Todos os outros nove detentos que dividem sala com o ex-ministro possuem ensino superior
16:50
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09.09.2017
por Folhapress
De volta ao presídio da Papuda, no Distrito Federal, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) reencontrou os mesmos companheiros de cela da primeira vez em que esteve no local.
O peemedebista foi preso na última sexta (8) depois de a Polícia Federal descobrir um "bunker" em Salvador, onde estavam guardados R$ 51 milhões em dinheiro vivo. A PF identificou nas notas impressões digitais do ex-ministro e de seu ex-assessor Gustavo Ferraz, também detido.
Geddel chegou à Papuda no fim da tarde de sexta, dois meses depois da
primeira vez, quando foi preso por obstrução de Justiça no dia 3 de
julho. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança
Pública) do DF, o baiano divide cela com nove presos, exatamente os
mesmos da outra vez. Segundo o órgão, a capacidade da cela é para 12
pessoas, com quatro treliches. De acordo com a SSP, há apenas chuveiro
frio no local e um espaço para necessidades fisiológicas.
Geddel e Funaro
Geddel está no mesmo presídio de Lucio Bolonha Funaro,
pessoa que foi determinante para a decisão da Justiça da primeira
prisão do peemedebista. Preso desde julho do ano passado, Funaro é
apontado pelas investigações como operador do ex-deputado Eduardo Cunha
e de todo o PMDB da Câmara. De acordo com a SSP, eles estão em alas
separadas na Papuda. Geddel está na ala A e Funaro na ala B, no bloco 5.
Segundo a assessoria de imprensa da SSP, eles não têm permissão de se
encontrarem. Os dois têm direito a duas horas por dia de banho de sol,
mas em momentos diferentes. Todos os detentos da cela de Geddel têm
ensino superior, segundo a SSP.
Governo
Geddel deixou o governo Temer, de quem é amigo de longa data, sob acusação de pressionar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero,
para viabilizar um empreendimento na Bahia. Os apartamentos no prédio
motivo da queda de Geddel são avaliados em R$ 2,6 milhões, com vista
para a Baía de Todos-os-Santos, em Salvador.
Se a suspeita da PF se confirmar de que o dinheiro todo encontrado no
"bunker" é de Geddel, pode-se concluir que ele poderia comprar quase 20
imóveis iguais a esse que determinou sua saída do governo.
A defesa do ex-ministro diz que não teve acesso ainda ao processo e, portanto, não comentaria.
Fonte: Diário do Nordeste
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