “religiões com intimidade com o poder”.

Fonte: A Tarde

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