Deste total, dez já foram concluídas e 23 recomeçaram, segundo informou o Ministério do Planejamento
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29.08.2017
/ atualizado às 01:58
por
Raone Saraiva - Repórter
Balanço divulgado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão aponta que 33 obras que estavam paralisadas no Ceará, com valor
unitário entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões, foram retomadas. Deste total,
23 recomeçaram e dez foram concluídas, totalizando investimento de R$
49,3 milhões.
No Ceará, os serviços englobam a construção de Centros de Artes e
Esportes Unificados; Centros de Iniciação ao Esporte; cidades digitais;
creches e pré-escolas; quadras esportivas nas escolas; recursos
hídricos; saneamento; Unidades Básicas de Saúde; e Unidades de Pronto
Atendimento. O número de obras retomadas no Estado, porém, está 67,6%
abaixo do que foi estimado pelo governo federal no fim do ano passado.
Na época, o ministério anunciou que 102 serviços suspensos no Ceará
recomeçariam até o último 30 de junho.
O não cumprimento da meta sinaliza as dificuldades do governo em
investir em serviços públicos no atual contexto de crise econômica no
Brasil. Os 102 empreendimentos do Estado somam investimento da ordem de
R$ 198,6 milhões. No fim de 2016, quando o governo anunciou a lista de
serviços suspensos no País, ainda faltava a aplicação de R$ 120,1
milhões no Estado ou 60,5% do valor total.
Atualmente, os R$ 49,3 milhões aplicados nas 33 obras retomadas no
Ceará representam apenas 25% de todo o recurso. Apesar de reconhecer que
o governo não está conseguindo fechar as contas, o secretário de
Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Hailton
Madureira, destaca os esforços da União para dar continuidade aos
serviços.
"Mesmo diante das dificuldades orçamentárias e com a preocupação em
readequar a situação fiscal do País, o governo deu continuidade ao
compromisso assumido, de retomar as obras paralisadas. O balanço mostra
isso", afirmou o secretário.
Brasil
Em todo o Brasil, 673 obras foram retomadas, sendo que 475 recomeçaram e
198 foram concluídas. O número é 58% menor que o estimado pelo governo
federal no fim de 2016. No total, 1,6 mil empreendimentos em 24 estados e
no Distrito Federal receberam prioridade para execução e conclusão. Os
673 serviços totalizam R$ 1,4 bilhão, de acordo com o Ministério do
Planejamento. Este montante é 58,8% inferior aos 3,4 bilhões previstos
para as 1,6 mil obras.
O balanço aponta que no setor de infraestrutura turística foram
retomados 88,9% dos empreendimentos. Unidades Básicas de Saúde tiveram
86,1% das obras reiniciadas, Centro de Iniciação ao Esporte 73,4 %,
Cidades Históricas 71,4%, Unidades de Pronto Atendimento 68,8% e Cidades
Digitais 52,6%. No setor de saneamento básico, 52,3% foram retomadas.
Motivos
Dos 673 empreendimentos, 217 enfrentavam problemas técnicos, 212 foram
abandonados pelas empresas contratadas e 145 estavam com dificuldades
orçamentária e financeira para execução. Os demais envolviam problemas
com órgãos de controle, judicial, ambiental, de titularidade e
desapropriação, entre outros impasses. As obras paralisadas estão
relacionadas aos ministérios da Saúde (245), Cidades (163), Educação
(160), Cultura (45), Esporte (38), Ciência, Tecnologia, Inovações e
Telecomunicações (10), Turismo (8), Integração Nacional (3) e
Transporte, Portos e Aviação Civil (1). Os recursos para os serviços são
oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Opinião
Construção é beneficiada com mais empregos
Dinalvo Diniz
Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sinconpe)
No momento em que o governo federal se esforça para retomar as milhares
de obras que precisam ser concluídas no Brasil, seja no setor da
construção civil ou pesada, imediatamente há um impacto positivo na
economia. Isso porque o andamento dessas obras representa mais emprego e
renda, ajudando a reduzir os impactos da crise econômica. Vale destacar
que, nesse contexto, os trabalhadores que mais sofrem com o desemprego
são mais beneficiados. Entre eles, podemos citar pedreiros, serventes,
carpinteiros. No nosso setor, esses trabalhadores estão enfrentando
dificuldades para encontrar emprego, pois a atividade da construção está
praticamente parada no País. Por isso, a retomada dessas obras é muito
importante para não só movimentar nosso segmento, como também toda a
cadeia produtiva da construção. Por outro lado, o governo não está
conseguindo recomeçar todos os serviços, porque falta dinheiro para
investimento.
Fonte: Diário do Nordeste
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